O ex-deputado estadual Marcos Muller enfrentará uma ação penal por sua suposta participação em um esquema de “rachadinha” enquanto estava em seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Rio, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Muller e mais 12 indivíduos por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
As investigações apontaram Muller como o líder intelectual da organização criminosa, que, segundo a denúncia, consistia em nomear assessores parlamentares que concordassem em devolver parte de seus salários ao deputado. O juiz Abrahão ressaltou que “no curto tempo de análise dos dados, Luiz Marcos de Oliveira Muller incorporou ao seu patrimônio, pelo menos, R$ 902.132,58.”
A decisão do juiz destacou que a viabilidade da atuação da organização criminosa se devia à posição política de Muller, que controlava a nomeação de servidores de cargos em comissão em seu gabinete.
Além das acusações de peculato, Muller também é acusado de adquirir imóveis com dinheiro proveniente da prática ilegal, registrando-os em nome de funcionários do gabinete.
Os réus enfrentarão medidas cautelares, incluindo o comparecimento periódico em juízo, proibição de contato com testemunhas e envolvidos, restrição de ausência da comarca, impossibilidade de ingresso em instalações dos Poderes Executivo e Legislativo, e proibição de ocupar cargos públicos.
Com informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
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