MODELO DE PETIÇÃO DE PEDIDO CAUTELAR DE MEDIDA PROTETIVA COM PLEITO URGENTE DE SEPARAÇÃO DE CORPOS – NCPC
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA (NÚMERO) VARA DA COMARCA DE (NOME DA CIDADE) – (UF)
FULANA DE TAL, (DADOS/QUALIFICAÇÃO), portadora da carteira de Identidade/RG de nº 000-000 e inscrita no CPF/MF de nº 000.000.000-00 residente na (ENDEREÇO), por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, nos termos do art. 19, caput, art. 22 e art. 23, todos da Lei Maria da Penha (Lei nº. 11.340/2006) c/c art. 305 e segs. do Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a seguinte;
AÇÃO CAUTELAR DE MEDIDA PROTETIVA COM PLEITO URGENTE DE SEPARAÇÃO DE CORPOS
Contra FULANO DE TAL, (DADOS/QUALIFICAÇÃO), portador da Carteira de Identidade/RG de nº 0000-000 inscrito no CPF/MF de nº 000.000.000-00, residente no mesmo endereço que a Requerente, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A requerente alega não possuir condições financeiras para arcar às custas processuais e honorários advocatícios presente ação, sem que acarrete prejuízo ao seu sustento e de sua família. Assim, junta declaração de hipossuficiência em anexo. Nestas seguintes razões, reivindica, os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, art. 98 e seguintes.
II. DOS FATOS
A Requerente, convive em união com o Requerido desde (DATA DA UNIÃO), juntamente com os menores (NOMES DOS FILHOS), sendo frutos do relacionamento do casal, conforme faz prova as certidões de nascimento em anexo.
O Requerido é conhecido pelo seu comportamento agressivo, agredindo quase que diariamente a Requerente, na presença ou não dos filhos.
No último ano, o Requerente passou a ingerir bebidas alcoólicas com, ocasionando um aumento expressivo no número de brigas entre o casal, das quais toda a vizinhança se fez saber.
Por receio em manter sua integridade física e, esgotada todas as alternativas de viver sob o mesmo teto, não restou à Requerente outra escolha a não ser adotar a presente ação.
III. DOS DIREITOS
É inegável o quadro de risco a qual a Requerente se encontra junto ao Requerido sob o mesmo convívio residencial, ademais, há provas testemunhais e documentais que não deixam dúvidas a respeito do comportamento agressivo do Requerido.
No mais, já fora claramente comprovados os requisitos do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”. Deste modo, justifica-se a outorga das medidas pretendidas.
Ademais, em sede de medida acautelatória de urgência, com pedido de medidas protetivas em favor de mulher, agredida no âmbito familiar, é desnecessária a cognição plena. Assim, é suficiente e razoável a comprovação de que há fundado temor da Requerente de sofrer novas e piores agressões.
IV. DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS
Por fim, mediante aos fatos aqui expostos, requer-se:
a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica da palavra nos termos do art. 98 a 102, do NCPC/2015, não podendo arcar com nenhum tipo de despesas processuais sem que prive o seu próprio sustento e de sua família;
b) seja determinado o imediato afastamento compulsório do Requerido do domicílio da Requerente;
c) a respeito do que diz no art. 22, inc. II, da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), seja fixada a proibição do Requerido se aproximar da Requerente, seja da residência, testemunhas, filhos e demais familiares, em um raio de 100 metros;
d) determine que o Requerido se abstenha de frequentar a escola dos filhos, até que seja revertida a presente decisão;
e) seja determinado também que o Requerido não entre em contato, seja por meio de telefone, e-mails ou qualquer outro tipo de mensagens à Requerente, bem como aos demais familiares;
f) determinar a separação de corpos, deliberando-se acerca do respectivo alvará;
g) com o desejo de manter o patrimônio em comum, pede-se, em caráter liminar, que sejam decretadas as providências especificadas no art. 24, incs. II e III, da Lei Maria da Penha, expedindo-se, para tanto, os devidos ofícios;
h) solicita-se seja estipulada multa de R$ XX.XXX,XX (VALOR), por cada ato que infrinjam quaisquer das determinações almejadas (CPC, art. 297);
i) pede-se a intimação do Ministério Público (NCPC, art. 178, inc. II).
Assim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, ainda que não especificadas neste documento.
Atribui-se à causa o valor R$ XXX.XXX,XX (VALOR), para fins de alçada, nos moldes do art. 292, III do NCPC/2015.
Nestes Termos. Pede e espera Deferimento.
(CIDADE), (DATA) de (MÊS) de (ANO).
(NOME DO ADVOGADO)
Advogado – OAB/UF: 0000