Visualizando 30 resultados - 91 de 120 (de 1,369 do total)
  • Autor
    Resultados da pesquisa
  • Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Preciso de advogado para obter a cidadania portuguesa?

    Não é estritamente necessário contratar um advogado para obter a cidadania portuguesa, pois você pode seguir o processo por conta própria. No entanto, dependendo da complexidade da sua situação pessoal, você pode optar por contratar um advogado especializado em direito de imigração ou cidadania portuguesa para ajudá-lo.
    Aqui estão algumas considerações a ter em mente ao decidir se deve ou não contratar um advogado:
    1. Complexidade do caso: Se a sua situação é simples, como ter um dos pais portugueses, o processo pode ser direto e você pode ser capaz de lidar com ele por conta própria. No entanto, se houver circunstâncias complicadas, como falta de documentação adequada, antecedentes criminais ou questões legais anteriores, pode ser útil ter a orientação de um advogado.
    2. Conhecimento das leis e procedimentos: Um advogado especializado em direito de imigração ou cidadania portuguesa terá um conhecimento aprofundado das leis e procedimentos aplicáveis, o que pode ajudar a evitar erros ou atrasos no processo.

    3. Representação legal: Um advogado pode representá-lo perante as autoridades portuguesas, lidar com a papelada em seu nome e garantir que todos os procedimentos sejam seguidos corretamente. Isso pode economizar tempo e reduzir o estresse associado ao processo.

    4. Resolução de problemas: Se surgirem problemas durante o processo, como a necessidade de documentação adicional ou a contestação de uma decisão, um advogado estará lá para orientá-lo e defender seus interesses.

    5. Custo: Contratar um advogado terá um custo adicional, então você deve considerar suas próprias habilidades, a complexidade do seu caso e seu orçamento antes de tomar uma decisão.

    Em resumo, embora não seja obrigatório, contratar um advogado pode ser benéfico para garantir que o processo de obtenção da cidadania portuguesa seja feito corretamente e sem complicações. Se você não tem certeza sobre a necessidade de um advogado, pode valer a pena consultar um para obter orientação inicial antes de prosseguir por conta própria.

    Cidadania Portuguesa
    Créditos: sergoua / Depositphotos

    #345136
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Obrigação de Fazer

    A obrigação de fazer é um tipo de obrigação legal no qual uma das partes (devedor) se compromete a realizar uma ação específica em benefício da outra parte (credor). Este tipo de obrigação é comum em contratos e está intrinsecamente ligado ao conceito de jus in personam, onde a obrigação existe entre indivíduos específicos.

    Características da Obrigação de Fazer:

    1. Natureza da Obrigação: O compromisso pode envolver a prestação de um serviço, a execução de uma tarefa ou a produção de um resultado específico. Por exemplo, pode ser um contrato de prestação de serviços médicos, de consultoria ou de construção.
    2. Infungibilidade: Muitas vezes, a ação a ser realizada é infungível, ou seja, deve ser executada pelo próprio devedor em razão de suas qualidades pessoais, habilidades específicas ou conhecimentos técnicos. Em tais casos, a substituição por terceiros é inadequada ou impossível.

    3. Exigibilidade: Se o devedor não cumprir a obrigação de fazer, o credor pode exigir judicialmente que a ação seja realizada, desde que isso seja possível. Em alguns casos, o credor pode também buscar compensação por meio de danos e perdas caso a execução específica não seja mais viável ou desejável.

    4. Conversão em Perdas e Danos: Dependendo da natureza do contrato e das disposições legais aplicáveis, se a obrigação de fazer não puder ser cumprida ou se tornar excessivamente onerosa, o credor pode ser autorizado a converter a obrigação em uma indenização monetária por perdas e danos.

    Exemplos de Obrigação de Fazer:

    • Contrato de Pintura de Imóvel: O pintor (devedor) se compromete a pintar a casa do cliente (credor) de acordo com especificações contratadas.
    • Acordo de Desenvolvimento de Software: Um programador se compromete a desenvolver um software personalizado para uma empresa.
    • Prestação de Serviços Profissionais: Um advogado se compromete a representar um cliente em um caso judicial.

    Aspectos Legais:

    A obrigação de fazer é regulamentada por leis civis que estipulam como essas obrigações devem ser formalizadas, cumpridas e, quando necessário, executadas coercitivamente ou convertidas em compensação monetária. A execução específica (cumprimento da obrigação conforme o acordado) é geralmente preferida, a menos que seja tecnicamente impossível ou desproporcionalmente onerosa, momento em que a compensação pode ser buscada.

    Esta categoria de obrigações é fundamental para garantir que contratos que envolvem a prestação de serviços sejam cumpridos de maneira eficaz e justa, protegendo os interesses de ambas as partes envolvidas.

    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Que benefícios fiscais têm os Autistas?

    No Brasil, pessoas com autismo, classificadas como pessoas com deficiência (PCD), podem acessar alguns benefícios fiscais destinados a proporcionar maior suporte financeiro e inclusão social. Aqui estão alguns dos principais benefícios fiscais que podem ser acessíveis para pessoas com autismo e suas famílias:

    1. Isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): Pessoas com deficiência têm direito à isenção de IPI na compra de veículos novos adaptados, o que inclui automóveis com adaptações especiais conforme a necessidade da pessoa com autismo.
    2. Isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): Na aquisição de veículos financiados, as pessoas com deficiência podem ser isentas do IOF, reduzindo os custos associados ao financiamento do veículo.

    3. Isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Em muitos estados, também é possível obter a isenção de ICMS na compra de veículos novos adaptados para pessoas com deficiência.

    4. Isenção de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores): Muitos estados oferecem isenção do IPVA para veículos de propriedade de pessoas com deficiência. As regras e a disponibilidade podem variar conforme o estado.

    5. Dedução de despesas médicas no Imposto de Renda: Despesas com tratamentos de saúde relacionados ao autismo, incluindo terapias especializadas e medicamentos não cobertos pelo SUS, podem ser deduzidas do Imposto de Renda, reduzindo o imposto devido.

    6. BPC (Benefício de Prestação Continuada): Embora não seja um benefício fiscal propriamente dito, o BPC é um benefício de assistência social que proporciona um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência que demonstram não possuir meios de prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família.

    Para acessar esses benefícios, é necessário comprovar a condição de pessoa com deficiência através de laudos médicos detalhados que atestem o diagnóstico de autismo, conforme exigido pelas regulamentações aplicáveis a cada tipo de isenção ou benefício. É aconselhável que as famílias e pessoas com autismo consultem profissionais especializados, como contadores e advogados, para entender melhor os procedimentos e documentação necessários para acessar esses benefícios.

    #344828
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Cidadania Alemã 

    Conseguir a cidadania alemã pode ser feito de várias maneiras, dependendo de sua situação específica, como descendência, casamento, naturalização após um período de residência, ou outros critérios especiais. Aqui estão as principais vias:

    1. Por Descendência

    • Jus Sanguinis: Se você tem pelo menos um dos pais que é cidadão alemão no momento do seu nascimento, geralmente você também é cidadão alemão.
    • Restauração de Cidadania: Como mencionado anteriormente, descendentes de alemães que foram perseguidos durante o regime nazista podem requerer a restauração da cidadania.

    2. Por Naturalização

    • Residência: Normalmente, você pode aplicar para a naturalização após 8 anos de residência legal na Alemanha. Este período pode ser reduzido para 7 ou 6 anos se você participar de cursos de integração ou tiver outros méritos especiais.
    • Requisitos: Além de residir na Alemanha pelo tempo necessário, você deve provar proficiência na língua alemã, ter meios de subsistência suficientes sem depender de assistência social, renunciar à sua cidadania anterior (salvo algumas exceções), e não ter condenações criminais significativas.
    • Conhecimento de Sociedade e Lei Alemãs: Você precisa passar por um teste de conhecimento sobre a sociedade, leis e ordem política da Alemanha.

    3. Por Casamento

    • Cônjuge de um Cidadão Alemão: Apesar de o casamento com um cidadão alemão não garantir automaticamente a cidadania, ele pode facilitar o processo de naturalização. Você ainda precisará residir na Alemanha por pelo menos 3 anos e estar casado por pelo menos 2 anos antes de aplicar.

    4. Por Investimento ou Contribuições Especiais

    • Investidores e Empresários: Não há um programa específico de cidadania por investimento na Alemanha, mas investidores que criam empregos significativos ou trazem inovações tecnológicas podem ser considerados para naturalização mais rapidamente.
    • Contribuições Especiais: Em casos excepcionais, a Alemanha pode conceder cidadania a indivíduos que fizeram contribuições significativas para o país em campos como ciência, tecnologia, economia ou cultura.

    5. Cidadania Dupla

    • Regras de Dupla Cidadania: A Alemanha permite a dupla cidadania em casos específicos, como para cidadãos de outros países da UE ou para aqueles que não podem renunciar à sua cidadania anterior por razões legais.

    Para proceder com qualquer uma dessas vias, é recomendado verificar os detalhes com a embaixada ou consulado alemão mais próximo ou com um advogado especializado em imigração, pois as leis e procedimentos podem mudar e são bastante específicos em termos de documentação e requisitos legais.

    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Descendentes de alemães podem restaurar a sua cidadania alemã?

    Sim, descendentes de alemães podem restaurar ou adquirir a cidadania alemã, dependendo de certas condições e da história familiar.

    O processo de restauração ou aquisição de cidadania alemã baseia-se principalmente no direito de sangue (jus sanguinis), que considera a nacionalidade dos ascendentes.

    Aqui estão alguns dos cenários mais comuns:

    1. Descendentes de Alemães que Emigraram: Se um alemão emigrou e perdeu sua cidadania alemã por naturalizar-se em outro país antes de 1914, seus descendentes podem ter direito a reivindicar a cidadania alemã, se puderem provar a ascendência e que nenhum dos descendentes renunciou à cidadania alemã explicitamente.
    2. Descendentes de Alemães que foram Perseguidos Durante o Nazismo: O Artigo 116 (2) da Lei Fundamental da Alemanha permite aos descendentes de alemães que foram perseguidos e privados de sua cidadania por motivos políticos, raciais ou religiosos durante o regime nazista (1933-1945) restaurar sua cidadania.

    3. Descendentes de Cidadãos Alemães Nascidos no Exterior: Em geral, filhos nascidos no exterior de pais alemães adquirem automaticamente a cidadania alemã. No entanto, a partir da segunda geração nascida fora da Alemanha, as regras podem se tornar mais complexas, e a cidadania pode não ser transmitida automaticamente a menos que medidas específicas sejam tomadas (como registrar o nascimento na embaixada alemã).

    4. Restauração de Cidadania: Há também casos em que indivíduos que perderam a cidadania alemã ao adquirir outra nacionalidade, antes das mudanças na lei em 2000, podem solicitar a restauração da sua cidadania sem ter que renunciar à sua nova nacionalidade.

    O processo para reivindicar ou restaurar a cidadania alemã geralmente requer a apresentação de documentos detalhados para provar a ascendência alemã, como certidões de nascimento, casamento e, em alguns casos, provas de perseguição ou desnaturalização. É recomendável consultar o consulado ou a embaixada alemã mais próxima ou um advogado especializado em direito de imigração para obter assistência e orientação específica sobre o processo.

    #344824
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Exemplos Jurídicos

    O termo “exemplos jurídicos” refere-se a casos práticos, decisões judiciais, situações hipotéticas ou qualquer outro tipo de exemplo que ilustre como leis e princípios legais são aplicados em circunstâncias específicas. Esses exemplos são frequentemente usados no ensino do direito, na formação de profissionais jurídicos e na explicação de conceitos legais complexos para o público em geral. Eles servem para diversos propósitos:

    1. Educação e Treinamento: No contexto acadêmico, exemplos jurídicos são usados para ensinar estudantes de direito sobre a aplicação prática das teorias que aprendem. Eles ajudam a conectar a teoria jurídica com a realidade prática das situações legais.
    2. Interpretação da Lei: Exemplos jurídicos ajudam advogados e juízes a entenderem como certas leis foram aplicadas em casos passados, o que pode orientar a interpretação e aplicação da lei em novos casos.

    3. Argumentação Legal: Advogados frequentemente usam exemplos de decisões anteriores (precedentes) para fundamentar seus argumentos em tribunal, mostrando como situações similares foram resolvidas.

    4. Análise Crítica: Estudantes e profissionais do direito utilizam exemplos jurídicos para analisar criticamente a eficácia de leis e decisões judiciais, discutindo suas implicações éticas e práticas.

    5. Elaboração de Políticas: Exemplos jurídicos podem ser usados por legisladores para avaliar o impacto das leis existentes e ajudar na formulação de novas legislações mais eficazes.

    Portanto, exemplos jurídicos são uma ferramenta vital no estudo e na prática do direito, oferecendo uma base concreta para o entendimento e a aplicação dos princípios jurídicos.

    #344819

    Tópico: O que significa CFOAB?

    no fórum Advocacia
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    CFOAB – Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

    O termo “CFOAB” refere-se ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é uma entidade que representa os advogados no Brasil e que tem diversas funções, incluindo a regulamentação da profissão, a defesa das prerrogativas dos advogados, a promoção da justiça e o zelo pela qualidade dos serviços jurídicos prestados no país.

    O Conselho Federal é o órgão máximo da OAB e é responsável por coordenar e normatizar as atividades da advocacia em todo o território nacional, estabelecendo diretrizes para os demais conselhos (seccionais) nos estados. Entre suas atribuições estão a definição de regras para o exame de ordem, que é necessário para o exercício da advocacia, a fiscalização da atuação dos advogados, e a promoção de políticas que visem ao aperfeiçoamento do sistema jurídico brasileiro. O CFOAB também desempenha um papel importante na defesa do Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos no Brasil.

    #344814
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Como conseguir um defensor público?

    Para conseguir um defensor público no Brasil, você deve seguir alguns passos, levando em conta que o serviço da Defensoria Pública é destinado às pessoas que não têm condições financeiras de pagar por um advogado particular. Aqui estão os passos básicos para acessar este serviço:

    1. Verifique sua Elegibilidade: A Defensoria Pública atende pessoas que comprovem insuficiência de recursos financeiros. Geralmente, são atendidas as pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, mas esse critério pode variar dependendo do estado.
    2. Documentação Necessária: Prepare documentos pessoais (como RG, CPF, comprovante de residência) e quaisquer outros documentos relacionados ao caso (como processos judiciais anteriores, documentos de ações em andamento, contratos, entre outros). Também será necessário comprovar a renda familiar, por meio de contracheques, declaração de IR ou outros comprovantes de rendimentos.

    3. Encontre a Defensoria Mais Próxima: Você deve procurar a unidade da Defensoria Pública no seu estado ou município. As Defensorias estão presentes em todas as unidades da Federação e frequentemente têm unidades nos fóruns das grandes cidades.

    4. Agendamento de Atendimento: Dependendo da unidade, o atendimento pode ser feito por ordem de chegada ou por agendamento prévio. Alguns estados permitem o agendamento online através dos sites oficiais das Defensorias Estaduais.

    5. Primeira Consulta: No dia do atendimento, um defensor público analisará o seu caso e fornecerá orientação jurídica. Se for necessário um acompanhamento ou representação em ação judicial, o defensor público irá preparar e conduzir o seu caso.

    6. Acompanhamento do Caso: Após o início do acompanhamento jurídico, mantenha contato com a Defensoria para acompanhar o progresso do seu caso e comparecer às audiências ou outros compromissos judiciais conforme necessário.

    A Defensoria Pública não se limita apenas a causas criminais; eles também atuam em áreas como direito de família, direitos do consumidor, questões de moradia, direitos humanos, entre outros. É um serviço essencial para garantir o acesso à justiça para todos os cidadãos.

    #344785
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Holding Familiar

    Uma holding familiar é uma estrutura societária que foi estabelecida com o propósito de administrar e controlar o patrimônio de uma família.

    Este tipo de holding não tem operações comerciais ou de produção próprias; em vez disso, sua principal função é possuir participações em outras empresas, imóveis, e outros ativos financeiros.

    As holdings familiares são frequentemente usadas para organizar mais eficientemente a gestão dos ativos de uma família, planejar a sucessão dos bens e otimizar a carga tributária.

    Funções Principais de uma Holding Familiar

    1. Gestão de Patrimônio: Centraliza a gestão dos ativos da família, o que pode incluir participações acionárias em empresas, imóveis, investimentos financeiros, obras de arte, entre outros. A centralização facilita o controle, a administração e a tomada de decisões estratégicas sobre os ativos.
    2. Planejamento Sucessório: Uma das principais vantagens de uma holding familiar é facilitar o processo de transferência de patrimônio entre gerações. Por meio da holding, é possível estruturar a distribuição dos ativos de maneira planejada e eficiente, minimizando disputas entre herdeiros e reduzindo custos relacionados a impostos de transmissão (como o ITCMD no Brasil).

    3. Proteção Patrimonial: A holding pode servir como um mecanismo de proteção contra riscos associados à atividade empresarial dos membros da família. Ao separar os bens pessoais dos negócios operacionais, a holding ajuda a proteger o patrimônio familiar de eventuais responsabilidades legais ou financeiras.

    4. Otimização Tributária: Embora a principal motivação para a criação de uma holding familiar não deva ser a evasão fiscal, ela pode ajudar na otimização da carga tributária sobre os rendimentos e ganhos de capital. Isso é conseguido através da consolidação fiscal e do aproveitamento de regimes tributários mais favoráveis.

    5. Governança Familiar: A holding pode também ser um instrumento para implementar práticas de governança corporativa dentro de uma família empresária, definindo regras claras para a gestão dos ativos e participação nos lucros, além de estabelecer diretrizes para a inclusão de novos membros da família nos negócios.

    Aspectos Legais e Estruturais

    • Constituição Legal: A constituição de uma holding familiar geralmente envolve a formação de uma empresa (como uma Sociedade Limitada ou Sociedade Anônima no Brasil) cujo objeto social é a participação em outras sociedades ou a administração de bens próprios.

    • Contrato Social: O contrato ou estatuto social da holding deve ser bem elaborado, especificando os direitos e obrigações dos membros da família, a distribuição de lucros, a administração da empresa e outras regras de funcionamento.

    • Regime Fiscal: Dependendo da legislação local, pode haver implicações fiscais específicas associadas à formação e operação de uma holding familiar. É importante consultar um advogado ou contador especializado para estruturar a holding de forma que esteja em conformidade com as leis fiscais e aproveite as possíveis eficiências tributárias.

    A holding familiar, portanto, é uma estrutura jurídica e financeira importante para famílias com significativo patrimônio que desejam gerir de maneira eficiente seus bens, garantindo a sua preservação e a harmonia entre os herdeiros.

    #344779
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Quais são as sanções disciplinares da OAB?

    As sanções disciplinares da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estão previstas no Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei nº 8.906/1994) e são aplicadas a advogados que cometem infrações disciplinares.

    O processo disciplinar busca assegurar a conduta ética dos advogados, mantendo os padrões profissionais e a confiança pública na advocacia. As sanções têm como objetivo não apenas punir, mas também educar e prevenir futuras infrações. Aqui estão as principais sanções disciplinares previstas pela OAB:

    1. Censura

    • Descrição: A censura é aplicada em casos de infrações éticas de menor gravidade ou quando é a primeira vez que o advogado comete uma infração disciplinar.
    • Publicidade: A censura é aplicada de forma confidencial, a menos que seja reiterada, caso em que pode se tornar pública.

    2. Suspensão

    • Descrição: A suspensão é imposta em casos de infrações mais graves ou de reincidência em infrações que anteriormente resultaram em censura. Durante o período de suspensão, o advogado está proibido de exercer atividades profissionais relacionadas à advocacia.
    • Duração: Pode variar de 30 dias a até 12 meses, dependendo da gravidade da infração.
    • Publicidade: A sanção e suas razões são publicadas nos órgãos oficiais para conhecimento público, exceto em situações que envolvem segredo de justiça.

    3. Exclusão

    • Descrição: A exclusão é a penalidade mais severa e é aplicada em casos de infrações extremamente graves, como a prática de crimes incompatíveis com a advocacia ou por incapacidade moral grave.
    • Consequências: O advogado excluído perde definitivamente o direito de exercer a advocacia.
    • Publicidade: Assim como a suspensão, a exclusão é publicada para conhecimento público.

    4. Multa

    • Descrição: A multa pode ser aplicada juntamente com outras sanções ou de forma isolada, dependendo do caso específico.
    • Valor: Varia geralmente entre uma e dez vezes o valor da anuidade da OAB, conforme determinado pelo conselho competente.

    Processo Disciplinar

    • Investigação: Qualquer pessoa pode denunciar um advogado por infração ética à OAB. A denúncia será analisada em um processo disciplinar conduzido pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB.
    • Defesa: O advogado tem o direito à ampla defesa e ao contraditório durante o processo disciplinar.
    • Decisão: Após a investigação e a fase de defesa, o Tribunal de Ética decide pela aplicação de uma sanção, se for o caso. As decisões podem ser recorridas aos Conselhos Estaduais e ao Conselho Federal da OAB (CFOAB).

    Essas sanções disciplinares são fundamentais para manter a integridade e a confiança na profissão jurídica, assegurando que os advogados atuem de acordo com os altos padrões éticos e legais exigidos pela OAB e pela sociedade.

    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Onde deve ser feito o registro da Sociedade de Advogados?

    O registro da sociedade de advogados deve ser feito na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) onde a sociedade estabelecerá sua sede principal.

    Este processo de registro é essencial para que a sociedade de advogados possa operar legalmente e é um requisito para a prática da advocacia sob forma societária no Brasil.

    Passos para o registro da sociedade de advogados:

    1. Documentação: A sociedade deve preparar e submeter um conjunto de documentos, incluindo o contrato social da sociedade, que deve estar de acordo com as normas da OAB e da legislação brasileira. Este contrato deve especificar, entre outras coisas, o nome da sociedade, os sócios participantes, o objeto social (que deve ser exclusivamente a prática da advocacia), e a distribuição de quotas.
    2. Nome da Sociedade: O nome da sociedade deve incluir o nome de pelo menos um dos sócios e ser acompanhado pela expressão “Sociedade de Advogados”. O uso de denominações que não seguem esse formato precisa ser aprovado pela OAB.

    3. Pagamento de Taxas: Há taxas associadas ao registro da sociedade que devem ser pagas à OAB.

    4. Análise pela OAB: Após a submissão, a documentação é analisada pela comissão competente dentro da seccional da OAB para garantir que todos os requisitos legais e éticos estejam sendo cumpridos.

    5. Aprovação e Registro: Uma vez aprovada, a sociedade é registrada oficialmente e recebe um número de registro na OAB. A sociedade também precisa ser inscrita em órgãos como a Receita Federal para obter um CNPJ e outros registros locais, dependendo das atividades e localização.

    6. Publicação: Em alguns estados, é necessário publicar o ato de constituição da sociedade em um jornal de grande circulação ou no Diário Oficial do Estado.

    Esse registro assegura que a sociedade de advogados esteja legalmente apta para exercer a advocacia e cumpra com as normas de ética e disciplina estabelecidas pela OAB. Uma vez registrado, o escritório pode iniciar suas atividades jurídicas, representar clientes e oferecer serviços legais dentro do escopo definido pelas leis e regulamentações da advocacia brasileira.

    Modelo de Contrato
    Créditos: PantherMediaSeller / Depositphotos

    #344745
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Posso integrar mais de uma sociedade de advogados?

    Sim, um advogado pode ser membro de uma sociedade de advogados registrada por estado e ter inscrições suplementares em outras seccionais da OAB em estados distintos, permitindo-lhe praticar a advocacia em diferentes regiões do Brasil.

    Logo, ele pode ser sócio de mais de uma sociedade de advogados simultaneamente, conforme as normas da OAB, desde que seja uma diferente por estado.

    Portanto, um advogado pode participar em uma sociedade registrada, por exemplo, no estado de São Paulo e em outras de estados distintos, e ter inscrições suplementares na OAB de outros estados, como Rio de Janeiro ou Minas Gerais, desde que cumpra os requisitos para as inscrições nesses locais. Essa flexibilidade permite ao advogado ampliar sua área de atuação geográfica sem necessidade de integrar diferentes sociedades de advogados.

    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Qual a natureza jurídica de uma sociedade individual de advogados?

    A natureza jurídica de uma sociedade individual de advogados, no contexto do direito brasileiro, é a de uma sociedade unipessoal. Isso significa que ela é constituída por um único advogado, que é responsável pela prestação de serviços jurídicos sob a forma societária.

    A introdução desse tipo de sociedade no Brasil foi regulamentada pela Lei nº 13.247, de 2016, e é uma exceção à regra geral que prevê que sociedades devem ser compostas por dois ou mais sócios.

    Características da Sociedade Individual de Advogados:

    1. Unipessoalidade: Diferentemente das sociedades limitadas ou simples que necessitam de pelo menos dois sócios, a sociedade individual de advocacia permite que um único advogado seja o único sócio, o qual responde pela sociedade.
    2. Responsabilidade Limitada: A responsabilidade do advogado sócio é limitada ao valor de seu capital social investido na sociedade, o que significa que os bens pessoais do advogado não são utilizados para cobrir eventuais dívidas ou responsabilidades da sociedade, exceto em casos de fraude ou violação da lei.

    3. Autonomia Profissional: Mesmo constituída como uma sociedade, a sociedade individual de advocacia permite que o advogado mantenha sua autonomia profissional, exercendo a advocacia conforme os ditames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da legislação aplicável.

    4. Regime Tributário: Pode optar pelo regime de tributação do Simples Nacional, que é mais benéfico em termos fiscais para pequenas empresas, incluindo menores alíquotas e simplificação dos processos de pagamento de tributos.

    5. Objeto Social Exclusivo: A atividade da sociedade é restrita à prestação de serviços de advocacia. Atividades complementares relacionadas à advocacia podem ser incluídas no objeto social, mas atividades de outra natureza são proibidas.

    Aspectos Legais:

    • Inscrição na OAB: Assim como as sociedades de advogados tradicionais, a sociedade individual de advocacia deve ser registrada na Ordem dos Advogados do Brasil, e precisa atender a todos os requisitos éticos e profissionais exigidos pela entidade.

    • Nome: O nome da sociedade deve incluir o nome do advogado seguido da expressão “Sociedade Individual de Advocacia”, garantindo clareza e transparência sobre a natureza jurídica da empresa.

    Finalidade:

    A criação da sociedade individual de advocacia tem como finalidade oferecer aos advogados a possibilidade de exercerem a profissão com as vantagens da forma societária, como a proteção patrimonial e benefícios fiscais, sem a necessidade de associar-se com outros advogados. Isso proporciona maior flexibilidade e fomenta o empreendedorismo na área jurídica.

    Portanto, a natureza jurídica da sociedade individual de advogados configura-se como uma inovação significativa no direito societário brasileiro, permitindo aos advogados explorar benefícios empresariais enquanto mantêm a independência profissional.

    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Quais são os Benefícios Tributários da Sociedade Unipessoal para Advogados?

    A Sociedade Unipessoal de Advocacia foi introduzida no Brasil através da Lei nº 13.247, de 12 de janeiro de 2016, permitindo que advogados possam constituir sociedades individuais com a finalidade de exercer a advocacia.

    Essa modalidade oferece uma série de vantagens tributárias, principalmente relacionadas à tributação simplificada e redução de cargas fiscais comparado ao regime de tributação individual. Aqui estão os principais benefícios tributários:

    1. Opção pelo Simples Nacional

    • A Sociedade Unipessoal de Advocacia pode optar pelo regime do Simples Nacional, que é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, destinado às microempresas e empresas de pequeno porte. Isso permite uma carga tributária geralmente menor se comparada ao regime de tributação pelo Lucro Presumido ou Lucro Real.
    • No Simples Nacional, os tributos (como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS e CPP) são recolhidos em uma única guia (DAS), simplificando o processo de pagamento dos tributos.

    2. Alíquotas Reduzidas no Simples Nacional

    • As alíquotas do Simples Nacional para sociedades de advocacia são progressivas e dependem da receita bruta acumulada ao longo do ano. Elas começam em 4,5% sobre a receita bruta mensal para receitas de até R$ 180.000,00 por ano, e podem chegar a 16,93% para receitas superiores a R$ 4.800.000,00 ao ano.
    • Essas alíquotas são significativamente menores, especialmente para receitas mais baixas, comparadas às alíquotas combinadas do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, e ISS que seriam aplicáveis sob o Lucro Presumido.

    3. ISS Fixo

    • Em muitos municípios, as sociedades de advocacia podem se beneficiar de um ISS fixo anual em vez de um percentual sobre a receita. Esse valor fixo é geralmente mais vantajoso para advogados com receitas significativas, e é um benefício exclusivo para sociedades (incluindo unipessoais), não se aplicando a advogados que atuam como pessoa física.

    4. Proteção de Responsabilidade

    • Embora não seja um benefício tributário direto, a constituição em sociedade unipessoal oferece a vantagem de separar o patrimônio pessoal do patrimônio profissional do advogado. Isso proporciona uma camada adicional de proteção em situações de responsabilidade legal ou financeira.

    5. Possibilidade de Dedução de Custos e Despesas

    • Como pessoa jurídica, a Sociedade Unipessoal de Advocacia pode deduzir uma série de custos e despesas operacionais antes do cálculo dos impostos, o que não é permitido na mesma medida para profissionais autônomos. Isso inclui despesas com funcionários, aluguel, manutenção do escritório, despesas de viagem, entre outros.

    6. Melhor Planejamento Tributário

    • A formação de uma sociedade permite um planejamento tributário mais eficiente e a possibilidade de retenção de lucros na empresa, que podem ser reinvestidos ou distribuídos em um momento fiscalmente mais oportuno.

    A escolha entre atuar como pessoa física ou através de uma Sociedade Unipessoal de Advocacia depende de diversos fatores, incluindo volume de receitas, despesas previsíveis, e planejamento financeiro a longo prazo. Portanto, é essencial que o advogado consulte um contador ou especialista em finanças para tomar a decisão mais benéfica baseada em sua situação específica.

    #344740
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Quem pode registrar marcas no INPI?

    No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão responsável pelo registro de marcas. Qualquer pessoa física ou jurídica que exerça atividade legalmente constituída e compatível com o produto ou serviço a ser marcado pode registrar uma marca no INPI. Isso inclui:

    1. Empresas Individuais: Empreendedores individuais e proprietários únicos que desejam proteger o nome ou logo de seus negócios.
    2. Pessoas Jurídicas: Isso abrange empresas de todos os tamanhos, desde microempresas até grandes corporações, bem como associações, fundações, e outras entidades legais que desejam proteger suas marcas comerciais.

    3. Profissionais Liberais: Indivíduos que trabalham por conta própria em profissões regulamentadas, como médicos, advogados, arquitetos, etc., também podem registrar marcas relacionadas aos serviços que oferecem.

    4. Entidades de Classe: Sindicatos, associações profissionais e outras organizações representativas podem registrar marcas para proteger os símbolos e sinais distintivos associados às suas atividades.

    Requisitos para o Registro de Marca no INPI

    • Atividade Legal: O requerente deve estar engajado em uma atividade legal que seja compatível com a categoria de produtos ou serviços para a qual a marca será registrada. Por exemplo, um restaurante pode registrar uma marca para serviços de alimentação, mas não para produtos farmacêuticos.

    • Documentação Adequada: Dependendo da natureza do requerente (pessoa física ou jurídica), diferentes tipos de documentação podem ser necessários, como identificação pessoal, registro de empresa, comprovante de atividade econômica, entre outros.

    • Pagamento de Taxas: São cobradas taxas pelo processo de registro, que variam dependendo da natureza do solicitante e da extensão da proteção solicitada.

    Processo de Registro

    O processo de registro no INPI inclui o preenchimento de um formulário de pedido, o pagamento das taxas necessárias, e a submissão de documentos que comprovem a atividade legal e a legitimidade para registrar a marca. Após a submissão, o INPI realiza uma análise para verificar se a marca cumpre com os critérios de registrabilidade, incluindo a distintividade e a não violação de marcas existentes. Se aprovada, a marca é publicada para oposição pública e, se não houver contestações ou se as contestações forem resolvidas, a marca é finalmente registrada.

    Registrar uma marca no INPI é uma estratégia essencial para proteger a identidade comercial de produtos e serviços, garantindo direitos exclusivos de uso e a possibilidade de defesa contra infratores e competidores que tentem usar sinais similares.

    #344738
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Como registrar uma marca no INPI?

    Registrar uma marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil é um processo estratégico para proteger o nome ou logotipo de sua empresa, produtos ou serviços. Aqui está um guia passo a passo sobre como fazer isso:

    Passo 1: Pesquisa de Anterioridade

    Antes de iniciar o processo de registro, é crucial realizar uma pesquisa de anterioridade para verificar se existe alguma marca idêntica ou semelhante já registrada ou em processo de registro. Você pode fazer essa pesquisa gratuitamente através do portal do INPI, utilizando a ferramenta de busca de marcas.

    Passo 2: Preparação para o Registro

    • Defina a marca: Decida se a marca será nominativa, figurativa, mista ou tridimensional.
    • Identifique os produtos ou serviços: Escolha as classes de produtos ou serviços que deseja registrar sua marca conforme a classificação de Nice, que organiza os produtos e serviços em 45 classes diferentes.
    • Prepare a documentação necessária: Pessoa física precisa de documento de identidade e CPF; pessoa jurídica precisa do CNPJ, além de documentos que comprovem a atividade econômica compatível com os produtos ou serviços a serem associados à marca.

    Passo 3: Submissão do Pedido

    • Acesso ao e-INPI: Faça login no portal do e-INPI. Se ainda não tiver uma conta, você precisará criar uma.
    • Preenchimento dos Formulários: Preencha o formulário eletrônico de pedido de registro de marca, anexe os documentos necessários e especifique a classe de Nice adequada para seus produtos ou serviços.
    • Pagamento de Taxas: Realize o pagamento das taxas necessárias para o registro da marca. As taxas variam dependendo de ser pessoa física ou jurídica, e se você solicita redução de taxa.

    Passo 4: Acompanhamento do Processo

    • Monitoramento: Após o pedido, você deverá monitorar regularmente o andamento do seu pedido através do portal do INPI. O processo pode incluir uma fase de exame onde o INPI avaliará se a marca atende aos critérios necessários para o registro.
    • Publicação na RPI: Se o pedido for aceito para seguir adiante, será publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI), e haverá um período para que terceiros possam apresentar oposição ao registro.

    Passo 5: Conclusão do Registro

    • Concessão do Registro: Se não houver oposições ou se as oposições forem resolvidas a favor do solicitante, o INPI concederá o registro da marca, que será válido por 10 anos, renováveis por períodos adicionais de 10 anos.
    • Certificado de Registro: Após a concessão, você receberá um certificado de registro, formalizando os direitos exclusivos sobre a marca no Brasil.

    Registrar uma marca é um investimento fundamental para proteger seu negócio e assegurar que seus direitos sejam respeitados no mercado. É recomendável consultar um advogado especializado em propriedade intelectual para orientação específica e para garantir que todos os procedimentos sejam cumpridos corretamente.

    #344688
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Todo Jurista também é Advogado?

    Não, nem todo jurista é advogado. O termo “jurista” é mais amplo e pode referir-se a qualquer pessoa que tenha conhecimento especializado em direito, incluindo juízes, promotores, professores de direito, e até teóricos do direito. Um jurista pode ou não ser um advogado praticante.

    Para ser advogado, a pessoa precisa ter completado uma graduação em Direito e ser aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), obtendo assim autorização para representar clientes perante o judiciário. Portanto, enquanto todos os advogados são juristas devido à sua formação e expertise em leis, nem todos os juristas optam por seguir a carreira advocatícia ou cumprir os requisitos necessários para se tornarem advogados.

    #344687
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Todo Advogado é um Jurista?

    Sim, todo advogado é um jurista, pois a formação em direito e o conhecimento jurídico necessário para atuar como advogado os classifica como tal.

    Os advogados, pela natureza de sua formação e prática profissional, têm um entendimento especializado das leis, da sua aplicação e do funcionamento do sistema jurídico, características essenciais de um jurista.

    Em resumo, enquanto todos os advogados são juristas devido à sua expertise em direito, nem todos os juristas escolhem praticar advocacia ou passar pelo exame de ordem necessário para tal.

    #344507
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Que temas éticos são relevantes na Advocacia?

    A ética na advocacia é um aspecto fundamental da profissão, vital para a manutenção da integridade do sistema jurídico e da confiança pública. Existem diversos temas éticos que são particularmente relevantes para advogados, muitos dos quais são regulamentados pelo Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Aqui estão alguns dos principais temas éticos na advocacia:

    1. Confidencialidade

    A obrigação de manter a confidencialidade das informações do cliente é uma das pedras angulares da ética legal. Advogados devem proteger a privacidade de seus clientes e não revelar informações sem consentimento, exceto em circunstâncias muito específicas previstas por lei.

    2. Conflito de Interesses

    Advogados devem evitar conflitos de interesse que possam comprometer sua imparcialidade ou lealdade para com um cliente. Isso inclui não representar novos clientes em casos que possam estar diretamente opostos aos interesses de um cliente atual ou anterior, a menos que haja consentimento explícito de todos os envolvidos após a devida informação.

    3. Integridade

    Advogados devem conduzir suas práticas de maneira íntegra, evitando práticas enganosas, fraudulentas ou desonestas. Isso se aplica tanto nas suas relações com os clientes, com a corte, como com terceiros.

    4. Competência

    A competência profissional é essencial. Advogados devem assegurar que possuem conhecimento e habilidades suficientes para lidar com os assuntos legais que se propõem a representar. Devem também manter-se atualizados com as mudanças na legislação e práticas jurídicas.

    5. Zelo Profissional

    Advogados devem exercer seu trabalho com zelo, diligência e prontidão, representando os interesses de seus clientes dentro dos limites da lei. Eles devem evitar procrastinação ou negligência em seus deveres profissionais.

    6. Publicidade e Propaganda

    A forma como advogados promovem seus serviços é estritamente regulamentada para evitar publicidade enganosa ou excessivamente agressiva. O Código de Ética limita os métodos e a forma de publicidade, visando preservar a sobriedade da profissão.

    7. Honorários

    A cobrança de honorários deve ser justa e razoável, e os advogados devem fornecer aos clientes informações claras sobre como serão calculados seus honorários e despesas. É ético discutir os honorários antecipadamente e fornecer um acordo escrito quando possível.

    8. Tratamento com a parte adversa

    Advogados devem tratar os adversários com respeito e justiça, evitando comportamentos que prejudiquem a dignidade das pessoas e o decoro da profissão.

    9. Responsabilidade Social

    Advogados têm um papel importante na sociedade como defensores da justiça. A responsabilidade social inclui o dever de promover a justiça e contribuir com serviços jurídicos para aqueles que não podem pagar.

    Esses temas são apenas alguns dos muitos aspectos éticos que governam a prática da advocacia. A adesão a esses princípios éticos é essencial para a manutenção da alta estima e confiabilidade da profissão jurídica.

    #344506
    Avatar de JuristasJuristas
    Mestre

    Como ingressar com uma ação nos JEFs

    Para dar início a uma ação nos Juizados Especiais Federais (JEFs), você tem duas principais formas de proceder:

    a) Com auxílio de um representante legal:

    1. Advogado Particular: Você pode contratar um advogado de sua confiança para representá-lo.
    2. Defensoria Pública: Se você comprovar uma renda familiar mensal igual ou inferior a três salários mínimos, pode obter representação legal gratuita através da Defensoria Pública, que oferece auxílio a quem necessita.

    3. Serviços Voluntários: Em alguns casos, há profissionais cadastrados e habilitados que oferecem assistência legal como voluntários.

    4. Convênios com Universidades: Alguns juizados possuem parcerias com universidades locais, que fornecem assistência jurídica gratuita por meio de seus cursos de Direito.

    Observação: Essas opções de assistência não estão disponíveis em todos os juizados. Verifique a disponibilidade no juizado de sua região.

    b) Sem auxílio de advogado ou representante:

    1. Peticionamento Eletrônico Direto: Você pode peticionar eletronicamente por conta própria, utilizando o direito de jus postulandi, permitido nos JEFs.
  • Atendimento Presencial no Juizado: Você pode também dirigir-se pessoalmente à sede do Juizado Especial Federal mais próximo. Lá, um funcionário estará disponível para ouvir sua reclamação e, se aplicável, dará início ao processo. Este incluirá a identificação das partes envolvidas, o tipo e o objetivo da ação, e uma lista dos documentos necessários. O funcionário também cuidará do pré-cálculo do valor da causa (até 60 salários mínimos), preenchimento de formulários necessários, habilitação de representantes legais, cadastramento para uso do sistema eletrônico de processos, e, se necessário, encaminhará pedidos como prioridade de tramitação, medidas cautelares, justiça gratuita, entre outros.

  • Ambas as opções são acessíveis dependendo da sua situação e necessidade de representação legal.

#344505
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Diferenças entre Ilícito Cível e Criminal

O direito divide os ilícitos em duas grandes categorias: ilícitos civis e ilícitos criminais. Essa distinção é fundamental, pois determina a natureza das sanções aplicáveis, os procedimentos legais a serem seguidos e as autoridades competentes para julgar cada caso.

Aqui estão as principais diferenças entre ilícito civil e ilícito criminal:

1. Natureza da Violação

  • Ilícito Civil: Refere-se à violação de direitos privados, que geralmente resulta em prejuízo ou dano a outra parte. O foco está na reparação do dano causado ao indivíduo.
  • Ilícito Criminal: Envolve a violação de normas que protegem bens jurídicos considerados essenciais para a sociedade e o Estado. O foco está na punição do infrator e na prevenção de futuros crimes.

2. Objetivo das Sanções

  • Ilícito Civil: O objetivo principal é compensar a vítima pelo dano sofrido, restaurando-a ao estado anterior ou, quando isso não é possível, por meio de compensação financeira.
  • Ilícito Criminal: O objetivo é punir o infrator, desencorajar a reincidência e servir como exemplo para desencorajar a sociedade de cometer delitos similares.

3. Tipos de Sanções

  • Ilícito Civil: As sanções são predominantemente pecuniárias, ou seja, envolvem o pagamento de indenizações ou compensações financeiras.
  • Ilícito Criminal: As sanções podem incluir multas, restrições de liberdade (prisão), serviços comunitários, entre outras penalidades.

4. Procedimento Legal

  • Ilícito Civil: Os processos civis são tratados em tribunais civis e seguem procedimentos destinados a resolver disputas entre partes. A ação é movida pela parte prejudicada ou seu representante.
  • Ilícito Criminal: Os processos criminais são conduzidos pelo Estado, por meio do Ministério Público, mesmo que a vítima decida não processar. Os procedimentos são regidos por leis penais e realizados em tribunais criminais.

5. Padrão de Prova

  • Ilícito Civil: O padrão de prova é geralmente “preponderância das evidências”, o que significa que algo é mais provável do que não.
  • Ilícito Criminal: O padrão de prova é mais rigoroso, exigindo “prova além de uma dúvida razoável” para garantir que nenhum inocente seja punido.

6. Direitos do Acusado

  • Ilícito Civil: Os direitos do acusado em processos civis são importantes, mas o foco está na justiça entre as partes.
  • Ilícito Criminal: Os direitos do acusado são extremamente protegidos, incluindo o direito ao silêncio, a um advogado, e a um julgamento justo e público.

Exemplos Práticos

  • Ilícito Civil: Um acidente de carro onde um motorista causa dano ao veículo de outro.
  • Ilícito Criminal: Um roubo, onde um indivíduo viola a lei penal ao subtrair ilegalmente a propriedade de outra pessoa.

A compreensão dessas diferenças é crucial para o correto enquadramento legal de atos ilícitos e para a busca da justiça adequada em cada caso específico.

#344504
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Sociedade Simples de Advogados

A Sociedade Simples de Advogados é uma forma organizacional na qual dois ou mais advogados se associam para prestar serviços jurídicos.

Essa estrutura é regulamentada pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Código Civil Brasileiro. A seguir, são detalhadas as características principais, vantagens e considerações legais para formar uma sociedade simples de advogados:

Características Principais

  • Natureza Jurídica: Diferentemente das sociedades empresariais, a sociedade simples não tem objetivo de lucro comercial, mas sim o de prestar serviços decorrentes de sua atividade intelectual, no caso, a advocacia.
  • Registro: Deve ser registrada na OAB, e não na Junta Comercial, diferentemente das sociedades empresárias.
  • Nome: O nome da sociedade deve incluir o nome de pelo menos um dos sócios, sendo permitido o uso de expressão que indique a atividade.

Vantagens

  • Especialização: Permite a união de advogados de diferentes especialidades, o que pode fortalecer o atendimento ao cliente e expandir as áreas de atuação do escritório.
  • Divisão de Custos: Reduz custos operacionais, pois despesas como aluguel, serviços de secretariado, marketing, entre outros, são compartilhados.
  • Responsabilidade Limitada: Em geral, cada sócio é responsável apenas até o limite do valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela liquidação, ou seja, pelas obrigações sociais.

Constituição e Regulamentação

  • Contrato Social: A constituição da sociedade deve ser feita por meio de um contrato social que especifique, entre outros, os direitos e deveres de cada sócio, a distribuição de lucros, as regras para admissão e saída de sócios, e a administração da sociedade.
  • Regulamentação pela OAB: A sociedade deve ser registrada na seccional da OAB onde está situada. A OAB possui regulamentações específicas que devem ser seguidas, incluindo normas éticas e de publicidade.
  • Emissão de Notas Fiscais: A sociedade pode emitir notas fiscais pelos serviços prestados, o que é uma vantagem em relação ao advogado individual em termos de formalização e transparência financeira.

Considerações Legais

  • Sigilo e Ética Profissional: A sociedade deve garantir a manutenção do sigilo profissional e aderir estritamente às normas éticas da advocacia.
  • Tributação: A sociedade simples de advogados pode optar pelo Simples Nacional, regime tributário simplificado e benéfico para pequenas empresas, desde que cumpra os requisitos para tal. Este regime normalmente resulta em uma carga tributária menor se comparada ao lucro presumido ou ao lucro real.

A formação de uma sociedade simples de advogados pode ser uma estratégia eficaz para advogados que desejam colaborar e expandir suas práticas jurídicas. É importante consultar um advogado especializado em direito societário ou um contador para auxiliar na elaboração do contrato social e garantir que todos os aspectos legais e tributários estejam corretamente abordados.

#344502
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Como despachar com o juiz?

Despachar com o juiz é uma prática comum na advocacia e uma parte importante da representação legal. Esse encontro entre o advogado e o juiz permite ao advogado discutir aspectos de um processo, buscar esclarecimentos ou apresentar argumentos específicos.

Aqui estão os passos gerais sobre como proceder para despachar com um juiz de forma eficaz:

1. Verificar as Normas Locais

Antes de solicitar um despacho com o juiz, é importante verificar as normas do tribunal ou da vara específica. Cada tribunal pode ter regras diferentes sobre como e quando os advogados podem solicitar despachos. Algumas cortes exigem que os despachos sejam agendados antecipadamente, enquanto outras permitem que advogados se apresentem durante horários de despacho específicos.

2. Agendamento

Se o tribunal requer um agendamento prévio, entre em contato com a secretaria do juiz para marcar um horário. Normalmente, será necessário informar o motivo do despacho, o número do processo e, às vezes, enviar um resumo dos pontos a serem discutidos.

3. Preparação

Prepare-se adequadamente para o despacho. Organize os documentos relevantes e tenha em mãos qualquer legislação ou jurisprudência que suporte seu argumento. Elabore uma lista de tópicos ou questões que precisa discutir para garantir que todos os pontos importantes sejam abordados durante o despacho.

4. No Dia do Despacho

Chegue ao tribunal com antecedência para evitar atrasos. No encontro, seja direto e objetivo. Apresente seu caso de forma clara e concisa, respeitando sempre o tempo do juiz. Esteja preparado para responder a quaisquer perguntas que o juiz possa ter.

5. Apresentação de Documentos

Se precisar apresentar algum documento durante o despacho, certifique-se de que ele esteja devidamente protocolado e disponível no sistema do tribunal. Forneça uma cópia ao juiz se isso for permitido e apropriado.

6. Etiqueta Profissional

Mantenha uma postura profissional e respeitosa durante todo o despacho. Lembre-se de que o objetivo é esclarecer questões ou buscar uma solução mais rápida para o caso, e não argumentar ou tentar influenciar indevidamente o juiz.

7. Follow-up

Após o despacho, se houver necessidade de dar seguimento a algum ponto discutido, proceda conforme acordado. Se foram solicitadas informações adicionais ou outras ações, certifique-se de atender a essas solicitações prontamente.

Despachar com o juiz é uma ferramenta valiosa para advogados e pode ajudar a promover uma compreensão melhor do caso por parte do judiciário. No entanto, é crucial que essa prática seja realizada com respeito às normas do tribunal e com a devida preparação e profissionalismo.

#344499
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Como funciona a sociedade unipessoal de advocacia?

A sociedade unipessoal de advocacia foi introduzida no Brasil pela Lei nº 13.247 de 2016, alterando o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Essa modalidade permite que um único advogado constitua uma sociedade com personalidade jurídica própria, diferenciando os bens pessoais dos bens profissionais para fins de responsabilidade.

Aqui estão os principais aspectos de como funciona uma sociedade unipessoal de advocacia:

Características Principais

  1. Constituição: A sociedade unipessoal de advocacia é formada por um único advogado, que deve estar regularmente inscrito na OAB. Essa estrutura possibilita que o advogado exerça sua profissão como pessoa jurídica, obtendo os benefícios tributários e legais associados.
  2. Personalidade Jurídica: A sociedade possui personalidade jurídica distinta da do advogado. Isso significa que a sociedade tem seus próprios direitos e obrigações, separados dos bens pessoais do advogado.

  3. Nome: O nome da sociedade deve conter o nome do advogado seguido da expressão “Sociedade Individual de Advocacia”, para deixar claro que se trata de uma sociedade unipessoal.

  4. Responsabilidade Fiscal e Tributária: A sociedade unipessoal de advocacia pode optar pelo regime tributário do Simples Nacional, que oferece uma carga tributária reduzida em comparação ao regime normal de tributação de pessoas jurídicas. Isso pode resultar em uma significativa economia fiscal.

  5. Registro e Regulamentação: A sociedade deve ser registrada na OAB do estado onde será sediada. Esse registro é essencial para a legalidade da prática e para que a sociedade possa operar dentro das normas estabelecidas pelo Estatuto da OAB.

  6. Segregação de Responsabilidades: Embora a sociedade tenha personalidade jurídica própria, é importante notar que, em alguns casos, o advogado ainda pode ser responsabilizado pessoalmente por atos relacionados à prática profissional.

Vantagens

  • Proteção Patrimonial: Separa os bens pessoais dos bens da sociedade, protegendo o patrimônio pessoal do advogado contra responsabilidades e dívidas da atividade profissional.
  • Benefícios Tributários: Possibilidade de aderir ao Simples Nacional, reduzindo os encargos fiscais.
  • Credibilidade Profissional: Operar como uma sociedade pode conferir ao advogado uma imagem de maior credibilidade e profissionalismo.

Considerações

A criação de uma sociedade unipessoal de advocacia pode ser uma estratégia interessante para advogados que desejam obter os benefícios de uma pessoa jurídica mantendo a independência na gestão de sua prática profissional. É recomendável consultar um contador especializado em direito tributário e empresarial para auxiliar no processo de constituição e para garantir que todas as vantagens fiscais e legais sejam aproveitadas de acordo com a legislação vigente.

Avatar de JuristasJuristas
Mestre

O que diz o artigo 7 do Estatuto da Advocacia e a OAB?

O artigo 7º do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB), contido na Lei nº 8.906 de 1994, detalha os direitos do advogado.

Este artigo é fundamental porque estabelece as garantias para que os advogados possam exercer sua profissão de maneira independente e segura.

Aqui estão alguns dos principais direitos assegurados por este artigo:

  1. Livre acesso: O advogado tem o direito de ingressar livremente:

– Nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares.
– Em qualquer recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova autorizada por mandato judicial.

  1. Comunicação com clientes: O advogado pode comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.
  2. Inviolabilidade: Os escritórios de advocacia, seus arquivos e meios de trabalho, bem como a correspondência relacionada a sua atividade, são invioláveis, salvo em caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB.

  3. Direito de não ser preso em flagrante: O advogado só pode ser preso em flagrante por motivo de exercício da profissão em caso de crime inafiançável, e mesmo assim, a prisão deve ser sob a fiscalização da OAB.

  4. Assistência de representante da OAB: Em qualquer ato judicial ou administrativo, o advogado tem direito a ser assistido por um representante da OAB.

  5. Sustentação oral e presença em julgamentos: Direito de dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada.

  6. Vista dos processos: Direito de examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, desde que não estejam sob regime de segredo de justiça.

  7. Desagravo público: O advogado tem o direito de requerer, junto à OAB, o desagravo público, quando atingido no exercício da profissão.

Estes são apenas alguns dos direitos garantidos pelo artigo 7º do Estatuto da OAB, os quais são cruciais para a proteção e eficácia do exercício da advocacia.

#344495
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Pode peticionar no TJSP sem ser advogado?

No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o peticionamento eletrônico nos Juizados Especiais Cíveis (JEC) e no Juizado Especial da Fazenda Pública (Jefaz) pode ser realizado sem a necessidade de advogado em determinadas situações:

  • Juizado Especial Cível (JEC): Para causas de até 20 salários mínimos, não é necessário constituir advogado para o peticionamento. Esse sistema era anteriormente conhecido como Juizado de Pequenas Causas e é destinado a ações de menor complexidade.
  • Juizado Especial da Fazenda Pública (Jefaz): Em causas que não ultrapassem o valor de 60 salários mínimos e que sejam contra o Estado, Município, autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas, também é possível peticionar sem advogado em primeira instância. A representação por advogado se faz necessária apenas em fase de recursos.

Além disso, desde 31 de janeiro de 2023, o TJSP liberou o peticionamento eletrônico por meio de certificado digital para pessoas físicas, sem assistência de advogado, o que permite a entrada de processos pela internet com maior eficiência e comodidade.

Essas medidas fazem parte dos esforços para facilitar o acesso à justiça e descomplicar o processo de litígio para casos de menor complexidade e valor monetário.

Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Contrato de Serviços Jurídicos

Um Contrato de Serviços Jurídicos é um documento formal entre um cliente e um advogado ou escritório de advocacia, que estabelece os termos e condições sob os quais os serviços jurídicos serão prestados. Este contrato é crucial para garantir a clareza e a compreensão mútua sobre vários aspectos da relação advogado-cliente. Veja alguns dos elementos mais comuns que são incluídos nesse tipo de contrato:

1. Identificação das Partes

O contrato deve identificar claramente quem são o cliente e o advogado (ou escritório de advocacia), fornecendo detalhes suficientes para identificação.

2. Descrição dos Serviços Jurídicos

Este é um dos aspectos mais importantes do contrato e descreve em detalhes os serviços específicos que o advogado se compromete a fornecer. Isso pode incluir, por exemplo, representação em tribunal, preparação de documentos legais, consultoria jurídica, negociação com terceiros, entre outros.

3. Honorários e Forma de Pagamento

O contrato deve detalhar como o advogado será remunerado pelos serviços prestados. Isso inclui se os honorários serão cobrados por hora, por uma taxa fixa, ou através de um acordo de contingência, onde o pagamento depende do sucesso do advogado em ganhar o caso. Além disso, deve especificar qualquer adiantamento (retainer) necessário e como serão tratadas as despesas adicionais.

4. Duração do Contrato

O documento deve estabelecer o período durante o qual o contrato será válido, incluindo datas de início e de término dos serviços jurídicos, se aplicável.

5. Confidencialidade

Normalmente, há uma cláusula que obriga o advogado a manter confidenciais todas as informações relacionadas ao caso do cliente, exceto quando autorizado pelo cliente ou exigido por lei.

6. Provisões sobre Rescisão

Deve-se detalhar como o contrato pode ser rescindido por ambas as partes. Isso inclui as condições sob as quais o cliente ou o advogado podem terminar o contrato antes do fim do serviço, e quais são os procedimentos necessários para tal.

7. Outras Cláusulas Específicas

Dependendo do caso ou das necessidades específicas do cliente, podem ser incluídas cláusulas sobre propriedade intelectual, indemnização, e outros termos legais pertinentes.

Importância do Contrato de Serviços Jurídicos

O contrato de serviços jurídicos não só garante que ambas as partes entendam seus direitos e obrigações, mas também serve como uma ferramenta legal importante para resolver qualquer disputa que possa surgir durante a relação. Ele ajuda a prevenir mal-entendidos e oferece um roteiro claro de como os serviços jurídicos serão prestados e remunerados. Além disso, reforça a transparência e a confiança na relação advogado-cliente, elementos fundamentais para um trabalho eficaz e satisfatório.

#344483
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Quanto custa um advogado?

O custo de um advogado pode variar significativamente dependendo de vários fatores, incluindo a área de especialização, a complexidade do caso, a localização geográfica, a experiência do advogado, e o método de cobrança.

Aqui estão algumas estruturas comuns de honorários e fatores que influenciam o custo de um advogado:

1. Honorários por Hora

Advogados frequentemente cobram por hora, com taxas que podem variar de cerca de R$ 150 a R$ 1000 ou mais por hora. Advogados com mais experiência ou especializados em áreas mais complexas geralmente cobram taxas mais altas.

2. Honorários Fixos

Para serviços mais previsíveis, como a redação de testamentos, incorporação de empresas ou processos de imigração simples, advogados podem cobrar uma taxa fixa. Esses valores são acordados antecipadamente e podem variar de alguns centenas a vários milhares de reais, dependendo do serviço.

3. Honorários Contingenciais

Em casos de danos pessoais, disputas trabalhistas, ou outras ações indenizatórias, advogados podem trabalhar com uma estrutura de honorários baseada em contingência, onde eles recebem uma porcentagem do valor da indenização recebida. Essa porcentagem geralmente varia entre 20% e 30% do valor total recebido após a resolução do caso.

4. Honorários de Retenção

Alguns advogados podem exigir um adiantamento, conhecido como retainer fee, que serve como uma reserva contra a qual as horas de trabalho são debitadas. Esse valor inicial pode ser considerado um depósito, sendo utilizado conforme as horas de trabalho do advogado são acumuladas.

5. Custos Adicionais

Além dos honorários do advogado, pode haver custos adicionais como taxas de tribunal, custos de testemunhas especializadas, despesas de viagem, e cópias de documentos. É importante discutir e entender esses custos adicionais de antemão.

6. Pro Bono

Em algumas situações, advogados oferecem serviços pro bono (gratuitos), especialmente em casos de clientes que não podem pagar e necessitam de representação legal.

Considerações

Ao escolher um advogado, é recomendável discutir claramente a estrutura de honorários durante a consulta inicial e solicitar uma estimativa escrita dos custos esperados. Isso ajuda a evitar surpresas e permite que você planeje financeiramente o andamento do caso.

Lembrando que os valores e estruturas podem variar bastante de acordo com a região e o tipo de caso, então é sempre uma boa ideia consultar vários advogados para comparar preços e serviços antes de fazer uma escolha.

#344482
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Dicas para uma consulta com Advogado

Preparar-se adequadamente para uma consulta com um advogado pode ajudar a maximizar a eficácia da reunião e garantir que você obtenha as informações e o suporte que precisa.

Aqui estão algumas dicas para aproveitar ao máximo sua consulta com um advogado:

1. Reúna Documentação Relevante

Antes de sua consulta, organize todos os documentos e informações relacionados ao seu caso. Isso pode incluir contratos, correspondências, relatórios policiais, documentos judiciais, evidências de danos, etc. Ter todos os documentos necessários à mão permitirá que o advogado tenha uma visão clara e completa do seu caso.

2. Escreva uma Lista de Perguntas

Faça uma lista das perguntas que você quer fazer ao advogado. Isso pode incluir perguntas sobre as opções legais disponíveis, os próximos passos no processo, estimativa de custos e honorários legais, duração esperada do processo, e qualquer outra dúvida que você possa ter. Isso ajuda a garantir que você não esqueça de discutir nenhum ponto importante durante a consulta.

3. Entenda os Custos

Informe-se claramente sobre como o advogado cobra por seus serviços. Os advogados podem trabalhar com honorários fixos, por hora, ou com base em contingência (uma porcentagem do valor recebido em caso de vitória). Certifique-se de entender todos os custos potenciais, incluindo taxas adicionais por despesas ou serviços extras.

4. Seja Claro e Direto

Durante a consulta, seja claro e direto sobre seu problema. Ofereça um resumo conciso mas completo dos eventos, e tente não desviar do assunto. Isso permite que o advogado entenda rapidamente a natureza do seu caso e ofereça conselhos mais precisos.

5. Anote as Respostas

Durante a consulta, faça notas das respostas do advogado e de qualquer informação importante discutida. Isso pode ser útil para revisar os detalhes mais tarde e garantir que você entendeu tudo corretamente.

6. Discuta as Expectativas

Converse sobre suas expectativas com relação ao caso e ouça atentamente a avaliação do advogado. É importante ter uma visão realista do que esperar, tanto em termos de resultados possíveis quanto de tempo necessário para resolver o caso.

7. Avalie a Compatibilidade

Avalie se você se sente confortável com o advogado. A confiança e a comunicação são fundamentais em uma relação advogado-cliente. Você deve sentir que suas preocupações estão sendo ouvidas e que o advogado está interessado em seu caso.

8. Pergunte sobre a Comunicação

Pergunte como será a comunicação ao longo do caso. É importante saber como e com que frequência o advogado irá atualizá-lo sobre o progresso do seu caso e como você pode contatá-lo se tiver perguntas ou informações adicionais.

Seguir essas dicas pode ajudar a garantir que você esteja bem preparado para sua consulta com um advogado e possa tomar decisões informadas sobre como proceder com seu caso.

#344481
Avatar de JuristasJuristas
Mestre

Como verificar as qualificações do Advogado?

Verificar as qualificações de um advogado é uma etapa crucial para garantir que você está contratando um profissional competente e devidamente autorizado a praticar direito. Aqui estão algumas maneiras eficazes de verificar as qualificações de um advogado:

1. Consulta à Ordem dos Advogados

Cada país ou região geralmente tem uma Ordem dos Advogados ou um órgão regulador semelhante que mantém registros de todos os advogados licenciados para praticar naquela jurisdição. Você pode:
Verificar se o advogado está inscrito e em situação regular: Isso pode ser feito acessando o site do CNA – Cadastro Nacional dos Advogados, onde frequentemente existe uma ferramenta de busca para o público.
Checar histórico disciplinar: Além de confirmar a licença, é possível verificar se o advogado já foi suspenso.

2. Referências e Avaliações

  • Peça referências: Um bom advogado não deve ter problemas em fornecer referências de outros clientes ou colegas.
  • Leia avaliações online: Sites especializados, redes sociais e fóruns jurídicos podem ter avaliações e comentários de clientes anteriores. Essas informações podem fornecer insights sobre a eficácia, profissionalismo e ética do advogado.

3. Consulta Inicial

  • Perguntas sobre formação e experiência: Durante uma consulta inicial, pergunte sobre a formação acadêmica do advogado, experiência profissional e casos similares que ele já tenha tratado. Isso pode ajudar a avaliar sua competência e especialização.

4. Publicações e Participação Profissional

  • Verifique se o advogado tem publicações: Muitos advogados contribuem com artigos em revistas jurídicas ou blogs. Essas publicações podem demonstrar seu conhecimento e especialização.
  • Associação profissional: Advogados frequentemente são membros de associações profissionais, que podem ser indicativas de seu compromisso com a profissão.

5. Resultados de Casos Anteriores

  • Discuta casos anteriores: Embora os detalhes específicos possam ser confidenciais, um advogado pode discutir a natureza dos casos que ele já tratou e os resultados obtidos, o que pode oferecer uma perspectiva sobre sua eficácia e experiência.

6. Verificação de Credenciais Educacionais

  • Cheque a formação acadêmica: Algumas informações sobre onde o advogado estudou direito podem estar disponíveis online, ou você pode perguntar diretamente ao advogado sobre sua formação educacional.

Realizar essas verificações pode ajudar a assegurar que você escolha um advogado qualificado e adequado para lidar com seu caso, aumentando suas chances de alcançar um resultado satisfatório.

Visualizando 30 resultados - 91 de 120 (de 1,369 do total)