Radialista Fabiano Gomes é preso pela PF na Operação Xeque-Mate

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O desembargador João Benedito, do Tribunal de Justiça da Paraíba, decretou a prisão preventiva do radialista Fabiano Gomes nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal em João Pessoa.

Fabiano configura na lista dos 26 denunciados pelo Ministério Público da Paraíba no âmbito da Operação Xeque-mate, que investiga um grande esquema de corrupção na prefeitura de Cabedelo. O radialista foi levado para a sede da PF, em Cabedelo.

O advogado de Fabiano. Rembrandt Asfora, informou que o comunicador foi conduzido à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de uma das medidas cautelares decretadas contra ele na Operação Xeque-Mate.

A denúncia feita pelo MPPB diz que a compra do mandato de Luceninha, prefeito de Cabedelo em 2013, foi uma ideia vinda do radialista. A Operação Xeque-Mate foi deflagrada no dia 3 de abril, em sua primeira fase, com o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão expedidos pelo TJPB e cumpridos pela PF.

Gomes compareceu espontaneamente à sede do MPPB em 27 de abril de 2018 para prestar depoimento. Na ocasião, informou que o empresário Roberto Santiago agia como o principal articulador da Organização Criminosa que se instalou na cidade de Cabedelo, onde teria comprado o mandato do ex-prefeito Luceninha em favor de Leto Viana, atual prefeito.

Em seu depoimento, Fabiano disse ainda que Roberto Santiago era quem de fato administrava a cidade de Cabedelo e pagava propina a políticos da cidade para mandar na cidade e, inclusive, impedir que outros grupos empresariais se instalassem na cidade, como no caso do Shopping Pátio Intermares.

A segunda fase foi deflagrada no dia 19 de julho, com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão na casa e na empresa do radialista.

A operação foi desencadeada a partir de uma colaboração premiada do ex-presidente da Câmara de Cabedelo, Lucas Santino. O parlamentar teria procurado a PF espontaneamente e, por não ter acesso a provas, a investigação foi iniciada. (Com informações do G1.)

 

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