Será realizado nesta terça-feira (29), às 8 horas, o julgamento por júri popular, pela 1ª Vara do Tribunal do júri, do acusado de esfaquear e matar a esposa em frente ao Hospital Rosa Pedrossian, na Capital.
De acordo com o Ministério Público, na tarde do dia 5 de janeiro de 2016, o réu, inconformado com a separação matrimonial pela qual passava, encontrou-se com a vítima na área externa do Hospital Regional Rosa Pedrossian, onde esta trabalhava como auxiliar de serviço de assistência médica, sob o pretexto de levar um bilhete com a história do casal, na esperança de que ela reconsiderasse a decisão de separarem-se. Todavia, enquanto conversavam, o acusado pegou a faca que mantinha escondida e desferiu-lhe vários golpes. Mesmo recebendo atendimento no próprio hospital, a senhora de 57 anos veio a óbito.
Logo após a conduta delituosa, o réu pegou o carro que era do casal, dirigiu-se para a Rodovia BR-262 e, próximo ao Indubrasil, tentou suicídio ao jogar o veículo contra um caminhão que trafegava no sentido oposto. Não tendo morrido, ele ainda desferiu uma facada em seu próprio peito, o que também não foi suficiente para causar-lhe a morte.
A acusação, em razão do exposto, considerou tratar-se de feminicídio envolvendo violência doméstica familiar, sendo qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
O juiz da vara entendeu estarem presentes os elementos apontados pelo Ministério Público, vez que o réu teria cometido o crime em razão de ódio vingativo por não aceitar o fim do casamento, simulando uma reaproximação amigável, mas a golpeando de surpresa.
Processo nº 0002162-96.2016.8.12.0001