Direito Administrativo

Eike Batista é condenado por manipular informações na Bolsa de Valores

Punido novamente, empresário não poderá ocupar cargo em companhias abertas por sete anos

Por Antonio Scorza | Shutterstock

O empresário Eike Batista foi condenado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por usar informações privilegiadas na Bolsa de Valores e manipular o preço das ações OGX. A decisão é unânime.

Com a condenação, Eike está inabilitado a ocupar cargo de administrador ou conselheiro fiscal em companhias abertas por sete anos. A restrição se estende a qualquer grupo que dependa do registro da CVM para operar. Empresário também terá de pagar duas multas. Somadas, elas alcançam R$ 536 milhões.

O diretor-relator da CVM, Henrique Machado, destacou cinco atenuantes para explicar a decisão. Entre eles, os antecedentes de Eike e as sucessivas condutas irregulares do empresário. "As condutas praticadas por Eike Batista violam gravemente o regular funcionamento do mercado de capitais e fulminam a credibilidade de os investidores nele transacionarem", afirmou no voto.

Saiba mais:

Foram julgados cinco processos contra o empresário. O principal, aberto em 2013, apurou a omissão de informações sobre o tamanho das reservas da OGX na Bacia de Campos. Mesmo cientes de que a exploração das áreas seria economicamente inviável, executivos da empresa divulgaram ao público repetidamente dados otimistas aos investidores.

De 2009 a 2012, foram divulgados 54 fatos relevantes pela empresa, segundo levantamento da CVM. Pelo menos 30 continham comentários otimistas sobre as reservas óleo e gás. Com mensagem em sua conta pessoal no twitter, Eike Batista também teria contribuído para criar um cenário mais favorável que a realidade para a OGX.

Em 2017, Eike havia sido condenado por uso de informações privilegiadas em um segundo processo.

A defesa tem 10 dias para contestar a pena.

Processo - RJ2014/578

Clique aqui para acessar o voto.

Notícia produzida com informações da assessoria de imprensa da CVM.

Postagens recentes

Modelo de ação de ressarcimento contra plano de saúde que não pagou o parto

[Modelo de Ação de Ressarcimento Contra Plano de Saúde que Não Pagou o Parto] EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO… Veja Mais

3 minutos atrás

Modelo de Recurso contra multa por desacato à autoridade de trânsito

1. Mal-entendido na Comunicação: Alego que houve um mal-entendido durante a interação com o agente de trânsito, onde palavras ou… Veja Mais

10 horas atrás

Modelo de defesa prévia para contestação de multa por farol desligado

1. Funcionamento Temporário dos Faróis: Alego que no momento da autuação, os faróis do veículo estavam temporariamente desligados devido a… Veja Mais

10 horas atrás

Modelo de Recurso para contestação de penalidade por infração ambiental

1. Inexistência de Dano Ambiental: Argumento que não houve efetivo dano ambiental conforme alegado no auto de infração. Solicito uma… Veja Mais

11 horas atrás

Modelo de Recurso para revisão de multa por não usar luzes de rodagem diurna

1. Funcionamento Adequado das Luzes de Rodagem Diurna: Argumento que, no momento da autuação, as luzes de rodagem diurna do… Veja Mais

11 horas atrás

Modelo de recurso para contestação de multa baseada em informações equivocadas

1. Inconsistência nas Informações: As informações contidas no auto de infração são imprecisas e não correspondem à realidade. Destaco que… Veja Mais

11 horas atrás

Newsletter

Assine e fique por dentro das novidades.
- Advertisement -

APLICATIONS

Morador deve pagar multa por não usar máscara em área comum...

0
O juiz titular da 22ª Vara Cível de Brasília condenou um morador a pagar multa por não usar máscara de proteção facial nas áreas comuns do condomínio. O entendimento do magistrado foi de que o condômino desrespeitou o regimento interno ao não adotar as medidas sanitárias impostas para combater a disseminação do coronavírus.