Sergio Moro falou sobre conversas com membros da “Lava Jato”
Aconteceu hoje (19) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado uma audiência em que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi para explicar as supostas mensagens trocadas com membros da operação “lava jato”. Moro citou várias vezes a “normalidade das relações entre magistrados e partes”, sobretudo, segundo ele, no Direito Criminal, uma vez que o juiz é responsável por julgar atos de investigação, além da condenação ou absolvição do acusado.
Sergio moro negou qualquer conluio entre ele e o procurador Deltan Dallagnol. Na tentativa de reforçar sua fala, Moro citou que absolveu cerca de 20% dos denunciados pelo Ministério Público na “lava jato”.
“Não existe conluio nenhum. Existe divergência, e não vejo infrações nas mensagens divulgadas pelo site em questão, mesmo se elas eventualmente tenham a autenticidade confirmada”, afirmou. Para o ex-juiz, houve um “falso sensacionalismo” na publicação de tais mensagens pelo The Intercept Brasil.
Em relação às mensagens sobre sugestão de troca de ordem de operações e de que uma procuradora precisava de treinamento para inquisições, o ministro disse que não se trata de “aconselhamentos” ao Ministério Público Federal, mas de “interlocução” normal que acontece no dia a dia do Judiciário.
O ministro relembrou que teve o celular invadido no início do mês, mas que, até o momento, não há evidências de acesso ao conteúdo do aparelho. O Intercept Brasil afirma que recebeu o material de uma fonte anônima antes deste episódio.
“Confesso que desta vez fiquei surpreso pelo nível de vilania e de baixeza dessas pessoas responsáveis pelo ataque, a ousadia criminosa de invadir ou tentar invadir telefones de procuradores da República, inclusive o telefone do ministro da Justiça, e utilizar isso não para fins de interesse público, mas, sim, para minar esforços anticorrupção”, afirmou.
(Com informações do Consultor Jurídico)