Unilever é condenada pelo CADE por contratos de exclusividade no mercado de sorvetes

Data:

cade
Créditos: Poulssen | iStock

A Unilever, dona da Kibon, foi condenada pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao pagamento de R$ 29,4 milhões por prejuízos à livre concorrência devido à firma de contratos de exclusividade no mercado de sorvetes. O conselho apurava condutas neste sentido desde 2006.

No processo administrativo, encontraram indícios de que a empresa teria oferecido a pontos de venda dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro bonificações e descontos em troca de merchandising, exclusividade de vendas ou uso dos refrigeradores. Também foram identificados contratos que obrigavam esses pontos a vender uma quantidade mínima sob pena de multa.

O conselheiro-relator do caso disse que tais práticas têm potencial de prejudicar a livre concorrência, já que tais pontos de venda concentram o maior volume de vendas e estão localizados pontos estratégicos. Ele apontou também que exclusividades como vendas, merchandising e giro mínimo, em uma empresa de posição dominante, podem fechar o mercado e/ou criar barreiras à entrada de rivais. (Com informações do Consultor Jurídico.)

Processo 08012.007423/2006-27.

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Paraíba ganhará este ano Câmara de Mediação e Arbitragem

A Paraíba está prestes a dar uma valorosa contribuição...

Construção irregular em área de preservação permanente deve ser demolida e vegetação recuperada

Construções em áreas de preservação permanente (APP) que envolvam a remoção de vegetação só podem ser autorizadas em casos excepcionais, como em situações de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. Em casos de degradação, é necessário que a área seja restaurada ao máximo, inclusive com a demolição de edificações existentes e recuperação da vegetação nativa.