Coletânea homenageia os dez anos de atuação do ministro Moura Ribeiro no STJ

Data:

Coletânea homenageia os dez anos de atuação do ministro Moura Ribeiro no STJ | Juristas
Lançamento do livro “Liber Amicorum: uma homenagem aos dez anos do ministro Moura Ribeiro no STJ”, no Espaço Cultural STJ. Créditos: Emerson Leal/STJ

Na terça-feira (26), o lançamento do livro “Liber Amicorum: uma homenagem aos dez anos do ministro Paulo Dias de Moura Ribeiro no STJ” ocorreu no Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça. Esta obra consiste em uma compilação de 51 artigos escritos por 82 autores notáveis, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como Luiz Fux e Dias Toffoli, bem como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) como Nancy Andrighi, João Otávio de Noronha, Humberto Martins, Mauro Campbell Marques, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Sebastião Reis Junior, Assusete Magalhães, Rogerio Schietti Cruz, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e o ministro aposentado Nefi Cordeiro.

Paulo Dias de Moura Ribeiro, que completou uma década no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 28 de agosto, destacou a significativa contribuição de renomados especialistas do direito na coletânea. Ele também fez menção aos “anjos da guarda” que o acompanharam ao longo de sua carreira, que abrange mais de 40 anos de atuação na magistratura. “Não posso esconder a alegria de ver tantos amigos aqui presentes em um momento tão especial da minha vida. Ser homenageado por 82 pessoas que escrevem esta obra é um momento que não dá para esquecer. Jamais imaginei chegar a um ponto como este, extremamente agradável ao coração de qualquer pessoa”, agradeceu o ministro.

Coletânea homenageia os dez anos de atuação do ministro Moura Ribeiro no STJ | Juristas
_Lançamento do livro “Liber Amicorum: uma homenagem aos dez anos do ministro Moura Ribeiro no STJ”, no Espaço Cultural STJ.
Créditos: Emerson Leal/STJ

A coletânea é uma celebração da trajetória do ministro, que é conhecido no meio jurídico por seu olhar humanitário evidenciado em suas sentenças. Esse enfoque humanitário lhe rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2020. Os organizadores da obra são Daniella Gheler Zampietro e Juliana Garcia Grubba, e o prefácio é assinado pela desembargadora Maria Olívia Pinto Esteves Alves, que também é esposa do ministro homenageado. A coordenação do livro é de responsabilidade de Aline Gomes Caselato, Eronides A. R. Santos, Felipe Herdem Lima e Wilson Furtado Roberto.

“Esta obra celebra dez anos de uma jornada extraordinária, vivida no STJ, por este homem cuja paixão pelo direito e pela Justiça é evidente e inspira a todos nós, operadores da área jurídica. Ler os artigos expostos neste trabalho é uma oportunidade de viajar por ideias permeadas por conhecimento jurídico e humanitário”, afirmou a desembargadora.

Elevada capacidade intelectual

Também compuseram a mesa do evento a presidente do STJ e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministra Maria Thereza de Assis Moura; o chanceler da Universidade Santo Amaro, Victor Veronezi; o professor Felipe Herdem Lima e o advogado Wilson Furtado.

Ao falar sobre o colega homenageado, o ministro Humberto Martins destacou como suas qualidades o “cavalheirismo” e a “elevada capacidade intelectual”. Ele classificou o livro como “uma obra notável, que servirá de roteiro para magistrados e operadores do direito”.

O chanceler da Universidade Santo Amaro, Victor Veronezi, enalteceu a preocupação de Moura Ribeiro – que também é professor – com os estudantes e a sua importância como jurista. “Conviver com Paulo Dias de Moura Ribeiro é aprender que conviver em sociedade é a mãe de todos os conflitos, e o papel do Judiciário é conter os seus exageros”, concluiu.

Os textos do livro, de mais de 900 páginas, são inspirados em decisões paradigmáticas do ministro Moura Ribeiro em diversas áreas do direito: empresarial, autoral, cível, penal, do consumidor, da família e direitos humanos.

Sair do caminho comum

“Prestar homenagem a Moura Ribeiro é uma provocação a abandonar a estrada percorrida, a sair do caminho comum e percorrer diversos caminhos ao mesmo tempo. Os trabalhos do livro são uma ode à virtude do refinamento intelectual”, afirmou um dos coordenadores da obra, Eronides Santos.

Para Daniella Zampietro, organizar esse trabalho foi uma experiência muito especial, principalmente pelo fato de ser assessora do magistrado desde a época em que ele foi desembargador no TJSP. “Acompanhei toda a sua trajetória. Suas decisões ecoam um olhar humanista, o cuidado e o zelo com o direito postulado em juízo e a preocupação com os efeitos práticos de suas sentenças. Um juiz de carreira com uma visão humanista e sempre à frente do seu tempo, que ouve com o coração”, ressaltou.

Coletânea homenageia os dez anos de atuação do ministro Moura Ribeiro no STJ | Juristas
O ministro Moura Ribeiro com o advogado, pesquisador e criador do Portal Juristas, Wilson Roberto, no lançamento do livro “Liber Amicorum: uma homenagem aos dez anos do ministro Moura Ribeiro no STJ”, no Espaço Cultural STJ.

Natural de Santos (SP), o ministro Moura Ribeiro integra o STJ desde 2013. Atualmente, compõe a Segunda Seção, a Terceira Turma e a Comissão de Regimento Interno. Mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é autor de diversos livros e artigos e leciona em cursos de graduação e pós-graduação em direito, em São Paulo e Brasília.

Estiveram presentes no lançamento, também, os ministros do STJ João Otávio de Noronha, Humberto Martins, Herman Benjamin, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sebastião Reis Junior, Assusete Magalhães, Sérgio Kukina,  Regina Helena Costa, Gurgel de Faria, Marco Buzzi, Rogerio Schietti Cruz, Ribeiro Dantas, Antonio Saldanha Palheiro, Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues; os ministros aposentados do STJ Aldir Passarinho Junior, Jorge Mussi e Nilson Naves; os ministro do STF Nunes Marques e Ricardo Lewandowski (aposentado); e o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Richard Pae Kim.

Com informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos!

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um Comentário

  • Default Comments (0)
  • Facebook Comments
  • Disqus Comments

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

TJSP mantém absolvição de médico que retirou glândula saudável por engano durante cirurgia

A 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, por unanimidade, a absolvição de um médico acusado de lesão corporal culposa após um equívoco durante procedimento cirúrgico. A decisão foi proferida originalmente pela juíza Fernanda Mendes Gonçalves, da 4ª Vara Criminal de São José do Rio Preto.

Órgão Especial mantém decisão que deferiu Regime Centralizado de Execuções a clube de futebol

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, por maioria de votos, a concessão do Regime Centralizado de Execuções a um clube paulista, com fundamento na Lei nº 14.193/2021, que institui a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Com a decisão, permanece válida a distribuição das execuções para uma das Varas de Falências e Recuperações Judiciais da Capital, assegurando a centralização dos processos de cobrança contra a agremiação.

Supermercado é condenado a indenizar cliente picada por escorpião

A 27ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, com alterações, a condenação de um supermercado ao pagamento de indenização por danos morais a uma cliente que foi picada por um escorpião dentro do estabelecimento. A sentença, originalmente proferida pelo juiz Jaime Henriques da Costa, da 2ª Vara Cível de Guarulhos, teve o valor da reparação majorado para R$ 8 mil.

TJSP mantém condenação de município por maus-tratos a aluno com autismo em escola pública

A 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação do Município de Santo André ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 12 mil a um aluno com autismo, vítima de maus-tratos por parte de uma professora em uma escola da rede municipal. A decisão de primeira instância havia sido proferida pelo juiz Genilson Rodrigues Carreiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca.A 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação do Município de Santo André ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 12 mil a um aluno com autismo, vítima de maus-tratos por parte de uma professora em uma escola da rede municipal. A decisão de primeira instância havia sido proferida pelo juiz Genilson Rodrigues Carreiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca.