Comitê Antifraude do TJRJ detecta ações fraudulentas em Angra dos Reis

Data:

Concurso público: Residência médica pode ser considerada tempo de experiência profissional
Créditos: icedmocha / Shutterstock.com

O Juizado Especial Adjunto Cível de Angra dos Reis, no Sul Fluminense, condenou uma suposta consumidora ao pagamento de multa de 20% sobre o valor da causa e ao pagamento das custas processuais, em razão de litigância de má-fé, por ter entrado na Justiça com um processo fraudulento. Além disso, as peças processuais foram enviadas ao Ministério Público para que se inicie uma investigação criminal acerca do ocorrido.

A consumidora entrou com um processo contra a Cnova Comércio Eletrônico S/A alegando ter comprado um aparelho de telefonia celular da marca Apple, modelo iPhone 7, no site de vendas da empresa e que o produto não foi entregue. Houve audiência de conciliação, sem acordo, e o réu apresentou defesa.

O processo, porém, foi identificado como suspeito de acordo com os critérios adotados pelo Comitê Antifraude do TJRJ, pois não havia, nos autos, prova de pagamento referente à compra alegadamente feita. Além disso, a mesma consumidora ajuizou três demandas consecutivas com causa de pedir muito semelhante, sempre relacionadas a compras de produtos eletrônicos de luxo da marca Apple, que não foram entregues.

Questionada pelo Comitê Antifraude, a empresa afirmou não ter localizado qualquer comprovante de pagamento da compra supostamente realizada.

Ao notar que a fraude estava para ser descoberta, a autora da ação alegou trabalhar como preposta da empresa Cnova, e que a existência da demanda estaria lhe causando ´conflito interno´ e ´transtornos´, tendo requerido a desistência do feito relativamente a dois processos de sua autoria. O juiz, porém, não aceitou o pedido de desistência.

“Houve, sim, um engodo e uma evidente fraude, que visava vitimar não somente a empresa ré, mas igualmente o erário público que empreende esforços gratuitamente em favor da solução de conflitos reais”, escreveu o juiz na sentença.

O caso de fraude detectado em Angra dos Reis é apenas um dos que já foram descobertos pelo Comitê Antifraude do TJRJ, envolvendo diversos autores, em diferentes comarcas do Rio de Janeiro.

SF / AB

Fonte: Poder Judiciário Rio de Janeiro

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.