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Mônica Odebrecht está no centro de disputa jurídica e familiar devido à Lava Jato

Créditos: Joa_Souza | iStock

Mônica Bahia Odebrecht, esposa de Maurício Ferro, ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht, é a advogada do marido nos processos da Operação Lava Jato. Seu irmão, Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, delatou a participação de Ferro em crimes, apesar da alegação de inocência do cunhado.

Maurício Ferro foi denunciado pelo MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) em 2018 por suposta participação em esquema de pagamento de propinas em troca da edição de Medidas Provisórias favoráveis ao grupo Odebrecht. Neste ano, passou duas semanas preso devido a duas fases da Lava Jato. Ele ainda é investigado por lavagem de dinheiro e tentativa de obstrução de investigação. 

Mônica Odebrecht trabalha juntamente com outros 5 advogados para demonstrar que seu marido não cometeu crimes ou participou de delitos da empresa, admitidos por seu irmão em acordos de leniência e delação premiada. 

Marcelo Odebrecht, no entanto, afirmou em depoimentos a investigadores que Ferro participou de ilícitos. O ex-presidente do grupo entregou emails trocados com o cunhado para reforçar seus relatos. Essa divergência na família já estremeceu as relações familiares, segundo fontes ouvidas pelo UOL. Aparentemente, Mônica e Marcelo estão rompidos a ponto de Mônica não ter visitado o irmão enquanto ele esteve em prisão domiciliar.

Marcelo já conseguiu o direito à progressão de regime devido à apresentação de provas adicionais dos crimes relatados à Justiça. Ao ser procurada, a Odebrecht não comentou as declarações entre os familiares, nem as investigações e o processo em curso contra seu ex-vice-presidente jurídico.

Relações familiares estremecidas

Mônica já advogou em defesa de Marcelo e de seu pai, Emílio, nos primeiros processos da Lava Jato, inclusive o processo de colaboração premiada da Odebrecht com a Justiça, de dezembro de 2016. Ela soube, por exemplo, o que Marcelo relatou a investigadores e à Justiça. Ela se empenhou na orientação jurídica do irmão, e soube que seu marido não confessaria participação em crimes. O irmão, preso enquanto o acordo de delação premiada foi fechado, não concordou com o fato e se afastou da família. 

Em apuração do UOL, Marcelo se sentia como um bode expiatório da companhia, pois viu, nos dois anos e meio de prisão, outros delatores saírem praticamente impunes. Com a prisão domiciliar, passou a juntar provas que poderiam incriminar Ferro em seus arquivos pessoais. Ferro foi executivo da Odebrecht até agosto de 2018, quando foi denunciado pelo MPF. 

O advogado que trabalha na defesa de Ferro, Gustavo Badaró, afirmou que Mônica, por conhecer profundamente a empresa e seu histórico, auxilia o trabalho de defesa do marido: "Ela [Mônica] sabe do histórico da negociação [da delação], o histórico das colaborações, os anexos feitos pelos executivos. [...] Ela tem um papel importante." 

Para Badaró, Marcelo Odebrecht acusa o cunhado em tentativa de retaliação pessoal, mas não comenta os motivos dessa retaliação. Ele afirma que Mônica consegue contrariar versões do irmão usando depoimentos de outros delatores: "O Marcelo vai e fala que Ferro participou do pagamento de propinas para edição de MPs. A Mônica lembra de um depoimento de um outro executivo que mostra que isso não era verdade".

(Com informações do Uol)

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