Google é processado nos EUA sob acusação de roubo dados para treinar IA

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Direito ao Esquecimento - Google
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O Google está sendo processado nos EUA, pelo escritório de advocacia Clarkson Law Firm, sob acusação de coletar dados de usuários sem consentimento e violar direitos autorais para o treinamento de ferramentas de IA. A ação judicial também visa processar a DeepMind, empresa-irmã do Google, e a Alphabet, controladora de ambas.

Conforme a denúncia, o Google estaria “roubando secretamente tudo o que foi criado e compartilhado na internet por centenas de milhões de americanos” para desenvolver suas linguagens de IA, como o Bard. O mesmo escritório de advocacia também processou a OpenAI, detentora do ChatGPT, no mês passado.

A conselheira-geral do Google Halimah DeLaine Prado disse que a acusação “não tem base” e que a empresa deixou claro “por anos que usamos dados de fontes públicas para treinar modelos de IA em serviços como o Google Tradutor, de forma responsável e alinhada com nossos princípios de IA”. Porém, vale a ressalva de que a menção à inteligência artificial só surgiu há pouco tempo na política de privacidade.

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Créditos: Spencer_Whalen | iStock

O uso de dados públicos para treinar IA foi especificado na atualização mais recente da política de privacidade, divulgada no início do mês. O trecho informa que a empresa pode “coletar informações disponíveis publicamente on-line ou de outras fontes públicas para ajudar a treinar os modelos de IA do Google e criar recursos como o Google Tradutor, o Bard e recursos de IA na nuvem”.

Nas versões anteriores, não havia menção aos serviços de IA — no lugar disso, a empresa dizia somente que os dados eram usados para “ajudar a treinar os modelos de idiomas do Google e criar recursos como o Google Tradutor”.

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Com o crescimento dos modelos generativos de IA, surgiram preocupações sobre como essas ferramentas coletam dados e podem infringir direitos autorais de livros, artigos científicos, músicas e outros documentos. A comediante e autora Sarah Silverman está processando a Meta e a OpenAI por usar ilegalmente seus livros para treinar modelos de inteligência artificial. Além disso, ferramentas de geração de imagens também foram processadas por artistas plásticos.

Com informações do Terra.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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