Diante das conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil, que mostram uma espécie de plano de negócios de eventos e palestras do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, a Corregedoria Nacional do Ministério Público iniciará uma investigação sobre a conduta. A informação é de Monica Bergamo, em sua coluna na Folha.
O corregedor determinou a instauração de reclamação disciplinar e deu prazo de 10 dias para que Dallagnol e Roberson Pozzobon se manifestem sobre o assunto. Nas mensagens publicadas pelo The Intercept, eles teriam utilizado seus cargos públicos para obtenção de palestras pagas, em parceria com empresas privadas.
Para o corregedor, a imagem da entidade deve ser resguardada e “a sociedade deve ter a plena convicção de que os membros do Ministério Público se pautam pela plena legalidade, mantendo a imparcialidade e relações impessoais com os demais poderes constituídos”.
Há ainda a possibilidade de se incluir, na investigação, o fato do procurador ter pedido passagem e hotel para férias da família no Beach Park como acréscimo ao cachê para dar uma palestra sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará.
Na conversa, Dallagnol ainda teria comemorado com Moro a ausência de punição de órgãos de fiscalização (corregedorias do MPF e do CNMP) por dar palestras. Eles teriam arquivado os questionamentos sobre as palestras dizendo que são plenamente regulares.
(Com informações do Jornal GGN)