Estudo revela viés político no ChatGPT a favor da esquerda: pesquisadores do Brasil e Reino Unido apresentam resultados

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Inteligência Artificial OpenAI ChatGPT para Advogados
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Um artigo científico intitulado "Mais humano que humano: medindo a inclinação política do ChatGPT" foi publicado na última quarta-feira (16) por uma equipe de pesquisadores do Brasil e do Reino Unido, trazendo à luz uma análise intrigante sobre a inclinação política da plataforma de inteligência artificial ChatGPT. O estudo concluiu que o ChatGPT tende a privilegiar a visão de eleitores do Partido Democrata dos EUA, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Partido Trabalhista do Reino Unido.

Os pesquisadores responsáveis pela análise, Fabio Motoki, Valdemar Pinho Neto e Victor Rodrigues, elaboraram uma abordagem meticulosa para identificar tendências ideológicas nas respostas fornecidas pelo ChatGPT aos usuários. Eles propuseram que o ChatGPT respondesse como alguém com um viés ideológico específico e compararam essas respostas com as respostas "padrão" da plataforma, sem nenhuma instrução política.

Inteligência Artificial - ChatGPT para Advogados
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Conforme os pesquisadores, o estudo encontrou "evidências sólidas" de um viés político significativo e sistemático a favor dos Democratas nos EUA, do presidente Lula no Brasil e do Partido Trabalhista no Reino Unido. Os pesquisadores também realizaram testes solicitando que a IA adotasse o posicionamento de um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de Lula ou sem nenhuma especificação política. Surpreendentemente, as respostas "neutras" também mostraram semelhanças com as respostas favoráveis ao petista.

Nos testes, foram usadas perguntas do modelo britânico "Political Compass", que mede a inclinação política em temas econômicos e sociais. As respostas do ChatGPT continuaram a se alinhar ao viés de esquerda, conforme identificado anteriormente.

Os pesquisadores alertaram que essas descobertas têm implicações amplas, sugerindo que algoritmos de geração de texto como o ChatGPT podem acentuar os desafios políticos já existentes, exacerbados pelo ambiente da internet e das redes sociais. Eles ressaltam que políticos, formuladores de políticas, mídia e acadêmicos devem considerar cuidadosamente esses resultados ao lidar com questões relacionadas à tecnologia e à política.

Com informações do Cointelegraph.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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