O atacante do Corinthians, Gustavo Henrique, mais conhecido como Mosquito, foi surpreendido por uma visita inusitada no dia do jogo decisivo de sua equipe contra o Fortaleza pela Copa Sul-Americana. No dia 26 de setembro, data da partida de ida, um oficial de Justiça compareceu ao CT Joaquim Grava pela manhã para intimar o jogador a respeito de um processo movido pelo empresário Fernando Garcia.
Nesse mesmo dia, Mosquito entrou em campo durante o jogo contra o Fortaleza, que resultou em um empate e custou ao Corinthians a oportunidade de abrir vantagem na competição. A partida de volta, realizada no Ceará na semana seguinte, resultou na eliminação do clube paulista.
O processo em questão envolve uma dívida de mais de R$ 60 milhões que o jogador teria com o empresário, decorrente de um empréstimo concedido em agosto de 2018, no valor de R$ 21,3 mil. O processo foi aberto somente em agosto de 2021. A Justiça determinou a penhora de até R$ 60.776,52 nas contas bancárias do atleta em abril de 2023, e a penhora foi efetivada em maio. O valor bloqueado (R$ 64.273,91) superou a quantia buscada inicialmente.
Mosquito não manifestou sua opinião sobre o assunto até o momento. No entanto, ele entrou com uma defesa na Justiça, alegando que a intimação foi recebida por terceiros e acusando a Elenko Sports, empresa do agente Fernando Garcia, de oferecer recompensas, o que infringiria o regulamento da CBF. O jogador também solicitou o desbloqueio de R$ 5 mil em excesso em sua conta.
Outras cobranças
O empresário não está apenas demandando Mosquito judicialmente por dívidas. Também na esfera jurídica, a Elenko Sports abriu mão de uma cobrança relacionada a um suposto débito de R$ 165.000, que foi originalmente pago em parcelas ao jogador.
Em uma ação paralela, a empresa está buscando o pagamento de R$ 50.000 emprestados em 2017. Esse valor foi transferido para a empresa responsável por obter o passaporte italiano para Mosquito. Caso ele continuasse sendo representado pela Elenko, essa obrigação financeira não seria aplicada.
Em agosto de 2023, o tribunal determinou que o jogador fosse notificado para quitar a quantia de R$ 72.452,21.
O sócio de Garcia, Guilherme de Miranda Gonçalves, alegou que a empresa emprestou dinheiro a Mosquito para que ele pudesse obter um passaporte italiano, o que, por sua vez, valorizaria o jogador no cenário internacional. “Mas, como nosso contrato é curto, caso ele rompa o contrato com a gente e seja valorizado por causa desse passaporte e a repercussão financeira desse passaporte seja gerada para outro empresário, nada mais justo que ele devolver o dinheiro que a gente emprestou para o benefício que ele vai ter para o resto da vida”, afirmou.
Com informações do UOL.
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