Anúncios de candidatos relacionados a anúncios de seus adversários geram disputa na Justiça

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Créditos: Xtock Images | iStock

A permissão para que os candidatos façam a publicidade para em páginas de buscas na internet está causando enorme disputa. Pela primeira vez, a lei permite esse tipo de anúncio, mas os anúncios estão aparecendo para quem busca nome de adversários.

Há quem digite “Haddad” no Youtube, e o primeiro link patrocinado a aparecer é o de João Dória. Se digitam Mara Gabrilli ou Ricardo Tripoli no Google (candidatos do PSDB-SP ao Senado), aparece Jilmar Tatto (candidato do PT-SP ao Senado).

Neste último caso, o TRE-SP proibiu os anúncios de Tatto e multou o candidato, por considerar que eram irregulares. A defesa recorrerá ao TSE, que pode emitir uma decisão referência para esclarecer a regra desses anúncios contendo nomes de adversários. O Google, dono do site de busca e do YouTube, também foi intimado na ação.

No julgamento, o desembargador afirmou que "o eleitor, ao buscar o nome de Ricardo Tripoli no mecanismo de busca Google, intenciona obter informações acerca de candidatura ao Senado, e não de seus adversários". E completou dizendo que os anúncios devem ser feitos "somente em benefício da candidatura contratante". Eles devem ser, portanto, "vedados, por consequência, sua utilização em prejuízo das candidaturas adversárias."

Em conversa do G1 com integrantes das campanhas de João Doria, a equipe de comunicação diz que não direcionou o termo "Haddad" para links patrocinados do tucano no YouTube. Dizem que deve ter ocorrido alguma associação da ferramenta de publicidade do site. Especialistas em marketing apontam que é possível a associação da ferramenta de anúncio sem que a palavra tenha sido escolhida. (Com informações do G1.)

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