Aleksandr Kogan, acadêmico que obteve dados dos usuários do Facebook para a Cambridge Analytica, afirmou que as informações não poderiam influenciar eleitores em uma eleição por serem “muito imprecisas”.
A declaração foi dada durante um interrogatório realizado no Comitê de Assuntos Digitais, Cultura, Veículos de Imprensa e Esportes da Câmara dos Comuns (parlamento britânico).
Kogan disse que as ferramentas da rede social utilizadas por empresas para mostrar anúncios a um público específico são mais eficientes do que a prática utilizada para obter os dados dos usuários.
Seu método consistia em um teste de personalidade enviado a aproximadamente 200 mil norte-americanos.
Além de registrar as respostas, armazenou os dados relativos aos contatos desses cidadãos que não foram protegidos explicitamente.
O acadêmico ressaltou que não violou regras do Facebook, destacando que a rede social não possui uma política de desenvolvedores válida que se aplicaria ao caso.
O porta-voz da Cambridge Analytica, após a presença de Kogan no parlamento britânico, reafirmou que os dados fornecidos eram virtualmente inúteis, disse que todas as informações obtidas pelo Facebook foram apagadas, e defendeu que a análise de dados é habitual em empresas do segmento e legítimas.
Fonte: Uol