Kevin Spacey é inocentado na ação em que o ator Anthony Rapp o acusou de abuso

Data:

Kevin Spacey é inocentado na ação em que o ator Anthony Rapp o acusou de abuso | Juristas
4 November 2004 – Hollywood, California – Kevin Spacey
Photo Credit: Tuukka Jantti/Sipa Press

O Juri do Tribunal Federal de Manhathan, em Nova York, entendeu que o ator Kevin Spacey (63) não molestou o ator Anthony Rapp (50), quando este tinha 14 anos.  a decisão se deu na quinta-feira (20).

Os jurados chegaram a um veredito após deliberarem por 80 minutos e concluírem que os advogados de Rapp não conseguiram provar que Spacey “tocou uma parte sexual ou íntima” do ator. As informações são da revista Variety e republicadas pelo UOL.

Kevin Spacey é inocentado na ação em que o ator Anthony Rapp o acusou de abuso | Juristas
Anthony Rapp /Ribbon of Hope Celebration. Leonard H. Goldenson Theatre, Los Angeles, CA. 12-01-07 Autor-s_bukley

Em outubro de 2017, Anthony Rapp, ator de “Star Trek”, deu início a uma série de denúncias contra Spacey, pelo menos 20 homens acusaram o ator de assédio e abuso sexual desde então. Os crimes teriam acontecido entre 1995 e 2013, quando muitas das vítimas eram menores de idade.

Rapp acusou o astro de “House of Cards” (Netflix) de assediá-lo quando ele tinha 14 anos. Segundo Rapp, o veterano o levantou, o colocou sobre sua cama e o segurou de forma “sexualmente agressiva”. O ator, que é abertamente gay, veio a público com as alegações em um artigo do site BuzzFeed. Poucas horas depois, Spacey se desculpou e se revelou um homem gay.

Os advogados de Spacey afirmaram que Rapp estava irritado com o fato de Spacey não assumir sua sexualidade e tinha inveja da carreira do outro ator.

Pedofilia
Créditos: photographee.eu / Depositphotos

O foco principal da defesa de Spacey foi a inconsistência no depoimento de Rapp, pontuando que ele afirmou que o apartamento de Spacey tinha um quarto separado, quando uma planta do imóvel mostrou que o ator morava em um apartamento “estúdio”, com apenas um cômodo central. “A principal testemunha do nosso caso foi a planta”, disse Jennifer Keller, advogada de Spacey, em suas declarações finais.

Anthony Rapp se manifestou em suas redes sociais após o júri do Tribunal Federal de Manhathan, em Nova York, decidir que sua acusação de assédio contra Kevin Spacey não tinha mérito. Ele não reclamou da decisão e afirmou que o processo tinha como principal objetivo jogar uma luz sobre o assunto.

“Estou profundamente grato pela oportunidade de ter meu caso ouvido perante um júri, e agradeço aos membros do júri por seu serviço”, disse o ator. “Trazer esse processo sempre foi uma questão de jogar uma luz, como parte de um movimento maior para se levantar contra todas as formas de violência sexual. Comprometo-me a continuar defendendo esforços para garantir que possamos viver e trabalhar em um mundo livre de violência sexual de qualquer tipo. Espero sinceramente que os sobreviventes continuem a contar suas histórias e lutar por responsabilidade.” Declarou Rapp.

Com informações do UOL e O Globo.


Fique por dentro de tudo que acontece no mundo jurídico no Portal Juristas, siga nas redes sociais: FacebookTwitterInstagram e Linkedin. Adquira seu registro digital e-CPF e e-CNPJ na com a Juristas Certificação Digital, entre em contato conosco por e-mail ou pelo WhatsApp (83) 9 93826000.

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Concessionária de energia é condenada a indenizar usuária por interrupção no fornecimento

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de uma concessionária de energia ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais a uma usuária que ficou sem fornecimento de energia elétrica por quatro dias, após fortes chuvas na capital paulista em 2023. A decisão foi proferida pelo juiz Otávio Augusto de Oliveira Franco, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Vila Prudente.

Homem é condenado por incêndio que causou a morte do pai idoso

A 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação de um homem pelo crime de incêndio que resultou na morte de seu pai idoso. A decisão, proferida pela Vara Única de Conchal, reduziu a pena para oito anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

Remuneração por combate a incêndio no Porto de Santos deve se limitar ao valor do bem salvo

A 9ª Vara Cível de Santos condenou uma empresa a pagar R$ 2,8 milhões a outra companhia pelos serviços de assistência prestados no combate a um incêndio em terminal localizado no Porto de Santos. O valor foi determinado com base no limite do bem efetivamente salvo durante a operação.

Casal é condenado por expor adolescente a perigo e mantê-lo em cárcere privado após cerimônia com chá de ayahuasca

A 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a condenação de um casal pelos crimes de sequestro, cárcere privado e exposição ao perigo à saúde ou vida, cometidos contra um adolescente de 16 anos. A decisão, proferida pela juíza Naira Blanco Machado, da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, fixou as penas em dois anos e quatro meses de reclusão e três meses de detenção, substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo.