Resultados da pesquisa para 'Nordeste'

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  • #343314
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    Champagne

    Champagne é um tipo de vinho espumante exclusivamente produzido na região de Champagne, no nordeste da França, sob rigorosas regras de produção.

    Este nome é protegido por legislação e denominação de origem controlada (AOC), o que significa que apenas os espumantes produzidos nesta região específica, e de acordo com métodos tradicionais estabelecidos, podem ser oficialmente chamados de Champagne.

    A produção de Champagne envolve um processo meticuloso conhecido como “método Champenoise” ou “método tradicional”, que inclui uma segunda fermentação na garrafa para criar o gás carbônico responsável pelas bolhas características do espumante. Esse processo começa com a criação de um vinho base, que é então engarrafado com a adição de leveduras e açúcar para induzir a segunda fermentação. Após a fermentação, as garrafas são gradualmente inclinadas e giradas em um processo chamado “remuage”, para coletar os sedimentos de levedura no gargalo da garrafa, que são então removidos no processo de “dégorgement”. O Champagne é então selado com uma rolha definitiva.

    Os principais tipos de uva utilizados na produção de Champagne são Chardonnay (uma uva branca), Pinot Noir e Pinot Meunier (ambas uvas tintas), cada uma contribuindo com características únicas ao vinho. Champanhes podem ser produzidos como blends dessas uvas ou, menos comumente, como “Blanc de Blancs” (exclusivamente de uvas Chardonnay) ou “Blanc de Noirs” (exclusivamente de uvas Pinot Noir e/ou Pinot Meunier).

    Champagne é celebrado por seu sabor complexo e efervescência vigorosa, com notas que podem variar de frutas frescas, flores, a nuances de brioche e amêndoas, dependendo do estilo e da maturação. É tradicionalmente associado a celebrações e ocasiões especiais.

    A região de Champagne é estritamente delimitada, abrangendo áreas selecionadas dentro dos departamentos de Ardennes, Aube, Haute-Marne, Marne, e Seine-et-Marne. O clima frio e o solo calcário da região são considerados ideais para a produção de uvas com a acidez e o equilíbrio necessários para produzir um espumante de alta qualidade.

    Além de seu status icônico e associação com o luxo, o Champagne desempenha um papel importante na economia local e no patrimônio cultural da França, sendo um produto de exportação valorizado em todo o mundo.

    #343281
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    Glera

    Glera é a principal variedade de uva utilizada na produção do Prosecco, um vinho espumante popular originário da região do Vêneto e de Friuli Venezia Giulia, no nordeste da Itália.

    Antes conhecida simplesmente como “Prosecco”, a uva foi oficialmente renomeada para Glera em 2009 para ajudar a proteger a denominação de origem controlada e garantida (DOCG) do Prosecco, permitindo que apenas os vinhos espumantes produzidos em certas áreas da Itália e feitos principalmente dessa variedade de uva possam levar o nome “Prosecco”.

    A uva Glera é apreciada por sua capacidade de produzir vinhos leves, frescos e aromáticos, com notas de maçã verde, pera, melão e florais, muitas vezes acompanhados por uma leve acidez. Os vinhos feitos com Glera geralmente apresentam um caráter frutado e floral, sendo predominantemente produzidos pelo método Charmat (ou método Martinotti), em que a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável sob pressão, para preservar a frescura e os aromas da fruta.

    O Prosecco pode variar de brut (muito seco) a demi-sec (mais doce), embora a maioria seja produzida no estilo brut, tornando-o uma escolha popular para aperitivos ou celebrações. Devido ao seu perfil de sabor acessível e à sua efervescência refrescante, o Prosecco ganhou popularidade mundial e é frequentemente utilizado como base para coquetéis, como o Bellini e o Spritz.

    A designação de Glera como a uva do Prosecco tem sido parte dos esforços para preservar a identidade e a qualidade do Prosecco, diferenciando-o de outras versões espumantes produzidas fora das regiões DOC e DOCG designadas, garantindo que os consumidores recebam um produto autêntico e de alta qualidade.

    #343275
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    Vitis Labrusca

    Vitis labrusca é uma espécie de videira nativa da América do Norte, distinta da Vitis vinifera, que é a principal espécie de videira cultivada para a produção de vinho em todo o mundo.

    Conhecida por sua resistência ao frio e a algumas doenças, a Vitis labrusca é frequentemente utilizada para produzir vinhos de mesa e sucos de uva nos Estados Unidos da América (EUA) e no Canadá, além de ser a base para diversos híbridos e cultivares desenvolvidos para resistir às condições climáticas e doenças específicas dessas regiões.

    Os vinhos produzidos a partir da Vitis labrusca possuem características aromáticas únicas, muitas vezes descritas com notas de “foxiness”, um termo que evoca um aroma silvestre ou rústico distintivo dessa espécie. Entre as variedades mais conhecidas de Vitis labrusca estão a Concord e a Niagara, ambas amplamente cultivadas para a produção de sucos, geleias e alguns estilos de vinho doce ou semisseco, que são apreciados por seu sabor frutado intenso e acessibilidade.

    A uva Concord, em particular, é valorizada por seu perfil de sabor robusto, reminiscente de uvas escuras, sendo a base para a maioria dos sucos de uva puros e geleias produzidos na América do Norte. Enquanto isso, a Niagara, uma uva branca da mesma espécie, é conhecida por seu sabor doce e leve, sendo utilizada em vinhos brancos de mesa e também em produtos de suco de uva.

    Apesar de a Vitis labrusca não ser tão amplamente utilizada na produção de vinhos finos quanto a Vitis vinifera, sua importância cultural e econômica em regiões específicas, especialmente no nordeste dos Estados Unidos e no sudeste do Canadá, destaca seu papel significativo na indústria de bebidas e na horticultura dessas áreas. A Vitis labrusca continua a ser uma escolha popular para consumidores que buscam produtos de uva com sabor intenso e para produtores que valorizam sua adaptabilidade e resistência às condições locais.

    #343008

    Tópico: Significado de Prússia

    no fórum Geografia
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    Prússia

    A Prússia foi um Estado histórico na Europa, que desempenhou um papel central na história alemã e europeia. Originalmente, era uma região localizada no nordeste da Europa, ao longo da costa do Mar Báltico, habitada por povos bálticos prussianos. A partir do século XIII, a área foi conquistada pela Ordem Teutônica, uma ordem militar cristã, e gradualmente se tornou germanizada ao longo dos séculos seguintes.

    Ascensão da Prússia:

    • Estado Teutônico e Germanização: A Ordem Teutônica estabeleceu o Estado Monástico dos Cavaleiros Teutônicos na área, que foi a base para a formação da Prússia.
    • Ducado da Prússia: No século XVI, a região tornou-se um ducado que se secularizou e, eventualmente, em 1525, tornou-se o Ducado da Prússia sob o governo de Alberto da Prússia, um ex-Grão-Mestre da Ordem Teutônica.
    • União com Brandemburgo: Em 1618, o Ducado da Prússia veio sob a mesma regra do Eleitorado de Brandemburgo, formando uma união pessoal que foi a base para o futuro Reino da Prússia.
    • Reino da Prússia (1701-1918): Em 1701, o Eleitorado de Brandemburgo foi elevado ao status de reino, e Frederico I foi coroado Rei na Prússia. Este evento marcou o início do Reino da Prússia, que viria a ser uma das principais potências militares e políticas da Europa.

    Características da Prússia:

    • Militarismo: A Prússia era conhecida por seu forte militarismo e eficiência do exército, que se tornou um modelo para outros Estados.
    • Burocracia Eficiente: Desenvolveu uma administração pública altamente eficiente e um estado burocrático que serviu de exemplo para a modernização em outras partes da Alemanha e da Europa.
    • Contribuição para a Unificação Alemã: Sob a liderança de Otto von Bismarck, a Prússia liderou o processo de unificação alemã, culminando na proclamação do Império Alemão em 1871.
    • Cultura e Educação: A Prússia também era conhecida por sua ênfase na educação e no avanço da ciência e da cultura, estabelecendo um sistema educacional que era admirado em todo o mundo.

    Legado da Prússia:

    Após a Primeira Guerra Mundial e a abdicação do Kaiser Wilhelm II em 1918, o Reino da Prússia foi transformado em um Estado livre dentro da recém-formada República de Weimar. Com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945 e a subsequente reorganização territorial pela conferência de Potsdam, a Prússia foi oficialmente abolida em 1947 pelas autoridades de ocupação aliadas. O legado da Prússia, no entanto, permanece em várias facetas da história alemã e europeia, incluindo sua contribuição para a administração estatal, militarismo e o processo de unificação alemã.

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    Ordem Religiosa e Militar Católica 

    Uma ordem religiosa e militar católica é uma organização dentro da Igreja Católica que combina elementos tanto de devoção e vida monástica quanto de compromisso militar. Estas ordens surgiram durante as Cruzadas, um período de expedições militares iniciadas no final do século XI, com o objetivo declarado de reconquistar a Terra Santa do controle muçulmano. As ordens religiosas e militares católicas são conhecidas por seu papel nas Cruzadas, na proteção dos peregrinos cristãos que viajavam para a Terra Santa, e na administração de territórios conquistados.

    Características:

    • Vida Monástica e Militar: Membros dessas ordens faziam votos religiosos típicos de ordens monásticas, como pobreza, castidade e obediência, mas também se comprometiam com o serviço militar para proteger os interesses do Cristianismo. Isso criou uma fusão única de vida monástica e deveres militares.
    • Governança e Estrutura: Estas ordens eram bem organizadas, com uma estrutura hierárquica rígida que permitia uma administração eficiente tanto de suas propriedades quanto de suas missões militares. Elas possuíam vastas terras, castelos e recursos, que eram usados para financiar suas campanhas militares e obras de caridade.

    • Papéis na Sociedade Medieval: Além de suas atividades militares, essas ordens frequentemente desempenhavam funções sociais e econômicas importantes, como cuidar dos doentes e pobres, hospedar peregrinos e contribuir para o desenvolvimento econômico das regiões onde atuavam.

    Exemplos Notáveis:

    • Ordem do Templo (Templários): Talvez a mais famosa das ordens militares, conhecida por sua riqueza, poder militar e o misterioso final de sua existência, quando foram suprimidos sob acusações controversas no início do século XIV.

    • Ordem de São João (Hospitalários): Inicialmente fundada para cuidar dos peregrinos doentes e feridos em Jerusalém, evoluiu para uma ordem militar que também controlava territórios no Mediterrâneo, incluindo Malta.

    • Ordem Teutônica: Focada no nordeste da Europa, esta ordem desempenhou um papel central na cristianização das regiões bálticas através de campanhas militares contra os povos pagãos locais e estabeleceu um estado monástico na Prússia.

    Legado:

    O legado dessas ordens religiosas e militares é complexo, incluindo contribuições para a arquitetura militar (castelos), o desenvolvimento de técnicas de guerra, a administração de terras e o avanço do cristianismo na Europa. Suas histórias são entrelaçadas com a era das Cruzadas, influenciando a cultura e a política europeias na Idade Média e além. Apesar de muitas terem sido dissolvidas, transformadas ou suprimidas ao longo dos séculos, algumas, como a Ordem de Malta, continuam ativas hoje em dia, focando principalmente em obras humanitárias e caritativas.

    #342627
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    Mestre

    Pinot Grigio

    Pinot Grigio, também conhecido como Pinot Gris em algumas regiões, é uma variedade de uva branca que originou-se como uma mutação da uva Pinot Noir. Embora a uva possa ter uma coloração que varia do cinza-azulado ao marrom-rosado, os vinhos produzidos a partir dela são brancos.

    A variedade é cultivada em várias partes do mundo, cada região produzindo estilos distintos de vinho que refletem as características locais do terroir e as práticas de vinificação.

    Características e Estilos

    • Na Itália, especialmente no nordeste, em regiões como o Veneto, Friuli-Venezia Giulia e Trentino-Alto Adige, o Pinot Grigio é vinificado em um estilo leve, fresco e seco, com aromas de frutas de caroço, como pera e maçã, e às vezes notas cítricas e florais. Esses vinhos são conhecidos por sua acidez crocante e são frequentemente consumidos jovens.
    • Na França, principalmente na Alsácia, o Pinot Gris produz vinhos mais ricos, encorpados e às vezes levemente doces, com uma maior complexidade de aromas, incluindo mel, nozes, especiarias e frutas maduras. Estes vinhos podem ter um bom potencial de envelhecimento, desenvolvendo sabores mais profundos e complexos com o tempo.

    • Em outras regiões, como Alemanha, Estados Unidos (Oregon e Califórnia) e Austrália, os estilos podem variar significativamente, desde vinhos leves e ácidos até versões mais encorpadas e aromáticas, dependendo das condições climáticas e das preferências de produção.

    Consumo e Harmonização

    Devido à sua versatilidade, o Pinot Grigio/Pinot Gris pode ser um excelente acompanhamento para uma variedade de pratos. Os estilos mais leves e ácidos combinam bem com frutos do mar, saladas, pratos leves à base de frango e comidas com influências asiáticas. Já os vinhos mais encorpados e ricos da Alsácia harmonizam bem com pratos mais robustos, incluindo carnes brancas, pratos à base de cogumelos, queijos fortes e comida indiana ou tailandesa.

    Popularidade

    O Pinot Grigio tornou-se extremamente popular em muitos mercados internacionais, particularmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, devido ao seu perfil acessível, frescor e capacidade de agradar a uma ampla gama de paladares. Sua popularidade ajudou a impulsionar o reconhecimento e a apreciação de vinhos brancos leves e refrescantes em todo o mundo.

    #341653
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    História do Vinho em Território Brasileiro

    A história do vinho no Brasil é um relato fascinante de adaptação, persistência e inovação, marcada por distintas fases de desenvolvimento e contribuições de diferentes povos e culturas. A seguir, uma revisão dessa jornada:

    Primeira Fase: Os Pioneiros e as Primeiras Vinhas

    Com a chegada dos portugueses em 1500, a cultura do vinho, já profundamente enraizada na Europa, foi introduzida no Brasil. A tentativa pioneira de adaptação da vinicultura ao novo mundo foi feita por Brás Cubas em 1532, na região de Santos, São Paulo. Apesar dos desafios climáticos, que inicialmente frustraram os esforços em Santos, a perseverança de Cubas levou ao sucesso em regiões de clima mais ameno, como Tatuapé, marcando a produção do primeiro vinho brasileiro.

    Nesse período, a presença jesuíta, particularmente a de Padre Roque Gonzalez, foi significativa no Rio Grande do Sul, onde videiras foram cultivadas a partir de 1626, integrando o vinho na cultura e nos rituais religiosos locais. A tentativa de Maurício de Nassau de estabelecer a viticultura no Nordeste, embora breve, evidencia a diversidade de esforços para desenvolver a vinicultura no país.

    A chegada da Corte Portuguesa em 1808 incentivou ainda mais a produção vinícola, respondendo ao aumento do consumo de vinho pela comunidade portuguesa no Brasil.

    Segunda Fase: Renascimento Italiano e Desenvolvimento

    A imigração italiana para o Rio Grande do Sul, a partir de 1871, marcou o início de uma nova era para a vinicultura brasileira. Esses imigrantes trouxeram consigo não apenas as tradições vinícolas, mas também variedades de uvas e técnicas de cultivo que se adaptaram bem ao clima e ao solo da região, especialmente na Serra Gaúcha, promovendo um renascimento da vinicultura brasileira.

    O uso de uvas americanas, como Isabel e Niágara, adaptadas às condições locais, e a formação de cooperativas, como a Federação das Cooperativas do Rio Grande do Sul em 1912, foram cruciais para o sucesso e a sustentabilidade da vinicultura na região. Essas iniciativas foram apoiadas por políticas governamentais e pelo conhecimento técnico trazido por especialistas, como José Stefano Paterno.

    A Era Moderna: Internacionalização e Inovação

    A chegada de vinícolas estrangeiras, a partir dos anos 50, introduziu novas técnicas de manejo, vinificação e conceitos de qualidade no Brasil. Empresas como Georges Aubert, e posteriormente Almadén e Chandon, trouxeram investimentos significativos, elevando os padrões de produção e incentivando a produção de uvas de qualidade superior.

    A abertura econômica dos anos 90 representou um ponto de inflexão para a indústria vinícola brasileira, promovendo a modernização através do acesso a insumos e tecnologias avançadas e expondo o vinho brasileiro à concorrência global. Isso estimulou uma evolução significativa na qualidade dos vinhos nacionais e impulsionou o desenvolvimento profissional no setor.

    O Reconhecimento das Indicações Geográficas

    O reconhecimento de Indicações Geográficas, começando pelo Vale dos Vinhedos em 2002, fortaleceu a identidade e a qualidade do vinho brasileiro, estabelecendo padrões rigorosos de produção e promovendo a excelência e a singularidade dos vinhos de regiões específicas.

    Atualidade: Crescimento e Diversificação

    Hoje, o Brasil é um dos principais produtores de vinho do Hemisfério Sul, com a vinicultura se espalhando por diversas regiões, além do Rio Grande do Sul. O enoturismo tem se tornado uma atividade importante, atraindo visitantes nacionais e internacionais, enquanto a indústria continua a investir em qualidade, sustentabilidade e inovação.

    O vinho brasileiro vive um momento de reconhecimento internacional, especialmente por seus espumantes, refletindo a maturidade e a diversidade alcançadas pela vinicultura no país. A trajetória do vinho no Brasil é uma história de desafios superados e sucessos alcançados, simbolizando a paixão e a dedicação dos viticultores brasileiros à arte da vinificação.

    (Com informações do Site Vinho Brasileiro)

    #340664
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    Quais são as línguas oficiais de Portugal?

    As línguas oficiais de Portugal são as seguintes:

    1. Português: O português é a língua oficial de Portugal e é falado por praticamente toda a população do país.

    Portugal não possui línguas cooficiais como a Espanha, por exemplo. No entanto, há uma língua reconhecida como regional e protegida pela lei, o Mirandês. O Mirandês é uma língua de origem astur-leonesa, falada principalmente no nordeste de Portugal, no município de Miranda do Douro, na região de Trás-os-Montes. Embora o Mirandês não seja uma língua oficial de Portugal, é reconhecido e protegido pela legislação nacional como parte do patrimônio linguístico e cultural do país.

    #339226
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    Vaquejada

    A vaquejada é uma prática esportiva e cultural tradicional em algumas regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, mas também encontrada no Norte e outras partes do país. Originada nas atividades rurais de manejo do gado, a vaquejada se transformou em um evento competitivo e festivo que atrai grandes públicos.

    No esporte da vaquejada, duas pessoas a cavalo, conhecidas como vaqueiros, trabalham em equipe para perseguir um boi solto na arena. O objetivo é conduzir o animal a uma faixa delimitada na pista e, em seguida, um dos vaqueiros deve derrubar o boi puxando-o pelo rabo. Os competidores são avaliados pela habilidade e agilidade em executar essa tarefa, seguindo regras específicas que podem variar ligeiramente dependendo da competição. Geralmente, pontos são atribuídos com base na execução e no cumprimento das normas estabelecidas.

    A vaquejada faz parte de um evento maior que inclui shows musicais, danças, feiras agropecuárias e outras atividades culturais, desempenhando um papel significativo na economia e na cultura local das regiões onde é popular. Além de ser uma expressão da cultura nordestina, a vaquejada gera empregos e promove a tradição do vaqueiro.

    Contudo, a vaquejada é objeto de controvérsia e debate, principalmente por questões de bem-estar animal. Críticos argumentam que a prática pode causar estresse, lesões e sofrimento aos bois, levando a discussões sobre a necessidade de regulamentação ou proibição da atividade. Em resposta, foram desenvolvidas normas e medidas para tentar minimizar o impacto sobre os animais, e a prática foi regulamentada por lei como parte do patrimônio cultural imaterial brasileiro, buscando equilibrar a tradição cultural com o respeito aos direitos dos animais.

    #338207
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    CBF

    A CBF, ou Confederação Brasileira de Futebol, é a entidade máxima do futebol no Brasil. Fundada em 1914, é responsável pela organização, administração e regulamentação do futebol brasileiro em todos os níveis, desde o amador até o profissional.

    Entre suas responsabilidades estão a organização de competições nacionais, como o Campeonato Brasileiro de Futebol em suas diferentes séries, a Copa do Brasil, a Copa do Nordeste, entre outros. Além disso, a CBF é responsável por coordenar a participação da Seleção Brasileira de Futebol em competições internacionais, como a Copa do Mundo FIFA e a Copa América.

    A entidade também tem a incumbência de promover o desenvolvimento do futebol em todo o país, incentivando a prática do esporte, formando jogadores, treinadores e árbitros, e apoiando clubes e federações estaduais.

    A CBF possui sua sede na cidade do Rio de Janeiro e é dirigida por uma diretoria executiva, composta por um presidente e outros membros eleitos.

    #336816

    Tópico: Telemar

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    Mestre

    Telemar

    Telemar, oficialmente conhecida como Telemar Norte Leste S.A., foi uma das principais operadoras de telefonia fixa no Brasil. A empresa surgiu no processo de privatização do Sistema Telebrás em 1998, uma estratégia do governo brasileiro para desestatizar o setor de telecomunicações. Telemar era responsável pela oferta de serviços de telefonia fixa, móvel, internet e outros serviços de telecomunicações na região Norte, Nordeste e parte do Sudeste do Brasil, abrangendo 16 estados.

    A Telemar desempenhou um papel crucial na expansão e modernização da infraestrutura de telecomunicações nessas regiões, contribuindo significativamente para a acessibilidade e a qualidade dos serviços de telecomunicações para milhões de brasileiros. A empresa era conhecida por sua marca “Oi” para serviços de telefonia móvel e outros produtos de telecomunicações.

    Em 2002, a Telemar iniciou a unificação de suas operações e serviços sob a marca “Oi”, que acabou se tornando uma das maiores e mais reconhecidas marcas de telecomunicações no Brasil. A transição para a marca Oi representou uma estratégia de marketing para fortalecer a presença da empresa no mercado nacional, oferecendo uma gama completa de serviços de telecomunicações, incluindo telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura.

    Ao longo dos anos, a Oi expandiu suas operações e continuou a inovar em seus serviços e produtos, mantendo-se como um dos principais players no setor de telecomunicações brasileiro. A história da Telemar/Oi é marcada por sua contribuição para a democratização do acesso às telecomunicações no Brasil, apesar dos desafios financeiros e regulatórios enfrentados pela empresa ao longo do tempo.

    #336815

    Tópico: Brasil Telecom

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    Brasil Telecom 

    A Brasil Telecom S.A. foi uma das principais empresas de telecomunicações do Brasil. Ela foi criada no processo de desestatização do Sistema Telebrás, ocorrido em 1998, como parte do plano do governo brasileiro para privatizar o setor de telecomunicações. A Brasil Telecom atuava em diversos segmentos do mercado de telecomunicações, incluindo telefonia fixa, telefonia móvel, internet banda larga e serviços de dados.

    A empresa era responsável pela operação de serviços de telecomunicações em uma grande parte do território brasileiro, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e parte do Norte e Nordeste do país. A Brasil Telecom era conhecida pela inovação em serviços de internet e pela expansão da infraestrutura de banda larga.

    Em 2009, a Brasil Telecom foi adquirida pela Oi S.A., outro grande operador de telecomunicações no Brasil, num processo de fusão que visava criar uma empresa com maior capacidade de competir no mercado brasileiro e expandir a oferta de serviços de telecomunicações. Essa fusão marcou uma etapa importante na consolidação do setor de telecomunicações brasileiro, resultando em uma das maiores empresas de telecom do país, com uma cobertura ampla e diversificada de serviços.

    #333368
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    Direito Egípcio

    O “direito egípcio” refere-se ao sistema legal que historicamente governou o Egito, um país do nordeste da África com uma história jurídica rica e complexa. Ao longo dos milênios, o direito no Egito passou por várias fases e influências, refletindo sua evolução ao longo do tempo:

    1. Antigo Egito: No período do Antigo Egito, que se estendeu por milênios, o sistema legal era baseado em costumes e normas tradicionais transmitidas oralmente. Os egípcios tinham uma compreensão rudimentar de contratos, propriedade e responsabilidade civil. O famoso Código de Hamurabi, da Mesopotâmia, também influenciou algumas práticas legais na região.
    2. Domínio Romano e Bizantino: Com a chegada do domínio romano e bizantino, o Egito adotou elementos do direito romano e do direito bizantino. Isso incluiu a aplicação de códigos legais e regulamentos desses impérios em certos casos.

    3. Domínio Islâmico: Após a conquista islâmica do Egito no século VII, a sharia (lei islâmica) tornou-se uma parte essencial do sistema legal egípcio. A sharia regula áreas como casamento, divórcio, herança e assuntos de família. No entanto, mesmo sob o domínio islâmico, aspectos do direito egípcio anterior ainda desempenhavam um papel importante.

    4. Domínio Otomano e Colonial: Durante os períodos de domínio otomano e colonial, o Egito viu a influência de diferentes sistemas legais impostos por governantes estrangeiros.

    5. Reformas Modernas: No século XX, o Egito passou por reformas legais significativas com a promulgação de códigos e regulamentos modernos em áreas como direito civil, penal e comercial. Muitas dessas reformas foram influenciadas pelo direito europeu.

    6. Era Contemporânea: O Egito possui um sistema legal moderno e misto que inclui elementos do direito islâmico, bem como leis civis e regulamentos comerciais. A Constituição egípcia é a lei fundamental do país, estabelecendo os princípios gerais que governam a nação. Além disso, existem leis específicas que regulam áreas como negócios, propriedade, contratos e direito de família.

    Vale ressaltar que o Egito tem uma tradição jurídica rica e variada, que reflete sua longa história e as influências culturais e políticas ao longo dos séculos. Além disso, o cenário jurídico pode ser afetado por mudanças políticas e eventos históricos no país.

    #331758
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    Estado de Israel 

    O Estado de Israel, estabelecido em 1948, é um país no Oriente Médio, situado na extremidade oriental do Mar Mediterrâneo. É o lar nacional do povo judeu e possui uma série de características distintas:

    1. Fundação e Propósito: Israel foi criado como um estado-nação para o povo judeu, em resposta à sua longa história de dispersão e perseguições, culminando com o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. A ideia era oferecer um refúgio seguro e soberano para os judeus de todo o mundo.
    2. Localização Geográfica: Localiza-se no coração do Oriente Médio, fazendo fronteira com o Líbano ao norte, a Síria a nordeste, a Jordânia a leste, e o Egito ao sudoeste. A Faixa de Gaza e a Cisjordânia também fazem fronteira com Israel, sendo áreas de complexas e prolongadas disputas territoriais.

    3. Demografia: A população de Israel é diversificada, composta principalmente por judeus de diversas origens, mas também inclui significativas minorias árabes, drusas e outros grupos étnicos e religiosos.

    4. Governo: Israel é uma democracia parlamentar. O sistema político israelense é baseado em representação proporcional, o que frequentemente resulta em governos de coalizão.

    5. Religião e Cultura: Enquanto o judaísmo é a religião majoritária e desempenha um papel central na identidade cultural do país, Israel também abriga seguidores do Islã, Cristianismo, Druze, e outras religiões.

    6. Economia e Tecnologia: Israel é conhecido por seu avançado desenvolvimento tecnológico e inovação, com uma economia forte em setores como tecnologia da informação, biotecnologia, e equipamentos de defesa.

    7. Conflitos e Relações Internacionais: O Estado de Israel esteve envolvido em vários conflitos com seus vizinhos árabes desde a sua fundação, e o conflito israelense-palestino continua a ser uma questão central na política do Oriente Médio.

    8. Reconhecimento Internacional: Israel é membro das Nações Unidas e mantém relações diplomáticas com muitos países, embora o status de algumas áreas sob seu controle (como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental) continue sendo objeto de disputas e debates internacionais.

    O Estado de Israel desempenha um papel significativo nas questões geopolíticas, religiosas e culturais do mundo contemporâneo.

    Certificação Digital em João Pessoa (PB) é na Juristas Certificação Digital

    João Pessoa é um município brasileiro, capital e principal centro financeiro e econômico do estado da Paraíba, na região Nordeste.

    Certificado Digital em João Pessoa
    Créditos: diegograndi / iStock

    Com população, estimada no ano de 2018, de 800 323 habitantes, a capital paraibana é a oitava cidade mais populosa da Região Nordeste (NE) e a 23ª do Brasil, sendo, no estado da Paraíba, a cidade mais populosa.

    Integra à Região Geográfica Imediata de João Pessoa e à Região Geográfica Intermediária de João Pessoa. A Região Metropolitana de João Pessoa, formada por João Pessoa e mais 11 (onze) municípios, tem uma população estimada em 2016 de 1 253 930 pessoas, a 23.ª mais populosa da República Federativa do Brasil.

    Fundada no ano de 1585, no século XVI, com o nome de “Cidade Real de Nossa Senhora das Neves”, João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, tendo já sido fundada com título de cidade ainda naquele ano.

    Antes denominada de Frederikstad, foi uma das duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual cidade do Recife – Pernambuco), na segunda metade do século XVII. Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao da cidade de Olinda – Pernambuco.

    Segundo informações do ano de 2016 do IBGE, há 19969 empresas na cidade de João Pessoa, ou seja, são inúmeras empresas que necessitam de certificado digital para poderem funcionar.

    Com a grande quantidade de pessoas jurídicas abertas na cidade de João Pessoa e que vem crescendo a cada ano, tanto a certificação digital E-CNPJ quanto o registro de marca são essenciais para o crescimento de sua empresa.

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    (Com informações da Wikipedia)

    Saiba mais sobre: 

    #149494

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    Diversos Entendimentos Jurisprudenciais sobre Problemas Aéreos do Tribunal de Justiça do Acre – TJAC

    CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. EMBARGOS MONITÓRIOS. APELAÇÃO. CONTRATO DE FRETAMENTO DE AERONAVES. REQUISIÇÕES DE PASSAGENS EMITIDAS PELA EMPRESA DE TURISMO. DIÁRIOS DE BORDO E DUPLICATAS EMITIDAS PELA EMPRESA DE TRANSPORTE AÉREO. PROVA ESCRITA SEM EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. DOCUMENTOS HÁBEIS À INSTRUÇÃO DA AÇÃO MONITÓRIA. DOCUMENTOS ILEGÍVEIS. DESCONSIDERAÇÃO. PROVIMENTO PARCIAL DO APELO.

    1.O requerimento de emissão de passagem originado de empresa de turismo, o contrato de fretamento de aeronaves, o diário de bordo comprobatório da realização de voos e a fatura emitida pela empresa credora, ainda que sem aceite, são documentos hábeis à instrução da ação monitória ajuizada pela empresa de transporte aéreo em que se busca o reembolso de dívida oriunda de contrato de prestação de serviço de transporte aéreo.

    2.Provada a relação contratual entre as partes, a requisição de um lado e a prestação do serviço de outro, deve ser convertido o mandado monitório em título executivo judicial com relação ao valor que se refere às passagens requisitadas.

    3.Documento ilegível é inábil para instruir ação monitória.

    4.Apelo provido parcialmente.

    (TJAC – Relator (a): Júnior Alberto; Comarca: Rio Branco;Número do Processo:0011452-20.2011.8.01.0001;Órgão julgador: Segunda Câmara Cível;Data do julgamento: 21/10/2016; Data de registro: 21/10/2016)

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    CDC. CONSUMIDOR. RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. EMPRESA AÉREA. ATRASO E CANCELAMENTO DE VOO. APLICAÇÃO DO CDC. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO ADEQUADO. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.

    (TJAC – Relator (a): Alesson José Santos Braz; Comarca: Cruzeiro do Sul;Número do Processo:0702287-60.2015.8.01.0002;Órgão julgador: 1ª Turma Recursal;Data do julgamento: 07/10/2016; Data de registro: 14/10/2016)

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    A SENTENÇA CONDENOU A EMPRESA RECORRENTE A INDENIZAR MORALMENTE O RECLAMANTE COM A QUANTIA DE TRÊS MIL REAIS E A INDENIZAR MATERIALMENTE COM O VALOR DE QUATROCENTOS E CINQUENTA REAIS. O RECURSO INOMINADO PEDE REFORMA DA SENTENÇA, EXPONDO QUE O VOO FOI CANCELADO POR CAUSA DE PROBLEMAS EM UM DETERMINADO AEROPORTO DE OUTRA CIDADE E POR FALHAS NA MALHA AÉREA, BEM COMO, DE QUE NÃO HOUVE PROVA DE DANO MATERIAL OU MORAL. NÃO HOUVE CONTRARRAZÕES, RECURSO IMPROVIDO. HOUVE REALMENTE O CANCELAMENTO E A PESSOA NÃO FOI COLOCADA EM OUTRO VOO, SEQUER DE EMPRESA DIFERENTE, TENDO QUE IR DE TÁXI ATÉ PORTO VELHO-RO PARA DE LÁ CONSEGUIR EMBARCAR ATÉ O DESTINO FINAL NA REGIÃO NORDESTE. O DANO MATERIAL CORRESPONDE EM VALOR AO DINHEIRO PAGO PELO TÁXI. E O DANO MORAL É DEVIDO, PORQUE A AFLIÇÃO É NOTÓRIA, HAVENDO NEXO, DANO E SERVIÇO MAL PRESTADO, OBSERVADAS AS VÁRIAS TENTATIVAS DE SOLUÇÃO, CONFORME PROTOCOLOS APRESENTADOS, NAS QUAIS NÃO SE OBTEVE SUCESSO. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, COM OS ACRÉSCIMOS DO VOTO. CUSTAS PAGAS. SEM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS, POR FALTA DE CONTRARRAZÕES.

    (TJAC – Relator (a): Jose Augusto Cunha Fontes da Silva; Comarca: Rio Branco – Juizados Especiais;Número do Processo:0604609-35.2015.8.01.0070;Órgão julgador: 2ª Turma Recursal;Data do julgamento: 13/10/2016; Data de registro: 13/10/2016)

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    RECURSO INOMINADO. JUIZADOS ESPECIAIS. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. PLEITO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ANTECIPAÇÃO DO VOO MARCADO EM UM DIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. REESTRUTURAÇÃO DA MALHA AÉREA. NÃO COMPROVAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DA CLIENTE. INEXISTÊNCIA DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR QUE AFASTE A RESPONSABILIDADE DE INDENIZAR. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA TRANSPORTADORA, FUNDADA NA TEORIA DO RISCO. FATO INERENTE À ATIVIDADE DA EMPRESA, QUE CONSTITUI FORTUITO INTERNO, INAPTO A EXCLUIR O NEXO CAUSAL. RISCO DO EMPREENDIMENTO. ART. 14, CAPUT, DO CDC. DANOS MORAIS RECONHECIDOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO QUE MERECE REFORMA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SEM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS.

    Trata-se de pedido de reparação por danos materiais e morais decorrentes de antecipação de voo pela empresa recorrente, no qual a recorrida era passageira e afirma ter sofrido danos de natureza patrimonial, bem como de natureza moral, em razão da angústia vivenciada na ocasião. Em suas manifestações, a empresa recorrente justificou a antecipação do voo, afirmando que se tratou de caso fortuito, devido às obras no aeroporto de Rio Branco, implicando na reestruturação da malha aérea e sustentando a ocorrência de excludente de ilicitude no fato noticiado. Sentença de 1º grau julgou parcialmente procedente o pedido inicial, arbitrando R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de indenização por danos morais. Invertido o ônus da prova, caberia à empresa demonstrar a ocorrência de alguma das excludentes do art. 14, §3 do Código de Defesa do Consumidor, comprovando que inexistiu defeito ou culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. A juntada tão somente de matéria jornalística e que não contém exatamente a tese defendida, não é suficiente para a empresa se eximir da responsabilidade que lhe foi atribuída, considerando a responsabilidade objetiva inerente às relações de consumo. Da mesma forma, a alegação de reestruturação de malha aérea não basta para afastar a responsabilidade do transportador aéreo pela alteração do voo, na medida em que se qualifica como risco inerente à atividade, mormente por não ter a empresa comprovado que notificou seus clientes. As telas de sistema trazidas pela recorrente, em que pese informem que foi efetuada ligação e envio de e-mail, não constam sequer os dados da passageira recorrida, não podendo ser considerada prova cabal da tentativa de notificação. Ausência de excludente da responsabilidade, tendo em vista que a empresa aérea não demonstrou substancialmente a ocorrência de força maior, não se desincumbindo do ônus que lhe competia, na forma do art. 373, II, do CPC. Transborda da esfera do mero dissabor e configura dano moral in re ipsa, a antecipação de um dia do voo previamente marcado, frustrando as expectativas da passageira no cumprimento do cronograma e organização de suas férias. No momento em que o consumidor adquire a passagem, passa a ter a legítima expectativa de ser transportado no dia e condições marcadas. Ofensa ao princípio da confiança, que gera o dever de reparar os danos patrimoniais e morais causados. Importante trazer a baila a Teoria do Risco do Empreendimento, fundada no parágrafo único do art. 927 do Código Civil, estabelecendo que haverá obrigação de reparar o dano, independentemente da aferição de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua própria natureza, risco para a vida ou direitos de outrem. Por outra sistemática, dispõe a Lei Consumerista acerca da responsabilidade objetiva do prestador de serviços de reparação de danos ao consumidor (art. 14), prescindindo da eventual ocorrência de culpa. Por outro lado, quanto ao valor do dano moral no caso em concreto, entendo que este é desproporcional ao que vem decidindo essa Turma em casos semelhantes, devendo ser reduzido para R$ 6.000,00 (seis mil reais), valor este que reputo suficiente e proporcional ao caso em tela, com vistas a atender a finalidade punitiva e reparadora do instituto. Provimento do recurso para reduzir o valor da indenização por dano moral, mantendo os demais dispositivos da sentença. Custas pagas. Sem condenação em honorários, diante do deslinde do julgamento. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso Inominado n. 0604299-29.2015.8.01.0070, ACORDAM os Senhores Juízes da 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, nos termos do voto do relator e das mídias digitais arquivadas.

    (TJAC – Relator (a): Zenice Mota Cardozo; Comarca: Rio Branco – Juizados Especiais;Número do Processo:0604299-29.2015.8.01.0070;Órgão julgador: 2ª Turma Recursal;Data do julgamento: 06/10/2016; Data de registro: 13/10/2016)

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