Na terça-feira, 28, foi encerrado o julgamento de uma mulher acusada de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco. A acusada foi condenada a 29 anos de reclusão e 80 dias-multa.
A execução do homicídio foi resultado de uma reunião por áudio-conferência do “Tribunal do Crime”, onde a acusada foi a mandante da ordem. A vítima foi punida por desafiar as regras da organização e manter relações com membros de uma facção rival. A jovem foi decapitada, esquartejada e teve o coração arrancado do corpo, que nunca foi encontrado para que a família pudesse realizar o enterro. Durante o julgamento, a acusada e as testemunhas foram ouvidas por videoconferência.
Os jurados decidiram que o homicídio teve como qualificadoras o motivo torpe, o emprego de meio cruel e o recurso que dificultou a defesa da vítima. A acusada foi considerada culpada e teve como aumento de pena o emprego de arma de fogo e a conexão com organização criminosa. A juíza destacou as consequências do crime para os filhos menores da vítima e negou o direito de recorrer em liberdade, mantendo a acusada presa preventivamente no Presídio Franco da Rocha, em São Paulo.
O processo tramita em segredo de Justiça.
Com informações do Tribunal de Justiça de Acre – TJAC