ChatGPT é investigado para avaliar riscos de fake news e uso indevido de dados

Data:

Inteligência Artificial OpenAI ChatGPT para Advogados
Créditos: rokas91 / Depositphotos

A empresa OpenAI está sendo investigada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos para determinar se o ChatGPT, modelo de linguagem baseado em inteligência artificial (IA)prejudica os consumidores ao gerar informações falsas (fake news), e se sua tecnologia faz uso inadequado dos dados dos usuários.

Apoiada pela Microsoft, a OpenAI foi notificada sobre a investigação em um questionário de 20 páginas, em que é solicitada a descrever incidentes em que usuários foram falsamente difamados e a compartilhar os esforços da empresa para garantir que os mesmos não se repitam. A investigação foi divulgada pelo jornal The Washington Post.

ChatGPT para Advogados
Créditos: Irrmago / Depositphotos

A investigação se concentra em como esses incidentes poderiam prejudicar os usuários, mas também se aprofunda no uso de dados privados pela OpenAI para construir seu modelo, líder no mundo. O GPT-4 da empresa é a tecnologia-base por trás do ChatGPT, assim como dezenas de outros programas de empresas que pagam uma taxa à OpenAI a fim de acessar o seu modelo para uso próprio.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, lamentou no Twitter que a investigação tenha vazado para a imprensa, o que “não gera confiança”, disse, acrescentando que a empresa irá cooperar com a Comissão Federal de Comércio. “É muito importante para nós que a nossa tecnologia seja segura e pró-consumidor, e estamos confiantes em que cumprimos a lei.”

A investigação da Comissão de Comércio não implica, necessariamente, outras ações, se ficar satisfeita com a resposta da empresa ao questionário a autoridade pode encerrar o caso. Caso o regulador perceba práticas ilegais ou inseguras, exigirá medidas corretivas e pode entrar com uma ação judicial.

O lançamento do ChatGPT pela OpenAI, em novembro passado, surpreendeu o mundo, ao mostrar o poder dos grandes modelos de linguagem (LLM, sigla em inglês), uma forma de inteligência artificial (IA) conhecida como “IA generativa”, que pode produzir em segundos um conteúdo semelhante ao criado pelo homem. Em meio à agitação causada pela capacidade dessa tecnologia, autoridades receberam relatos de que esses modelos também poderiam gerar conteúdo ofensivo, falso ou estranho, às vezes chamado de “alucinações”.

Com informações do UOL.


Acompanhe as nossas redes sociais: FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin.

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Justiça catarinense confirma possibilidade de penhora de bens comuns do casal em ação de execução

A penhora sobre os bens comuns do casal no regime de comunhão universal de bens é juridicamente viável, desde que a meação do cônjuge não devedor seja devidamente preservada, conforme determina o artigo 1.667 do Código Civil, observando as exceções previstas no artigo 1.668.

Digital Influencer será indenizado após suspensão injustificada de conta no TikTok

A suspensão arbitrária de um perfil em rede social configura falha na prestação de serviço, especialmente quando a conta é utilizada como fonte de renda. Caso a plataforma não comprove a violação dos termos de uso, pode ser condenada à reativação do perfil e ao pagamento de indenização por danos morais.

Justiça exige maior rigor de multinacional para combater golpes virtuais durante Black Friday

O juízo da 2ª Vara Cível da comarca de Brusque determinou que uma multinacional de anúncios digitais adote medidas imediatas para prevenir o uso de sua plataforma em golpes virtuais. A decisão, proferida em 25 de novembro de 2024, obriga a empresa a bloquear anúncios que utilizem indevidamente o nome e a imagem de uma rede de lojas de departamentos e de seu proprietário, salvo os provenientes de perfis verificados e oficiais.

TJ aplica Protocolo de Gênero e condena ex-marido a indenizar mulher por ofensas em rede social

Em decisão inédita, a 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) aplicou o Protocolo de Gênero, conforme previsto na Resolução nº 492/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em julgamento realizado no dia 28 de novembro. O caso envolveu recurso interposto por uma mulher contra o ex-marido, abordando temas como dissolução de união estável, partilha de bens, guarda de menor, pensão alimentícia e indenização por danos morais.