O juiz da 10ª Vara Federal do DF proibiu que Walter Delgatti Neto, um dos suspeitos de ter hackeado aplicativos de mensagens de autoridades públicas, conceda entrevista à Editora Abril e ao jornal Folha de S. Paulo. O magistrado também negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Danilo Cristiano Marques e a transferência de Suelen Priscila de Oliveira para a Superintendência da Polícia Federal no DF. Ambos são acusados de participar da invasão dos celulares.
O juiz fundamentou sua decisão dizendo que eventuais conversas de jornalistas tumultuariam as investigações que ainda não foram concluídas. Para ele, “(…) o princípio que resguarda a liberdade de informação deve ser mitigado em prol do interesse público (da devida apuração dos fatos) e do caráter sigiloso do inquérito, por ser imprescindível para preservar o trabalho investigativo da polícia até que seja concluído – motivação da própria prisão preventiva que visa garantir a instrução criminal”.
Ele disse que o caso não se compara à autorização do STF ao ex-presidente Lula, já que, naquele caso, “tratava-se de ação penal ‘suficientemente instruída, sem diligências pendentes que pudessem ser afetadas por eventuais declarações do réu”.
Para recusar a transferência de Suelen de Oliveira, disse que a Polícia Federal “não possui estrutura para manter ali presos provisórios, sendo até mesmo mais seguro para as custodiadas que permaneçam na Colmeia.” A defesa da mulher disse que ela estava passando frio por conta de falta de cobertor, e o juiz disse que a situação está sendo apurada pelo MPF.
Quanto à prisão preventiva de Danilo, o juiz argumentou que há “indícios de sua participação direta nas fraudes bancárias e estelionatos praticados pelo bando, sendo plausível ter adquirido os 60 (sessenta) chips apreendidos em seu poder para tal prática.”
(Com informações do Uol)