O Ministério da Justiça da Itália enviou ao Brasil o pedido de extradição do jogador de futebol Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados no país europeu em última instância a nove anos de prisão por estupro coletivo. O pedido foi feito em fevereiro pelo Ministério Público de Milão, e agora foi oficialmente enviado às autoridades do Brasil.
No entanto, a Constituição Federal de 1988 veta a extradição de brasileiro nato, apenas permite a extradição de brasileiro naturalizado em determinadas circunstâncias. A notícia foi divulgada pela agência italiana Ansa e divulgada pelo UOL.
Robinho foi condenado de forma definitiva a nove anos de prisão por violência sexual contra uma jovem de 23 anos em uma boate em Milão, em janeiro de 2013, junto a seu amigo, Ricardo Falco.
Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. De acordo com a reconstrução feita pelo Ministério Público, o grupo levou a jovem para um camarim da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Conforme o UOL, em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas, que o alertara sobre a investigação: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”. “Olha, os caras estão na merda. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros foderem ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, afirmou o atleta na conversa. No entanto, após Chagas dizer que havia visto Robinho “colocar o pênis dentro da boca” da vítima, o atacante respondeu: “Isso não significa transar”. Os advogados do jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.
O julgamento aconteceu no dia 19 de janeiro, na Corte de Cassação de Roma, que no ordenamento jurídico italiano é equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil.
Além dos noves anos de reclusão confirmados, Robinho que recentemente, usou suas redes sociais para declarar apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) a presidência, também vai ter que pagar uma indenização de 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil na cotação atual).
Com informações do Poder 360 e UOL.
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