Um estudo da FGV Projetos aponta que 75% dos bacharéis em direito precisam fazer até três provas para conseguirem ser aprovados no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A FGV Projetos é a responsável pela aplicação da prova.
A pesquisa mostra, ainda, que 64% dos aprovados fizeram um curso específico de preparação para o exame, e a maioria optou pelo modelo on-line. Desses, 77% entendem que a faculdade não ofereceu a preparação necessária para o exame. A análise é referente a 16 edições do exame, entre os números II e XVII, que ocorreram entre os anos de 2012 a 2015.
Ser aprovado no exame é requisito fundamental para que o profissional possa exercer a advocacia. Sem o registro na OAB, ele fica impedido de atuar como advogado. A prova é aplicada em duas fases e em três edições anuais.
Shirlleynalva Andrade, de 26 anos, fez o exame quatro vezes até ser aprovada na edição realizada no mês de junho. Ela se formou em uma universidade particular do Rio Grande do Norte, onde mora, e precisou fazer um cursinho preparatório (assista o depoimento dela no vídeo acima).
Depois da primeira reprovação, ela precisou controlar o psicológico para não deixar a autoestima se abalar. Além de frequentar o cursinho, ela costumava estudar sozinha com videoaulas.
“O grande dilema é conseguir vencer você mesma, mentalmente falando. Quando você reprova a primeira, a segunda vez, não é fácil seguir em frente. É muito difícil não olhar para trás. Mas seguia o lema: ‘faça o seu melhor e deixe o resto com Deus”, diz.
Maior aprovação é nas instituições públicas
Entre os exames de número II e XVII, foram registradas 1,91 milhão de inscrições e 639 mil candidatos fizeram as provas. Desse contingente, 56% (equivalente a 360 mil) foram aprovados. Para 40% das pessoas (143 mil pessoas), a aprovação foi obtida já na primeira oportunidade.