Filho de pensionista falecida condenado por estelionato por usar cheques da Mãe

Data:

ADIs contra pagamento de contribuição sindical por boleto são extintas no STF
Créditos: Tero Vesalainen | iStock

A 10ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou a condenação por estelionato do filho de uma pensionista falecida. Ele foi acusado de omitir o óbito de sua mãe e usar cheques em seu nome para movimentar a conta bancária dela.

Após o falecimento de sua mãe, o réu não comunicou o óbito ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8). Além disso, ele utilizou cheques em nome da falecida para efetuar transações bancárias em sua própria vantagem.

Apelação e Argumentos do Réu:

Pensionista de militar obtém na Justiça direito a desconto de até 70% dos proventos com empréstimos consignados
Créditos: sebra / Shutterstock.com

O réu apelou da sentença que o condenou a 1 ano e 4 meses de reclusão, em regime aberto, além de 13 dias-multa. Ele alegou que as provas utilizadas no processo foram obtidas por meio da quebra do sigilo bancário sem ordem judicial, tornando-as ilegais. Da mesma forma, argumentou que sua confissão sobre o uso dos cheques para despesas relacionadas ao funeral e ao imóvel da mãe também era ilegal, pois se baseava em provas obtidas de maneira ilícita.

O relator do caso, juiz federal convocado Saulo Casali Bahia, não considerou os argumentos do réu suficientes para absolvê-lo. A condenação por estelionato foi mantida, ressaltando a gravidade das ações do réu, que usou recursos financeiros pertencentes à sua mãe falecida de forma inapropriada.

BPC - Benefício de Prestação Continuada
Créditos: utah778 / iStock

Conforme o magistrado, o art. 2º da Lei 11.690/2008, que alterou a redação do artigo 157, do Código de Processo Penal (CPP), explica a teoria da descoberta inevitável, nos seguintes termos: "Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova", esclareceu.

Mesmo que as provas que o apelante diz serem ilícitas fossem retiradas do processo, prosseguiu, há comprovação suficiente, obtida durante a investigação (por exemplo, a informação repassada pelo Banco do Brasil – BB, ao TRT8, sobre o falecimento), de que o acusado estava ciente da proibição legal. Além disso, concluiu o magistrado, o valor de R$ 6.395,00 (seis mil, trezentos e noventa e cinco reais) auferido com a conduta ilegal, em prejuízo do TRT8, não pode ser considerado insignificante.

A decisão foi unânime.

Com informações do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos!

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Vistos de Investimento para Portugal: Guia Completo

Descubra como obter Vistos de Investimento para Portugal com nosso guia completo e dicas essenciais para seu sucesso.

Cidadania Brasileira: Como obter? Guia Prático

Descubra o caminho para a sua Cidadania Brasileira com nosso guia prático. Saiba mais sobre os requisitos e procedimentos necessários.

Cidadania Portuguesa: Perguntas Frequentes Explicadas

Muitos brasileiros buscam a dupla nacionalidade para abrir novas portas. A cidadania portuguesa é atraente para quem tem laços com Portugal ou quer conexões mais fortes com a Europa. Vamos explicar o processo de cidadania e os detalhes da nacionalidade portuguesa, ajudando quem deseja esse direito.

Direitos dos Cidadãos Portugueses

Em Portugal, como em qualquer sociedade democrática, os cidadãos estão assegurados por uma série de direitos fundamentais que são essenciais para a sua participação ativa na vida cívica, cultural, econômica e política do país. Este artigo explora de forma detalhada os direitos civis, sociais, políticos, econômicos e de proteção e segurança que moldam a existência e as interações dos cidadãos no contexto português.