O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) afastou o juiz Ather Aguiar, da Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Divinópolis, por suspeita da prática de abusos sexuais e agressões contra estagiárias sob sua supervisão.
As denúncias partiram de sete mulheres. Uma delas relatou que o juiz usava livros para agredir mulheres. “Tenho medo dele me agredir, tenho medo dele”, relatou em entrevista à Record TV.
Outra denunciante disse que o juiz deu um tapa em seu rosto e que teria dito ainda que só não bateria de novo nela para que ela não “gamasse”. Uma terceira mulher afirmou que as vítimas eram trancadas pelo juiz em um corredor quando o desagradavam, sem que pudessem sair. Segundo o relato de uma das denunciantes, ela chegou a ser amarrada a uma cadeira por um assessor de Aguiar. Ao se queixar, ela ouviu do juiz que o colega “tinha feito pouco, que devia ter me amordaçado também”.
A defesa do juiz afirmou à emissora que todos os esclarecimentos vão ser apresentados durante a investigação do TJMG. Ele e seu assessor, que não teve o nome divulgado, foram afastados preventivamente por 60 dias depois que o caso chegou à Corregedoria do Tribunal de Justiça.
Juízes corregedores tomaram depoimentos das vítimas e recolheram provas, incluindo conversas de WhatsApp. Além do afastamento, o juiz está proibido de entrar no fórum ou de chegar a menos de 500 metros das vítimas. Em nota enviada à Record, o TJMG disse que o caso corre sob sigilo e está na fase de apresentação de defesa pelo magistrado.
Com informações do UOL e Record TV.
Você sabia que o Portal Juristas está no Facebook, Twitter, Instagram, Telegram, WhatsApp, Google News e Linkedin? Siga-nos por lá.