Terceirizados do Google querem ter sindicato para negociar melhores condições de trabalho

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Terceirizados do Google querem ter sindicato para negociar melhores condições de trabalho | Juristas
Créditos: Denis Linine / Shutterstock.com

Os trabalhadores terceirizados do Google em Pittsburgh (Pensilvânia – EUA) desejam formar um sindicato para conseguir um lugar na mesa de negociação com as companhias. As maiores empresas de tecnologia adotam a estratégia de terceirização para aumentar suas margens de lucro, prática que confere menos direitos e benefícios a esses trabalhadores.

No caso de Pittsburgh, dois terços dos 90 analistas de dados empregados pela HLC America, agência que terceiriza funcionários para o Google, votaram para o avanço do processo de sindicalização, conforme anúncio do sindicato United Steelworkers. Os funcionários integram a Pittsburgh Association of Tech Professionals, que é patrocinado em parte pelo sindicato de trabalhadores da siderurgia. 

Google
Créditos: Simon / Pixabay

Os resultados serão encaminhados ao National Labor Relations Board (Conselho Nacional de Relações Trabalhistas) para que ocorra uma votação formal do sindicato. Basta maioria simples para a aprovação.

Uma funcionária da HCL, em comunicado à imprensa, disse que “Trabalhadores da HCL merecem mais do que eles receberam em termos de compensação, transparência e consideração, e isso acontece há muito tempo. […]. Enquanto o gerenciamento local tenta fazer o que pode, suas mãos geralmente estão atadas a uma política corporativa arbitrária”.

Os terceirizados vêm sendo chamados de “a força de trabalho paralela do Google”, pois representam metade dos funcionários da empresa. Recentemente, o grupo conseguiu garantir benefícios básicos, além de um salário mínimo de US$ 15 por hora, o que não foi usufruído por muitos que lutaram por eles, já que o Google limita o contrato a, no máximo, 2 anos. A maioria dos benefícios não entrará em vigor antes de 2020. 

Um levantamento do Recode concluiu que os terceirizados da gigante de tecnologia ganham 42% menos do que seus colegas funcionários da companhia. 

Além da questão salarial, outra reclamação frequente é a vulnerabilidade em que esses trabalhadores se encontram. Apesar da promessa do Google de rever o processo para reportar assédio sexual e agressão, os terceirizados disseram que não houve melhorias no processo separado e confuso de denunciar assédio.

No ano passado, centenas de relatos causaram uma demissão em massa, fato que chamou atenção até dos senadores dos EUA. 

A diretora-assistente do sindicato United Steelworkers, Mariana Padias, não ouviu um posicionamento da gigante de tecnologia sobre este processo de sindicalização. Estando tudo correto no processo, a data oficial da eleição deve ocorrer dentro de 21 dias a partir da apresentação da petição.

(Com informações do Gizmodo)

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