VisionWare lança centro para “se infiltrar” no submundo dos ciberataques

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VisionWare lança centro para “se infiltrar” no submundo dos ciberataques | Juristas
Hacker using laptop. Lots of digits on the computer screen.

A empresa portuguesa VisionWare acaba de lançar um centro de análise de ciberameaças à segurança mundial, na cidade da Praia, capital de Cabo Verde. O centro conta com 10 especialistas que pretendem se infiltrar no submundo dos ciberataques e atuar rapidamente.

“Trabalhamos numa área muito na curva da onda e somos obrigados a estar constantemente a evoluir, e o que temos vindo a fazer nos últimos dois anos, nomeadamente após este número enorme de ciberataques, foi criar uma equipa de inteligência que está constantemente a monitorizar, quer o submundo da internet, quer alguns grupos de cibercriminosos”, disse Bruno Castro, diretor da VisionWare. A empresa, uma das principais referências da área da cibersegurança em Portugal, foi fundada em 2005 e hoje atua em praticamente todos os continentes.

O lançamento oficial do projeto aconteceu em Cabo Verde, país onde a empresa está presente há mais de 15 anos, tendo mais de 20 clientes ligados ao Estado, aos bancos, seguradoras, área farmacêutica e energia.

Bruno Castro - VisionWareCom a criação do centro, a VisionWare, que é credenciada pela NATO em soluções de segurança da informação e cibersegurança, pretende obter informação, se possível, em tempo real, para reconhecer um ataque cibernético no momento em que acontece, e saber quem são os autores, suas motivações, entre outros dados, para poder responder rapidamente.

“Saber como funciona a rede criminosa, que hoje está muito ativa e gera muito dinheiro, e nós estamos ‘escondida’ a monitorizar o que se passa no submundo para nos dar informação em tempo real preventiva, para não atacar clientes nossos”, explicou ainda o especialista.

“E no caso reativo, se forem atacados, sabermos rapidamente como é que eles atuam, o que é que eles querem, dinheiro, informação, chantagear e como atuam”, prosseguiu Bruno Castro, indicando que o centro já conta com uma equipa de 10 especialistas na área de inteligência, que a partir de Lisboa vão estar infiltrados no submundo dos ciberataques.

A empresa conta ainda com alguns técnicos pertencentes aos seus escritórios na Cidade da Praia, o segundo polo depois de Lisboa e Porto, e uma parceria local na cidade do Panamá, em que todos vão estudar, reportar e alertar as instituições públicas e privadas, em tempo real, dos perigos da cibercriminalidade.

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Hacker writing virus code with laptop in dark. Data crimimal in shadow. Cyber security, internet fraud and phishing concept. Close up of hands on keyboard and computer screen with binary numbers.

Surgindo em linha com a Estratégia Nacional de Ciberdefesa, anunciada recentemente pelo Governo português, o diretor notou que a fase da pandemia e pós-pandemia tem sido “aterrorizante” no mundo da cibersegurança, com vários casos de ataques informáticos a empresas portuguesas que eram consideradas maduras a nível de segurança.

“Hoje temos muito mais ataques que estão a acontecer em tempo real, mas, pior que isso, temos muito mais ataques que ocorrem com sucesso”, constatou a mesma fonte, que apontou três recomendações para aumentar a segurança, a começar pelo autoteste.

“A autoavaliação constante é fundamental, nós fazíamos auditorias uma vez por ano, agora fazemos duas ou três vezes por ano”, referiu, indicando a formação como outro ponto importante, uma vez que o fator humano é um “elo mais fraco”, já que tudo está ligado à internet, o que torna mais fácil chegar os criminosos entrarem nas empresas.

Segurança dos dados da web
Créditos: thomaguery / iStock

“E por fim, termos capacidade de monitorizar e detectar comportamentos suspeitos quase em tempo real, porque a questão já não é se vamos ser atacados, é quando é que vamos ser atacados”, salientou Bruno, reforçando a importância do centro.

De acordo com Bruno Castro, a presença da VisionWare em Cabo Verde em mais de uma década tem sido “um sucesso”, estando sempre à espreita das oportunidades para expandir a monitorização da segurança no arquipélago, para atuar para o mundo inteiro.

Com trabalho em muitos outros países e há mais de 10 anos em Cabo Verde, o consultor em cibersegurança disse que vê o arquipélago como “um excelente estudo de caso” para o mundo, devido à sua capacidade de ir de encontro ao melhor que se faz na Europa.

VisionWare“E isso foi o que nos cativou, porque trabalhamos essencialmente na curva da onda e nos mercados mais exigentes em termos de segurança, foi essas empresas e o próprio Estado quererem o melhor”, analisou, elogiando ainda os recursos humanos.

Tendo atualmente 14 colaboradores em Cabo Verde, o especialista disse que para o próximo ano o objetivo é duplicar a equipe no arquipélago, com abertura de um pólo na ilha de São Vicente.

Com informações de Assessoria.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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