A menos de um mês da aposentadoria da ministra Rosa Weber, o ex-presidente Lula (PT) está intensificando suas consultas a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre quem deve suceder a magistrada. Nos últimos dias, Lula sondou autoridades sobre os nomes de Flávio Dino (ministro da Justiça) e Bruno Dantas, presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), como potenciais sucessores.
Além de Dino e Dantas, o ministro Jorge Messias (advogado-geral da União) também é considerado um dos favoritos para ocupar a cadeira de Rosa Weber, que completará 75 anos em 2 de outubro, a idade máxima para permanecer na corte, de acordo com a Folha de São Paulo.
Lula teve encontros recentes com os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, abordando temas como a troca na PGR (Procuradoria-Geral da República) e a escolha de nomes para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). Nas conversas, Lula não revelou preferências, buscando ouvir opiniões.
A simpatia de Gilmar e Moraes por Flávio Dino foi vista como um sinal de fortalecimento do ministro da Justiça na disputa. No entanto, sua visibilidade nas redes sociais e sua potencial candidatura presidencial futura são pontos de preocupação para alguns no PT.
Jorge Messias é considerado o candidato mais forte, destacando-se por sua trajetória alinhada ao PT e suas demonstrações de lealdade a Dilma Rousseff durante o processo de impeachment.
Bruno Dantas tem forte apoio da classe política e ministros do governo Lula, devido à atuação do TCU durante a disputa presidencial.
A escolha do substituto/substituta de Rosa Weber é um ponto decisivo, e Lula está avaliando diversas opções, para atender às expectativas de seus aliados, incluindo candidatas mulheres.
A advogada Vera Lúcia de Araújo, apoiada pela ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, é citada como uma opção, assim como Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Outras candidatas contam com o apoio de alas do PT e de integrantes do governo — entre elas, a advogada Carol Proner, a desembargadora Simone Schreiber e as ministras Katia Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A promotora Ana Cláudia Pinho, do Pará, tem se apresentado publicamente como candidata. Com atuação na área de direitos humanos, recebeu inclusive uma carta de recomendação do jurista italiano Luigi Ferrajoli, considerado o pai do garantismo penal.
No entanto, critérios como confiança e lealdade serão fundamentais em sua decisão e Lula não tem relação de proximidade com nenhuma das indicadas.
Com informações da Folha de São Paulo e Agência Brasil.
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