A juíza da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro-RJ, Rosália Monteiro Figueira, determinou, na segunda-feira (19), que o empresário e ex-pastor Glaidson Acásio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, deposite, em até 72 horas, o valor de R$ 19 bilhões para pagar investidores e credores em criptomoedas. O valor tem que ser depositado em juízo. A informação e do Portal IG.
Assim que Glaidson cumprir a medida, o dinheiro será transferido para uma conta da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TKRN) para se for o caso, ser repassado para os investidores e credores da GAS Consultoria.
Preso na Operação Kriptos, em agosto de 2021, Glaidson foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de liderar uma organização criminosa responsável por um milionário esquema de pirâmide financeira iniciado em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Em maio, o advogado Sergio Zveiter, foi nomeado administrador judicial na ação ajuizada pela GAS Consultoria Bitcoin na 5ª Vara Empresarial da Capital.
Zveiter anunciou, na sequência, a abertura de um cadastro para inscrição dos credores da empresa de Glaidson Acácio. Até agora, 122.072 investidores fizeram a inscrição em um site. Conforme O GLOBO apurou, o valor informado pelos credores chega perto de R$ 9 bilhões. Entretanto, o pagamento das dívidas somente será efetivado se a GAS comprovar a origem lícita dos recursos.
Na decisão que nomeou Zveiter como administrador judicial da GAS, a juíza Maria da Penha Nobre Mauro, titular da 5ª Vara Empresarial, também determinou a suspensão de todas as ações contra a empresa de Glaidson, à exceção da ação penal.
“Quando a juíza nos nomeou, ela determinou que os credores e investidores cadastrassem em um site. Centenas já se cadastraram. É possível que haja duplicidade no cadastro. Será analisado cada caso. Além disso, mesmo quem não se inscreveu, se deferida a recuperação judicial, essa pessoa vai ter a oportunidade de se habilitar (para receber o que foi investido)”, explicou Sergio Zveiter, administrador judicial na ação ajuizada pela GAS Consultoria Bitcoin.
A ação de recuperação judicial ainda não foi apreciada pela Justiça Federal porque a GAS ainda não pagou as custas do processo. O ex-pastor chegou a pedir gratuidade no processo. Entretanto, a justiça negou.
Uma investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal demonstrou que o negócio de criptomoedas de Glaidson movimentou R$ 38 bilhões.
Com informações de Portal IG e O GLOBO.
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