Michelle Bachelet nega envolvimento em escândalo da Lava Jato

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Michelle Bachelet
Escritório das Nações Unidas em Genebra | Créditos: Andrius Kaziliunas | iStock

A alta comissária da Organização das Nações Unidas para Direitos Humanos e ex-presidenta do Chile (entre 2006 e 2010 e de 2014 a 2018), Michelle Bachelet, negou as alegações feitas pelo empresário brasileiro Léo Pinheiro de que ela estaria envolvida em escândalo da Lava Jato. Ele, que é investigado pela operação, disse ter pago US$ 141 mil para cobrir dívidas da campanha presidencial dela em 2013. 

Léo Pinheiro afirmou a procuradores em acordo de delação premiada que a OAS, sua empreiteira, pagou o referido dinheiro após sugestão do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. 

Bachelet disse ao canal de televisão 24 Horas, em Genebra: "Minha verdade é a mesma de sempre, eu nunca tive envolvimento com a OAS".

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que o ex-presidente não recomendou tais pagamentos. Para ele, as acusações são parte de uma "estratégia" para perseguir Lula "politicamente". 

E completou: "A versão de Léo Pinheiro é negada por um declaração entregue no dia 7 de fevereiro de 2017 por sua própria empresa - a OAS - que disse que 'nenhum contrato ou doação foi feita a ex-presidentes da República, nem a institutos ou fundações ligadas a elas". 

Outros dois presidentes brasileiros e dois do Peru são implicados no escândalo.

O jornal Folha de S. Paulo, que publicou a notícia sobre suposto envolvimento, citou mensagens entre procuradores do caso de Pinheiro sobre um relatório em que o empresário teria dito que a empreiteira forneceu recursos à campanha da ex-presidenta chilena para assegurar um consórcio que envolvia a construção de uma ponte no sul do Chile. 

Na resposta de Bachelet, ela ressaltou o fato de que Pinheiro não mencionou em suas acusações um procurador chileno que investiga o envolvimento de políticos e empresas chilenas no escândalo continental. Ela ainda ressaltou que o contrato da ponte foi concedido pela administração do atual governo do presidente chileno, Sebastián Piñera. 

Léo Pinheiro foi condenado a 16 anos de prisão, mas saiu após três anos, quando sua delação ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 

O procurador chefe do Chile, Jorge Abbot, afirmou esperar confirmação formal das acusações de Pinheiro vindas dos órgãos brasileiros antes de tomar qualquer tipo de ação: "Quem quer que seja que esteja implicado nesse depoimento, ninguém está acima da lei".

(Com informações do Terra)

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1 COMENTÁRIO

  1. DELAÇÃO DE LÉO PINHEIRO DEVE SER MAIS UMA FARSA PARA BLINDAR O STF.
    Demoraram tanto pra homologar essa delação de Léo Pinheiro, cercearam tanto o delator que é bem capaz que ele sob pressão só esteja autorizado por acordos nos porões das cortes do podre poder extra oficialmente e espúrios a falar só essa lenga-lenga de Lula, sitio e Guarujá. Quando sabemos que Léo Pinheiro subornou e corrompeu Juízes Desembargadores e Procuradores em especial no MPE-RJ nos Tribunais do Rio de Janeiro, de Justiça e de Contas. Que subornou e deu propina nas Receita Municipal, Estadual e Federal, fez aportes criminosos nos três poderes da republica para manter o esquema do Pedágio Linha Amarela impune ate hoje por meio da LAMSA e INVEPAR que sustenta políticos e outras autoridades com um mensalinho generoso. Será que ele esta autorizado a falar sobre isso, pra falar da propina de Guiomar Mendes repassada de dentro do escritório de Sergio Bermudes a Cesar Maia. Será que vai poder falar das fraudes a licitação desse fatídico pedágio em avenida, que trabalha com recibos falsos, que sonega e comete estelionatos, que superfatura as compras de asfalto na usina do município, que cria obras ilusórias que nunca fez e cobra e recebe por elas, que usa Prossegur para estocar e depois transportar até o Galeão e embarcar clandestinamente seus recursos não contabilizados para destino ignorado pela receita, esse crime permanente que vem sendo cometido desde 1994. Será que ele vai contar que ministros do STF fazem parte desse esquema, que com ajuda do DEM alterou e viabilizou projetos de lei para beneficiar essas e outras fraudes, que ele de tão cretino e bandido usou a vida toda um nome que não é nem um apelido, é uma fraude intencional, pois como um José Aldemario empresário laranja da OAS se apresenta no mundo dos negócios como Léo Pinheiro para acobertar seus golpes no Brasil e no mercado internacional. Será que vão deixa-lo falar dos golpes nos fundos de pensão, na corrupção aos generais da Transolimpica em parceria com Aécio Neves, Gedel e Jacks Wagner, do porque o Bozo colocou seu genro na presidência da Caixa Econômica fonte principal dos seus golpes junto com Bendine no Banco do Brasil no sistema financeiro, negociando títulos podres da OAS-LAMSA com aval desses e garantia do Tesouro Nacional em Dubai, Portugal, França, Cuba e outras dezenas de países. Ou só esta autorizado a falar desse reme-reme de Luladrão e sua quadrilha !? (LuizPCarlos).

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