Executor de cabeleireira assassinada em Jardim Camburi é condenado por homícidio

Data:

O Tribunal do Júri da 1 º Vara Criminal de Vitória condenou a 25 anos e 4 meses de reclusão Virmondes Lins, acusado pelo Ministério Público Estadual de assassinar Ivone Borges Mota. A cabeleireira foi morta a mando do ex-marido, quando saia do salão onde trabalhava, em Jardim Camburi, no dia 23 de dezembro de 2013.

De acordo com a decisão, emitida nesta quarta-feira, 04 de outubro, o réu foi considerado culpado pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, tendo a pena fixada em dezenove anos e 10 meses de reclusão. À decisão, também foram adicionados cinco anos e seis meses pelo crime de roubo.

Em sua sentença, o Juiz Marcos Pereira Sanches afirmou que o réu não preencheu os requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade ou para a concessão da suspensão condicional da pena, devendo iniciar seu cumprimento em regime fechado. Segundo o magistrado, como permanecem inalterados os motivos que determinaram sua prisão, o requerido também não poderá recorrer em liberdade.

Para o juiz, o réu demonstrou grande desapego à vida humana, tendo total consciência da reprovabilidade de sua conduta na medida em que planejou e colaborou com o delito.

O crime teria sido encomendado por Nerivaldo Pereira dos Reis, ex-marido da vítima, que, por não aceitar o fim do relacionamento amoroso, prometeu ao réu como pagamento uma recompensa de R$2 mil reais e a arma usada no crime.

Ambos contaram com o auxílio de um terceiro acusado, Gildázio Souza do Nascimento, que teria ajudado os envolvidos planejando o crime e fornecendo o automóvel para sua realização. O proprietário do veículo e o ex-marido foram condenados pelo tribunal do júri, em decisão proferida em 27 de julho de 2017.

O crime

Consta na denúncia feita pelo Ministério Público Estadual que, no dia dos fatos, Nerivaldo pegou um veículo emprestado com Gildázio e conduziu Virmondes ao bairro Jardim Camburi para assassinar a ex-mulher. A ordem era para que ele atirasse contra a vítima com apenas um disparo, para parecer que era apenas um assalto.

Virmondes, então, saltou do veículo e perseguiu Ivone e a filha dela, que tinham acabado de sair do salão. Ao alcançá-las, pediu para a menina se afastar e disparou um tiro no rosto da cabeleireira, com a arma de fogo cedida pelo ex-marido. Em seguida, o atirador correu levando as bolsas das vítimas, fugindo do local com Nerivaldo.

Processo nº: 0009313-26.2014.8.08.0024

Fonte: Tribunal de Justiça do Espírito Santo 

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de recurso contra multa por não obedecer à sinalização de trânsito

Modelo para recurso contra multa por não obedecer à...

TJSP invalida venda de empresa por inclusão de crédito do qual não é titular

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em julgamento estendido, declarou a invalidade da venda de uma empresa que incluía no preço final valores de precatórios dos quais não era titular, caracterizando uma operação de crédito a non domino.

Mantida multa de empresa que vendia produtos fora do prazo de validade

A 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a decisão da Vara de Viradouro, proferida pela juíza Débora Cristina Fernandes Ananias Alves Ferreira, que negou o pedido de anulação de uma multa aplicada pelo Procon a um estabelecimento comercial. O local foi multado em R$ 20,6 mil por vender produtos fora do prazo de validade.

Plano de saúde custeará exame genético para tratamento de síndrome

A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a decisão da 10ª Vara Cível de Campinas, proferida pelo juiz André Pereira de Souza, que determinou que uma operadora de plano de saúde deve autorizar e custear a avaliação genética com pesquisa etiológica para um beneficiário portador da Síndrome de West.