As famílias das vítimas do acidente no voo levava a Chapecoense para a Colômbia comparecerão ao Senado hoje para pedir ajuda para fazer com que a corretora de seguros AON, a Seguradora Bisa, e os governos da Bolívia e da Colômbia assumam responsabilidade pelo ocorrido. Na ocasião, 71 pessoas morreram, sendo 64 brasileiras.
Após quase três anos da tragédia, o valor do seguro da aeronave não foi pago. As famílias demonstraram, por documento, que a avaliação do seguro caiu de US$ 300 milhões (2015) para US$ 25 milhões (2016) após renovação feita pela corretora. Para os familiares, este é o gatilho que responsabiliza os governos dos dois países.
O voo estava sem seguro e com erros em seu plano de navegação, motivo pelo qual a aeronave não poderia ter deixado a Bolívia e ser aceita na Colômbia. Para Mara Paiva, da Associação das Famílias de Vítimas do voo da Chapecoense, “havia uma cláusula de exclusão. A seguradora não reconheceria o sinistro se sobrevoasse a Colômbia. O destino era a Colômbia. O avião não poderia ter saído do solo, porque a Bolívia não poderia ter aceitado o plano de voo. Da mesma forma com a Colômbia, que não poderia ter aceitado. E estão fazendo vistas grossas”.
A Associação conseguiu uma audiência pública no Senado, com presenças de senadores, autoridades ligadas à Bolívia e Colômbia, sobreviventes, executivos das seguradoras e convites ao Ministério Público Federal.
O governo da Colômbia sinalizou que enviará um representante, mas os bolivianos e as empresas de seguro não manifestaram interesse na resolução do caso.
Mara cobra: “Uma corretora não poderia ter aprovado um seguro com essa cláusula. É uma intermediadora entre a Lamia e a Bisa. E a AON é a segunda maior do mundo, patrocina o Manchester United. Corretora vende o que? Tranquilidade, segurança… como é que agiram desta forma?”.
(Com informações do Uol)