Alex Stepken, presidente-executivo da empresa alemã TÜV SÜD, que também realiza certificações sobre a segurança de barragens, afirmou que deixará essa atividade após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
A empresa garantiu a segurança da estrutura 4 meses antes do rompimento em relatório de setembro de 2018, em que alertava contra a operação de equipamentos pesados sobre a estrutura, uma vez que ela havia sido levantada de uma altura original de 18 metros para 86 metros.
De acordo com Alex, “até agora ninguém sabe a causa do acidente. E não sabemos em particular o que aconteceu entre setembro de 2018 e janeiro de 2019 – se, por exemplo, equipamentos pesados estavam sendo operados nas proximidades ou se houve detonações”. Ele ainda disse que a Vale é a operadora responsável pela segurança e que não buscou indenização da TÜV SÜD.
Em junho, após depoimentos de funcionários à CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a realização de explosões, a Vale informou que realizou duas detonações na região da barragem após o rompimento, porque já estavam programadas.
Um comitê do Senado pediu a indiciação por homicídio com dolo eventual do diretor financeiro e do ex-diretor presidente da Vale, de outros executivos, da TÜV SÜD e da Vale.
Em relatório anual, a TÜV SÜD estimou um gasto de 75 milhões de euros com custos legais e outros relacionados ao desastre. Stepken disse que, apesar da tragédia em Brumadinho, não houve prejuízo na entrada de novos pedidos, e as receitas de outros negócios permaneceu no mesmo nível do ano anterior.
(Com informações do Uol)