Maranhão discute criação de observatório de direitos humanos

Data:

 

Decisão sobre direitos de indígenas e de comunidades tradicionais recebe prêmio de direitos humanos
Créditos: Billion Photos / Shutterstock.com

A Unidade de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Maranhão (UMF-TJMA) e instituições parceiras realizaram encontro para discutir a formação do observatório de direitos humanos com foco na pessoa privada de liberdade e egressos do sistema prisional.

A reunião foi aberta pelo desembargador Froz Sobrinho, coordenador da UMF. No encontro, realizado na Escola Superior da Magistratura do Maranhão (Esmam), representantes de universidades e organismos ligados à questão penitenciária e da execução penal analisaram formas de conexão do Estado com a rede nacional de observatórios e grupos de pesquisa sobre salvaguardas sociais em interfaces com o sistema de Justiça, sob a orientacão dos pesquisadores Railander Figueiredo e Helil Bruzadelli, membros dos Observatórios de Minas Gerais e Santa Catarina.

Participaram membros das secretarias estaduais de Segurança, Administração Penitenciária, Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB/MA, Núcleo de Estudos do Estado, Segurança e Sociedade e o Núcleo de Estudos da Violência da UFMA, Centro de Apoio Operacional Criminal, Núcleo de Execução Penal da DPE e o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC).

Na prática, serão mantidas parcerias com organismos nacionais e internacionais do sistema penal e penitenciário para articular, entre as políticas sociais básicas e o sistema de justiça, ações inclusivas mediante a participação entre os diversos setores da sociedade.

“A ideia é implementar uma rede de estudos colaborativos multicêntricos e intervenções em territórios diversos, com vistas ao fortalecimento de capacidades para convergências entre as políticas sociais básicas e a justiça criminal, apoiadas em responsabilidades das autoridades locais e na adoção de políticas de regulação”, explicaram os pesquisadores.

Entre outras contribuições, o observatório de direitos humanos se destina a subsidiar, com evidências e propostas estratégicas e metodológicas, os esforços para formulação, avaliação e melhorias dos sistemas de justiça criminal.

A experiência já vem sendo desenvolvida com êxito, nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e Goiás.

O juiz Fernando Mendonça, da 2ª Vara de Execução Penal de São Luís, acrescentou que a rede colaborativa se propõe também a apoiar aos componentes dos sistemas de justiça e governos nacional, estaduais e locais em processos de avaliação, monitoramento e melhorias de políticas, colocando-se como instrumento para um saber consistente sobre como intervir em realidades e auxiliar a pessoas criminalizadas ou vulnerabilizadas.

“Juntos, será possível fortalecer as capacidades locais por meio de estratégias de educação permanente de profissionais dos sistemas de justiça, de das políticas sociais básicas”, concluiu.

Também estiveram presentes, dentre outros o secretário Murilo Andrade (SEAP ), professores Rosângela Guimarães e Márcio Aleandro (UFMA), defensor Bruno Dixon (DPE), desembargador Froz Sobrinho, juiz Fernando Mendonça (TJMA), psicólogo Paulo Guilherme, secretário da UMF Ariston Apoliano, promotor Cláudio Cabral (MPMA), delegados Maymone e Cícero (SSP), Felipe de Holanda (IMESC), advogada Ana Karolina (OAB-MA), Marilse Medeiros (Esmam) e os pesquisadores Helil Bruzadelli e Railander Figueiredo.

Fonte: Tribunal de Justiça do Maranhão

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

TJSP mantém condenação de acusados que aplicavam golpe em locadora de veículos

A 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão da 13ª Vara Criminal da Capital, sob a juíza Erika Fernandes, que condenou três homens por associação criminosa, com um deles também condenado por estelionato, relacionado a um golpe praticado contra uma locadora de veículos. As penas impostas, variando entre um e dois anos de reclusão, foram convertidas em medidas alternativas, incluindo prestação pecuniária e serviços comunitários.

Tribunal nega devolução em dobro após depósito realizado por engano

A 2ª Vara Cível de Araraquara julgou um caso envolvendo a devolução de R$ 37 mil que foram depositados por engano em uma empresa após um contrato de securitização de ativos empresariais. Após o acordo, a empresa não mais gerenciava os ativos, mas recebeu indevidamente o depósito de uma devedora. A empresa devolveu o dinheiro 14 dias após o depósito, mas apenas depois que a ação foi ajuizada, o que levou a autora a pedir a devolução em dobro, alegando retenção indevida do montante.

Estado indenizará estudante trans depois de ofensas de professor

A Vara da Fazenda Pública de Guarujá condenou o Estado de São Paulo a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 8 mil a uma estudante trans, devido a comentários ofensivos feitos por um professor sobre a comunidade LGBT em sala de aula. Além disso, foi estabelecido um pagamento de R$ 800 por danos materiais, referente aos custos com tratamento psicológico que a estudante teve após o incidente.

Ré é condenada por uso de embalagem similar ao da concorrente

A 5ª Vara Cível de Barueri condenou uma empresa do ramo alimentício por praticar concorrência desleal ao comercializar geleias em potes e embalagens muito parecidos com os de uma marca concorrente. A decisão judicial ordenou que a empresa ré cessasse o uso desses produtos e determinou o pagamento de uma indenização por danos materiais, cujo montante será definido na fase de liquidação do processo.