Ação contra XP e Ável por falta de diversidade entre os profissionais é aceita

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Poder Familiar
Créditos: Chalirmpoj Pimpisarn / iStock

A XP Investimentos e seu escritório credenciado Ável Investimentos estão sendo processados por falta de diversidade em seus quadros de funcionários. O processo foi aceito pela juíza Julieta Pinheiro Neta, titular da 25ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS).

A ação civil pública foi protocolada pelos movimentos Educafro, Frente Nacional Antiracista, Visibilidade Feminina e Centro Santos Dias de Direitos Humanos, após a repercussão de uma foto divulgada pela Ável, que se apresenta como "o maior escritório de assessoria digital da XP". A imagem mostra colaboradores da empresa, na cobertura de sua sede, em Porto Alegre, sendo quase todos homens brancos.

As empresas foram intimadas, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região-TRT4 (RS)e devem apresentar em até 15 dias, contestações sobre os fatos relatados pelos autores da ação ou uma proposta conciliatória. "As notificações foram expedidas em 23 de agosto. O prazo de 15 dias começa a contar a partir do recebimento das notificações pelas partes (as empresas). Os comunicados são entregues pelos Correios", informou TRT4.

Segundo o UOL, ao ser questionada sobre a ação a XP respondeu em comunicado que "ainda não foi notificada sobre a ação" e ressaltou que "o compromisso da companhia com a diversidade e inclusão sempre estabeleceu metas internas para aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs".

No processo, as entidades pedem indenização de R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo, e que as empresas cumpram algumas medidas para aumentar a diversidade nos seus quadros de colaboradores.

Entre as medidas estão a composição do quadro de contratados com a mesma proporção de negros, mulheres e indígenas presente na sociedade brasileira, cotas para pessoas idosas e pessoas com deficiência, incorporação de integrantes das comunidades sub-representadas ao conselho de administrativo, além da contratação de uma auditoria externa para acompanhar a execução das medidas.

Com informações do UOL.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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