Julgamentos são criticados por grupos humanitários
O Iraque condenou à morte três cidadãos franceses que se juntaram ao grupo terrorista Estado Islâmico. Os homens foram capturados na Síria e são os primeiros franceses a receberem a pena de morte no Iraque, para onde foram transferidos após a prisão em combate.
De acordo com a agência de notícias France Press, eles têm 30 dias para recorrer. Ainda segundo a agência, os julgamentos de membros do Estado Islâmico têm sido criticados por grupos humanitários.
Os três franceses estão entre doze cidadãos do país que foram capturados com o Estado Islâmico e transferidos para a custódia iraquiana em fevereiro. Outros três cidadãos franceses já receberam sentenças de prisão perpétua pelo mesmo motivo no Iraque. Dois dos condenados à morte têm ligações conhecidas com terrorismo em seu país de origem.
Saiba mais:
- Emirados Árabes Unidos desenvolverá leis sobre carros autônomos e inteligência artificial
- União estável de companheiro não registrado pode gerar pensão por morte de ex-servidor
- Adoção irregular sem consentimento dos pais não se justifica por interesse do menor
- TNU entende que morte por homicídio caracteriza acidente de qualquer natureza
- Seguro de empréstimo habitacional só cobre parcelas a vencer em caso de morte
Desde o início do ano, a Justiça iraquiana já julgou centenas de estrangeiros acusados de integrar o grupo terrorista. Mas para o Observatório de Direitos Humanos (Human Rights Watch ou HRW, na sigla em inglês), as condenações têm se baseado em “provas circunstanciais” e confissões sob tortura. Além disso, segundo a France Presse, os julgamentos fazem parte de um acordo de US$ 1 milhão entre o Iraque e milícias patrocinadas pelos Estados Unidos na Síria.
Além de estrangeiros, o Iraque já sentenciou ao menos 900 cidadãos nacionais capturados lutando no país vizinho. O país está entre os cinco que mais executam presos no mundo, de acordo com a Anistia Internacional. Em 2018, ao menos 271 pessoas foram condenadas à morte e 52 execuções foram realizadas no país.