Núcleo de mediação vai fortalecer soluções consensuais de conflitos no CNJ

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Mediação
Créditos: Tim Gouw / Unsplash

Na última terça-feira (3), o Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, a criação do seu próprio Núcleo de Mediação e Conciliação (Numec), que visa buscar soluções consensuais aos processos que tramitam no órgão, inclusive os processos internos envolvendo servidores e servidoras e setores administrativos.

Segundo o conselheiro Marcos Vinicius Jardim Rodrigues, relator do processo e presidente da Comissão Permanente de Solução Adequada de Conflitos, o Numec vai ampliar as possibilidades de êxito nas conciliações nos processos administrativos. “Apesar de as negociações feitas pelos conselheiros serem bem proveitosas, com a atuação de um profissional capacitado e qualificado, como teremos agora, certamente veremos uma ampliação do índice de acordos no CNJ.”

O Numec estará subordinado à Presidência do CNJ, contando com o apoio operacional da Secretaria-Geral. Conselheiros e conselheiras poderão encaminhar processos de sua relatoria ao Numec a qualquer tempo, de ofício ou mediante provocação das partes.

Após o encaminhamento, a Presidência designará um juiz ou juíza auxiliar da Presidência para fazer a mediação ou conciliação. As partes poderão estar assistidas por advogado ou advogada ou por membros da Defensoria Pública ou do Ministério Público. A primeira reunião deverá ser feita, preferencialmente, por videoconferência.

Os procedimentos de mediação ou conciliação deverão ser concluídos em até sessenta dias, contados da primeira reunião, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação e houver a anuência do conselheiro ou conselheira que relata o processo. Concluída a mediação ou conciliação com acordo, a homologação será feita pelo Plenário do CNJ.

“No meu modo de ver, o futuro do processo vai ser exatamente esse: mediação, conciliação e ações trans-individuais, como as ações civis públicas. Será assim que vamos resolver os problemas”, destacou o presidente do CNJ, ministro Luiz Fux.

Com informações do Conselho Nacional de Justiça.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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