O ministro Edson Fachin, do STF, fixou prazo de 60 dias para que as investigações do inquérito instaurado com base na delação da Odebrecht, envolvendo o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), sejam concluídas.
Os delatores apontam o recebimento de recursos ilícitos da Odebrecht por integrantes do grupo político liderado por Temer, Padilha e Moreira Franco. Em contrapartida, eles atenderiam aos interesses da construtora por meio da Secretaria de Aviação Civil (pasta comandada pelos dois ministros de Temer entre 2013 e 2015).
Fachin negou os pedidos de Moreira Franco e de Padilha para acessar informações sobre a quebra do sigilo telefônico.
O ministro destacou que a Polícia Federal sustentou que os elementos colhidos “diversificaram as frentes investigativas”, justificando a ampliação do prazo da apuração. Ainda falta colher mais depoimentos e analisar aparelhos ainda não entregues pelos colaboradores. Disse Fachin que, “no caso em análise, o inquérito tramita com a regular evolução das linhas investigativas e, portanto, não há qualquer evidência concreta de retardo indevido nos atos procedimentais, seja pelos órgãos da persecução criminal, seja no âmbito desta Suprema Corte”.
O ministro ainda pediu esclarecimentos à Comissão de Ética Pública da Presidência sobre pedido formulado para ter acesso à íntegra do processo. (Com informações do Uol.)