A 2ª Turma do STF solicitou um pedido de investigação à Procuradoria-Geral da República contra um homem que publicou, por vídeo, ofendeu e ameaçou a presidente do TSE, Rosa Weber. O homem, o coronel Carlos Alves, se refere à ministra como “salafrária e corrupta” por receber integrantes do PT que pediram cautelares para investigar o disparo em massa de fake news em prol de Jair Bolsonaro. Ele também criticou outros integrantes do STF.
O ministro Celso de Mello foi o primeiro a rebater as críticas aos ministros e prestou solidariedade a Rosa Weber, a Lewandowski e a Dias Toffoli, também citados no ataque.
para Mello, “o primarismo vociferante desse ofensor da honra alheia fez-me lembrar daqueles personagens patéticos que, privados da capacidade de pensar com inteligência, optam por manifestar ódio visceral e demonstram intolerância radical contra os que consideram seus inimigos. Todo esse quadro imundo que resulta do vídeo, que longe de traduzir expressão legítima da liberdade de palavras, constitui verdadeiro corpo de delito comprobatório da infâmia perpetrada pelo autor”.
Gilmar Mendes destacou o momento delicado do Brasil e aproveitou para rebater as críticas contra a credibilidade das urnas eletrônicas. Cármen Lúcia também defendeu os colegas da Corte. Alexandre de Moraes destacou a competência e a atuação de Rosa Weber na condução do processo eleitoral. e Barroso manifestou seu “amor e admiração a Rosa”.
O homem gravou outro vídeo em resposta à reação do Supremo, debochando do pedido de investigação. Ele questionou “a moral” de Gilmar Mendes e insinuou que o ministro recebe propinas para liberar habeas corpus e diz poder processar o juiz: ‘Eu não sou qualquer um, sou um coronel do Exército”. (Com informações da Agência Brasil EBC.)