Especialista alerta sobre a pirataria e explica como se proteger de possíveis fraudes nessa data tão importante para o comércio
A Black Friday, que ocorrerá no dia 25 de novembro, é uma data muito importante para o comércio do mundo inteiro. A busca para obter produtos de qualidade e com bom preço é o que motiva cada vez mais os consumidores nessa data. Com a internet, os compradores não precisam sair de casa para serem bombardeado por ofertas, facilitando a sua pesquisa de mercado. Em contrapartida, o consumidor pode ficar mais vulnerável em relação a fraudes, justamente na aquisição de produtos falsificados.
De acordo com FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade), em 2021, o Brasil teve 300,5 bilhões de perdas devido à pirataria. Os produtos falsificados, em grande parte produzidos na China, ingressam em território nacional de forma clandestina – seja pela via terrestre, por meio das fronteiras com outros países sul-americanos, ou pelos portos e aeroportos, que dificilmente possuem recursos para fiscalizar o alto volume de pacotes que aqui desembarcam.
A advogada Natalia Gigante, sócia da Daniel Advogados, que desde 2011 trabalha com questões de propriedade intelectual, explica que a pirataria também é danosa para os comerciantes e titulares das marcas, acarretando um prejuízo enorme. “Para os comerciantes e titulares das marcas atingidas, os danos surgem a partir do desvio de clientela e riscos de impactos negativos à reputação da marca, uma vez que os produtos contrafeitos possuem qualidade inferior”, completa.
Quando se olha para o consumidor que está buscando as melhores opções nessa data, também é necessário pensar em como a pirataria pode o atingir. “Além da possibilidade de serem enganados trocando ‘gato por lebre’, há até mesmo a possibilidade de danos à saúde e integridade física, uma vez que os produtos contrafeitos não possuem qualquer controle de qualidade. Esses produtos são produzidos a partir de matérias-primas nocivas e não atendem aos parâmetros mínimos de segurança. Exemplos não faltam: eletrônicos podem causar curtos-circuitos, brinquedos podem ter peças que se soltam ou substâncias tóxicas em sua composição, itens de beleza podem causar danos à pele, entre diversas outras situações”, afirma a sócia.
De acordo com o levantamento da NeoTrust, em 2021, apenas no comércio online, a Black Friday gerou o faturamento total de R$ 5,419 bilhões, 5,8% a mais que em 2020. Além do crescimento no faturamento, também observou-se aumento no ticket médio das compras, de R$ 711,38, 6,4% a mais que no ano anterior.
Para se proteger nesse dia tão agitado no comércio, a especialista explica que a atenção na hora de comprar é fundamental. “Recomenda-se atenção nas compras, sempre buscando por lojas oficiais ou que tenham boa reputação. Com pesquisas rápidas na internet é possível saber onde adquirir os produtos desejados com segurança. Apesar de a data ser marcada pela venda de produtos a preços atraentes,
ainda assim recomenda-se atenção a produtos com valores estranhamente baixos”, diz a advogada.
É importante que o consumidor se sinta seguro para efetuar compras no ambiente online, tendo em vista que no mercado paralelo os vendedores não costumam possuir políticas de proteção de dados rígidas. Dessa forma, com websites possuindo menos camadas de proteção, a chance de consumidores terem seus dados expostos pode aumentar, o que facilita a aplicação de golpes.
Com informações de assessoria.
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