TJSP autoriza empresa em recuperação judicial a vender ativos sem autorização de assembleia de credores

Data:

tjsp
Créditos: tupungato | iStock

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) publicou um acórdão referente a um agravo de instrumento no qual o Banco Itaú buscava impedir que uma pequena prestadora de serviços agrícolas do interior paulista vendesse parte de seus ativos sem a necessidade de aprovação prévia da assembleia-geral de credores. A 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial considerou legítima e conforme as regras toda a estrutura do plano de recuperação judicial da Delta Florestal.

A forma como certos ativos podem ser vendidos possui regras explícitas que estabelecem limites de valores para tal, conforme consta no Agravo de Instrumento (doc_575459804[1]).

Para o advogado Renato Scardoa, do escritório SDS Advogados, que representou a causa, essa decisão está alinhada com as alterações feitas na lei de recuperação judicial, das quais ele participou. Segundo ele, desburocratizar e agilizar o processo para que pequenas empresas possam gerir e sair de sua recuperação é crucial para que permaneçam produtivas.

TJSP autoriza empresa em recuperação judicial a vender ativos sem autorização de assembleia de credores | Juristas
Renato Scardoa
Advogado especialista em Estruturação de Negócios e Reestruturação de Empresas.

Scardoa ressalta que a possibilidade de venda de ativos de baixo valor dentro do Plano de Recuperação Judicial reduz os custos de transação e proporciona maior segurança aos compradores, resultando em um maior retorno financeiro na venda e, consequentemente, beneficiando diretamente os credores. Ele destaca ainda que os ativos da Delta, essenciais para sua atividade empresarial, muitas vezes se tornam obsoletos ao longo do tempo, necessitando de substituição por equipamentos mais modernos para melhorar o desempenho da empresa e aumentar seu caixa.

"A possibilidade de venda de ativos de baixo valor dentro do Plano de Recuperação Judicial reduz os custos de transação e proporciona maior segurança aos compradores, resultando em um maior retorno financeiro na venda e, portanto, beneficia diretamente os credores. É uma mudança incorporada na reforma da lei e muitas empresas ainda estão em processo de adaptação jurídica", destaca Scardoa.

Com informações da assessoria.


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos!

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Simplificando o Processo de Cidadania Portuguesa: Serviços Profissionais de Pesquisa de Documentação

Se você está considerando iniciar o processo de obtenção da cidadania portuguesa, seja por descendência, casamento ou qualquer outro motivo, uma das etapas fundamentais é reunir toda a documentação necessária. No entanto, essa tarefa pode ser complexa e demorada, especialmente se você não estiver familiarizado com os requisitos específicos ou não tiver acesso fácil aos documentos exigidos.

Entenda os pré-requisitos para a cidadania portuguesa por matrimônio

Entenda os pré-requisitos para a cidadania portuguesa por matrimônio Para...

Imigração para Portugal: Guia completo atualizado

Imigração para Portugal: Guia completo atualizado Neste artigo, iremos aprofundar...

Como Obter o Visto Gold em Portugal: Guia Completo para Investidores Estrangeiros

Visto Gold (Golden Visa) em Portugal O visto Gold (Golden...