Você está assegurado de que o seu negócio e patrimônio passem da 3ª geração?

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Você está assegurado de que o seu negócio e patrimônio passem da 3ª geração? | Juristas
Rodrigo Carvalho de Santana Pinho. Advogado

Segundo o website Swissinfo, com publicação em 2023, pela primeira vez desde o início do estudo em 2015, os bilionários acumularam mais riqueza por herança do que por suas próprias atividades comerciais.

Sempre há notícias abordando a disputa patrimonial e sucessória de herdeiros de grandes patrimônios e empresas, constituídos por seus pais ou avós na geração anterior. Essa situação de disputa é decorrência do esforço de empreendedores em construir patrimônio- do ponto de vista material- para os seus descendentes.

Segundo tem notícias, uma parte é oriunda de pessoas que começaram do zero, com muitas dificuldades, e viram no empreendedorismo um suporte para a sua situação. É claro que, à medida que o negócio cresce, a atividade empresarial torna-se uma virada de chave.

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Créditos: Andrea Goldschmidt | iStock

O detalhe é: muitos empreendedores estão concentrados em construir o patrimônio a ser desfrutado por filhos e netos, sob o argumento de que não querem que os seus passem as mesmas dificuldades. Para isso, encaminham testamentos, holding patrimonial, orientação jurídica e gestão financeira.

No entanto, não conversam ou planejam com seus herdeiros acerca do patrimônio que vão receber. Geralmente, são pessoas que vão receber uma gestão de negócio/patrimônio sem nenhum esforço e/ou conquista pessoal.

Tal fato é exemplificado em um estudo de um diretor de uma multinacional, com origem familiar, em que tiveram a percepção de que geralmente os negócios familiares não passam da 3ª geração, o que provocou a necessidade de diluição e abertura de capital na bolsa de valores.

Não é à toa que em alguns casos, o “império” acaba com determinada geração.

Desse modo, destaca-se o quão importante é o ensino do legado: valores, história e formas que o empreendedor construiu seu patrimônio, dando a ele um sentido emocional e motivador para a continuidade.

Assim, o ato de planejar deve ser mais amplo do que normalmente apenas ter passagem patrimonial, principalmente quando existem preocupações com o futuro de dependentes ou a percepção de que a falta da prevenção poderá inviabilizar a continuidade de uma empresa ou de um projeto iniciado pelo protagonista do planejamento sucessório.


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Rodrigo Carvalho de Santana Pinho
Rodrigo Carvalho de Santana Pinho
Advogado na RR Advocacia & Consultoria, pós-graduado em Direito Digital e Proteção de Dados pelo IDP, compliance em Proteção de Dados pela LEC/FGV e MBA em Gestão e Planejamento Tributário pela UNI7.

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