Cientista de inteligência artificial do Facebook diz que a rede seria "poeira" sem IA

Data:

Cientista fala da importância da IA no Facebook.

facebook
Créditos: Metamorworks | iStock

Sem inteligência artificial, não haveria o Facebook como o conhecemos hoje. Essa é a afirmação de Yann LeCun, fundador do laboratório de inteligência artificial do Facebook e cientista-chefe há cinco anos.

Ele aponta que sem o conhecimento profundo (deep learning, tipo de aprendizado de máquina) do Facebook atual, sobraria só a “poeira”, já que a rede é inteiramente construída em torno da IA.  A tecnologia está incluída em tudo, desde os posts e traduções do feed de notícias até os anúncios.

Quando LeCun fundou o laboratório, o Facebook já estava se envolvendo em aprendizado profundo. O software de aprendizagem profunda, modelado a partir do modo como os neurônios funcionam no cérebro, ingere muitos dados e aprende a fazer suas próprias previsões.

Em 2013, a rede social sabia que a inteligência artificial seria uma parte fundamental de seu futuro e, como várias outras empresas de tecnologia, ela utilizava o aprendizado profundo especificamente para classificar fotos e reconhecer a face. Embora parecesse promissor, não estava claro o quão útil seria.

Mas anos mais tarde, ajudados pela carga de dados coletados de usuários e computadores cada vez mais poderosos, a tecnologia melhorou rapidamente. O Facebook e outras empresas - como Google, Microsoft e Amazon - estão usando isso para muitas coisas, como marcar pessoas em fotos e permitir que assistentes virtuais informem o tempo. LeCun disse que a rede social em particular não funcionaria hoje sem um aprendizado profundo. É usado "absolutamente em todos os lugares", disse ele.

Isso se aplica não somente ao que os usuários podem ver, mas também no que eles não podem ver. Essa tecnologia ajuda a filtrar conteúdo do Facebook e a remover conteúdos, como discurso de ódio, da rede social.

Porém, isso ainda gera críticas, já que a IA não consegue abranger todos esses conteúdos sobre discurso de ódio compartilhados na rede. Enquanto a aprendizagem profunda e outros métodos de IA estão evoluindo, a moderação de conteúdos pode levar anos para a IA se sobressair.

Apesar das crescentes capacidades da tecnologia, LeCun ressalta que a IA não está nem perto do que ele gosta de chamar de um "cenário do Exterminador", no qual robôs assumiriam o controle. Claro que ela pode derrotar seres humanos em jogos como o Go, mas ainda estamos longe de criar o que é conhecido como inteligência geral artificial.

Esse tipo de inteligência artificial pode realizar tarefas semelhantes às humanas e tem bom senso suficiente para ajudar na vida diária, em vez de apenas executar tarefas com script, como a Alexa, da Amazon, faz hoje. LeCun disse que até mesmo sistemas de IA extraordinariamente não terão o mesmo impulso para fazer as coisas que os humanos fazem, a menos que isso seja incorporado a eles. (Com informações do CNN.)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

TJSP mantém condenação de acusados que aplicavam golpe em locadora de veículos

A 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão da 13ª Vara Criminal da Capital, sob a juíza Erika Fernandes, que condenou três homens por associação criminosa, com um deles também condenado por estelionato, relacionado a um golpe praticado contra uma locadora de veículos. As penas impostas, variando entre um e dois anos de reclusão, foram convertidas em medidas alternativas, incluindo prestação pecuniária e serviços comunitários.

Tribunal nega devolução em dobro após depósito realizado por engano

A 2ª Vara Cível de Araraquara julgou um caso envolvendo a devolução de R$ 37 mil que foram depositados por engano em uma empresa após um contrato de securitização de ativos empresariais. Após o acordo, a empresa não mais gerenciava os ativos, mas recebeu indevidamente o depósito de uma devedora. A empresa devolveu o dinheiro 14 dias após o depósito, mas apenas depois que a ação foi ajuizada, o que levou a autora a pedir a devolução em dobro, alegando retenção indevida do montante.

Estado indenizará estudante trans depois de ofensas de professor

A Vara da Fazenda Pública de Guarujá condenou o Estado de São Paulo a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 8 mil a uma estudante trans, devido a comentários ofensivos feitos por um professor sobre a comunidade LGBT em sala de aula. Além disso, foi estabelecido um pagamento de R$ 800 por danos materiais, referente aos custos com tratamento psicológico que a estudante teve após o incidente.

Ré é condenada por uso de embalagem similar ao da concorrente

A 5ª Vara Cível de Barueri condenou uma empresa do ramo alimentício por praticar concorrência desleal ao comercializar geleias em potes e embalagens muito parecidos com os de uma marca concorrente. A decisão judicial ordenou que a empresa ré cessasse o uso desses produtos e determinou o pagamento de uma indenização por danos materiais, cujo montante será definido na fase de liquidação do processo.