O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal (STF), foi sorteado para relatar o caso de agressão envolvendo a família do ministro Alexandre de Moraes. Cabe a Toffoli conduzir o inquérito e fazer o relatório a ser analisado pelos demais ministros sobre o episódio ocorrido, no dia 14 de julho, no aeroporto de Roma. O processo está sob sigilo.
Moraes estava na Europa para palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. O desentendimento entre as famílias ocorreu na Itália, e teria começado quando o ministro foi chamado de “bandido, comunista e comprado”.
A defesa da família Mantovani, que é acusada de xingar e agredir a família de Moraes, alega que o caso ocorreu em função de uma disputa por lugares na ala VIP do aeroporto. Segundo eles a família do ministro foi privilegiada no local.
O ministro Alexandre de Moraes afirma que além de ser chamado de “bandido, comprado e comunista”, seu filho teria levado um tapa no rosto.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Federal, Moraes relatou que, no dia 14 de julho, entre 18h45 e 19h, Roberto Mantovani Filho, Andréia Munarão e Alex Zanatta Bignotto teriam hostilizado e proferido ofensas a ele e seus familiares. Também conforme o relato, Andréia teria afirmado que o ministro seria “bandido, comunista e comprado” e que Roberto Mantovani Filho teria proferido gritos, empurrado e desferido um tapa no rosto do filho do ministro.
A Polícia Federal abriu inquérito e apura denúncias de agressão, ameaça, injúria e difamação. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros, embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira.
Os três foram intimados no domingo (16), para depor na Delegacia de Polícia Federal de Piracicaba. Alex Zanatta Bignotto prestou depoimento ainda no domingo e negou as acusações, já Roberto e Andréia foram ouvidos na terça-feira (18) e negaram ter agredido o filho do ministro. Eles afirmam que, na verdade, foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes.
As imagens das câmeras do aeroporto de Roma devem esclarecer as diferentes versões envolvendo as famílias do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e do empresário Roberto Mantovani Filho. A Adidância da Polícia Federal em Roma recebeu na quinta-feira, 20, os arquivos das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Fiumicino, na capital italiana, que registraram o ocorrido.
Com informações de Congresso em Foco, Exame e G1.
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