A Justiça de São Paulo condenou a quatro anos e um mês de prisão, Sérgio Raimundo de Oliveira Ribeiro (54), que durante seis meses trabalhou no Hospital Irmã Dulce, na cidade de Praia Grande (SP), fingindo ser o médico Henry Cantor Bernal. Portando uma carteira falsificada do Conselho Regional de Medicina-CRM, ele Começou em novembro de 2019 como plantonista no pronto-socorro e depois passou a atuar na ala Covid do hospital.
Ribeiro se dizia neurologista do Hospital Albert Einstein. Contra ele já havia um mandado de prisão por ter trabalho numa faculdade da Bahia, passando-se ser por professor de direito.
O falso médico foi descoberto por um policial federal cuja noiva era médica no hospital. Ela desconfiou por conta da péssima conduta e da falta de conhecimento de Ribeiro. Após contato com o verdadeiro doutor Henry, o policial efetuou a prisão. Diversos erros crassos teriam sido cometidos, de acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público.
Em seu depoimento, a médica Marina Biazi, noiva do policial federal, disse que começou a perceber que os pacientes Covid tratados por Ribeiro chegavam no setor de emergência “totalmente descompensados e em estado muito grave”.
Disse que o falso médico ficava muito nervoso quando ela fazia perguntas sobre a sua conduta médica e passava a lhe fazer ataques pessoais. “Não havia cabimento em muitas das prescrições que ele fazia”, afirmou Mariana. Tal situação, afirmou, se repetiu por muitos dias.
Segundo a polícia pelo menos quatro famílias de pacientes que morreram de Covid-19 afirmam que as vítimas foram atendidas pelo falso médico.
Com informações do UOL.
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