Um vendedor que utilizava o site de vendas online, Mercado Livre e uma carteira digital para intermediar suas transações, obteve uma vitória na justiça após ter sua conta invadida, o que resultou em perdas financeiras consideráveis. A decisão foi tomada pela juíza da Vara Única de Água Doce do Norte-ES.
Segundo os autos do processo (0001184-26.2016.8.08.0068), o vendedor operava dentro do sistema em que os pagamentos eram liberados após a confirmação de que o comprador tinha recebido o produto em perfeitas condições. No entanto, ele alegou que, ao tentar sacar os valores de suas vendas, a conta foi misteriosamente suspensa para saques, devido a um acesso não autorizado. Isso levou ao congelamento de uma quantia significativa em sua conta, no valor de R$ 35.295,66.
O prejuízo financeiro foi causado por invasores que, por meio da conta do vendedor, realizaram transações fraudulentas com outros vendedores da plataforma de compras online. Além das perdas financeiras, a vítima também alegou danos morais decorrentes dessa situação.
A juíza considerou as plataformas de e-commerce responsáveis pelo ocorrido, pois atuam como intermediários de segurança nas transações realizadas por seus usuários. Portanto, foi determinado que os réus pagassem ao vendedor R$ 35.295,66 como compensação pelos danos materiais causados, além de uma indenização adicional de R$ 8 mil por danos morais.
Essa decisão destaca a importância de plataformas online garantirem a segurança de suas contas e protegerem seus usuários contra fraudes e invasões. Também ressalta a responsabilidade das empresas em casos de incidentes desse tipo, onde vendedores ou compradores podem sofrer prejuízos significativos devido a falhas na segurança da plataforma, devendo servir de incentivo à empresas de comércio eletrônico a fortalecerem suas medidas de segurança para proteger a integridade financeira e a reputação de seus usuários.
Com informações do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES).
Você sabia que o Portal Juristas está no Facebook, Twitter, Instagram, Telegram, WhatsApp, Google News e Linkedin? Siga-nos!