STJ nega pedido de liberdade de ex-superintendente da polícia do Maranhão

Data:

STJ nega pedido de liberdade de ex-superintendente da polícia do Maranhão
Créditos: BrianAJackson | iStock

O pedido de liberdade do ex-chefe da Superintendência de Investigações Criminais do Maranhão, acusado de organização criminosa, foi negado pela 5ª Turma do STJ

De acordo com denúncia do MP-MA, policiais civis e advogados integravam uma organização criminosa que exigiam vantagens financeiras de criminosos com base nos poderes dos próprios cargos. O ex-superintendente atuava como chefe. Os bandidos praticavam crimes (especialmente roubos em instituições financeiras) e pagavam propinas aos agentes de segurança e advogados em troca da promessa de proteção.

O TJ-MA negou o HC impetrado contra a decisão que decretou a prisão preventiva do ex-delegado em novembro de 2018, fundamentada pelo risco de reiteração delitiva e em notícias de intimidação de testemunhas. A defesa alegou, ao STJ, que não há requisitos legais nem fundamentação idônea para a manutenção da prisão preventiva. 

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca disse que o decreto de prisão preventiva apontou a gravidade concreta dos crimes e descreveu uma espécie de “parceria no crime” entre polícia e bandidos, o que permite direcionamento da atuação policial. Ele lembrou que o TJMA ressaltou que a sociedade criminosa fomentou a criminalidade no Maranhão e que o ex-delegado era réu em múltiplas ações penais pela prática de crimes da mesma natureza.

E concluiu: “Nesse contexto, entendo que a prisão está devidamente justificada para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal”.

Processo: RHC 114437

(Com informações do Superior Tribunal de Justiça)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.