Regalias em presídio da Lava Jato são denunciadas

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Regalias em presídio da Lava Jato
Créditos: Gatsi | iStock

Uma carta com mais de 45 páginas foi entregue ao O Ministério Público Federal e a Polícia Federal a qual relata que presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal (CMP) teria acesso a aparelhos de telefone celular, internet, visitas íntimas, comida exclusiva, serviços de cozinheiro, segurança e zelador particulares. Além de usarem "laranjas" em cursos e trabalhos que servem para redução dos dias de cárcere. Essas regalias seriam oferecidas a políticos, ex-executivos e lobistas.

Com essa nova informação, foi reativada a investigação sobre um suposto "regime especial" paralelo na ala 6 do CMP, desde a chegada "dos Lava Jato", maneira como este grupo é chamado dentro da penitenciária. A carta relata 27 "fatos" que beneficiariam o grupo.

Em outros presídios também já relataram casos de regalias a políticos, como os benefícios ao ex-senador Luiz Estevão, no presídio da Papuda, e do ex-governador Sérgio Cabral, no Benfica. Ambos negam as acusações.

No CMP atualmente encontram-se 12 presos condenados pelo juiz federal Sérgio Moro. Entre eles, o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), o ex-deputado petista André Vargas, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu - os dois últimos chegaram no dia 20 de junho, após confirmadas as condenações em segunda instância.

Vargas seria o líder do grupo, com poderes de mando dentro do CMP. Nenhum dos Órgãos responsáveis pelas investigações comentam sobre o caso.

A carta que denuncia regalias diz que presos da Lava Jato "usam celular à vontade" no complexo.

também é apurado a denúncia de visitas para "os Lava Jato", que são proibidas no Complexo. "Não tem dia, nem hora exata, qualquer dia e qualquer hora pode ser o momento, sempre no horário de expediente, e não necessariamente toda semana", diz a carta. Além de encontros com as "esposas", o documento fala de "garotas de programa disfarçadas de advogadas".

O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Francisco Caricatti, afirmou que não foi comunicado sobre as investigações, nem tem conhecimento de supostas regalias no CMP.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) informou que "desconhece qualquer denúncia contra agentes penitenciários, que supostamente estariam favorecendo presos da Lava Jato".

A defesa de Vargas disse que desconhece eventuais benefícios ao ex-deputado petista. (Com informações do Uol.)

 

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