Candidata à presidência dos EUA processa o Google

Data:

Tulsi Gabbard alega que sua conta no Google Ads foi suspensa temporariamente  e prejudicou sua campanha

conta de anuncio google ads
Créditos: rvolkan | iStock

A candidata à presidência dos EUA, Tulsi Gabbard, processou o Google por suspender temporariamente sua conta de anúncios na plataforma após os debates preliminares do Partido Democrata no mês passado.

No processo, Gabbard acusa o Google de violar a Primeira Emenda, e busca uma indenização de US$ 50 milhões e garantias de que o Google não vai mais "censurar ou restringir" sua página.

A candidata alega que abriu uma conta no Google Ads para aproveitar a curiosidade dos eleitores sobre ela, uma candidata Democrata pouco conhecida. Contudo, em 27 de junho, após um pico de interesse por causa de um debate entre os candidatos do partido, o Google suspendeu a conta por 6 horas. Gabbard afirma que a empresa impediu que sua campanha ganhasse força após o primeiro debate democrata ao suspender a conta de publicidade.

"O Google usou seu controle sobre o discurso político online para silenciar Tulsi Gabbard, uma candidata que milhões de norte-americanos querem ouvir", diz a denúncia. "Com este processo, Tulsi procura impedir o Google de interferir ainda mais nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020".

Em um comunicado, Gabbard acrescentou: "As ações discriminatórias do Google contra a minha campanha refletem o quão perigoso é o domínio completo sobre as buscas na Internet e como o crescente domínio das grandes empresas de tecnologia sobre nosso discurso público ameaça nossos valores americanos. Isso é uma ameaça para a liberdade de expressão, eleições justas e para a nossa democracia, e eu pretendo lutar contra isso em nome de todos os americanos".

O Google citou “problemas com informações de faturamento ou violações de nossas políticas de publicidade” e depois “comportamento suspeito na atividade de pagamento em sua conta”. Em comunicado, o porta-voz, Riva Sciuto, disse que a conta foi automaticamente sinalizada. "Temos sistemas automatizados que sinalizam atividades incomuns em todas as contas de anunciantes - incluindo grandes mudanças nos gastos - para evitar fraudes e proteger nossos clientes", diz Sciuto. “Nesse caso, nosso sistema acionou uma suspensão, mas a conta foi restabelecida pouco tempo depois”.

Um porta-voz da campanha de Gabbard, Cullen Tiernan, discordou da explicação, "o Google pode culpar os sistemas automatizados, mas a realidade é que não existe transparência alguma, o que torna difícil determinar a verdade". Vale lembrar que Gabbard não é a única candidata democrata a criticar ou ameaçar o Google e outros gigantes da tecnologia. A senadora Elizabeth Warren (D-MA) propôs uma divisão massiva das grandes empresas de tecnologia.

(Com informações do Olhar Digital)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.